Fernanda Fernandes Borges

Fernanda Fernandes Borges

terça-feira, 27 de setembro de 2016

O sentimento da raiva é prejudicial à saúde

                                                     
                                                                       

                                                                                      Fernanda Fernandes Borges



Qualquer pessoa já passou por um momento de raiva na vida. Esse sentimento é natural e deve ser expressado,  desde que não machuque ou conturbe o ambiente. Um estudo americano mostrou que homens mais raivosos têm maiores chances de morrer prematuramente.

A pesquisa foi publicada recentemente pela revista científica Science & Medicine e comprovou que homens mais nervosos têm 1,2 vezes mais risco de morrer mais cedo, comparados a aqueles que são mais calmos. O estudo foi feito por pesquisadores da Universidade Estadual de Iowa, nos Estados Unidos.


                                                                                    Foto: Fernanda Fernandes Borges

Os homens mais calmos podem viver mais



 
 
Foram recolhidos dados de 1.307 homens ao longo de quase 40 anos. A pergunta feita aos entrevistados era : “Você fica com raiva facilmente ?” . Os homens tinham idade média de 30 anos, no início da pesquisa, mas os efeitos do sentimento de raiva para a relação do risco de morte prematura foram encontrados até 35 anos depois.

Na vida contemporânea, a raiva é um dos sentimentos mais presentes. O trânsito caótico, a pressão no trabalho, a vida agitada das grandes metrópoles são exemplos que levam as pessoas a ficarem mais irritadas.

                                                                                               Foto: Fernanda Fernandes Borges

A vida agitada em grandes centros urbanos pode levar as pessoas a ficarem mais irritadas

 

A raiva demonstra uma importância que o ser humano  concede a outra pessoa, a uma determinada situação ou a ele mesmo. É a necessidade de se controlar algo e quando não se consegue, vem o sentimento que também pode ser considerado um protesto, uma insegurança ou até mesmo uma frustração.

A forma de expressar a raiva pode ser através de uma simples irritação ou por meio de uma demonstração de fúria. Não manifestar a raiva é ainda pior, pois o controle gera uma maior tensão, o que pode tornar as ações raivosas mais perigosas e explosivas, pois o indivíduo não consegue controlar a sua ira.

De acordo com um estudo feito por Janice Willians, pesquisadora da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, as pessoas que sentem raiva têm três vezes mais chance de sofrer um infarto. A irritação aumenta a frequência cardíaca e a pressão arterial.

Nessa pesquisa foram ouvidos 13 mil homens e mulheres de 45 e 64 anos. Para mensurar o nível da raiva,  a pesquisadora dividiu o nível de irritação ente alto, médio e baixo. Janice constatou também que o sentimento raivoso é tão prejudicial ao coração como a ingestão de gordura saturada, a obesidade e a falta de exercício físico.

A raiva pode ser decorrente da ideia de que a pessoa foi maltratada no passado e no presente tenta se proteger através de um comportamento mais ríspido. Quando uma pessoa não reage a uma situação que lhe desagrada, pode ficar frustrada ou deprimida.

É imprescindível que a pessoa que passa por momento raivoso, se pergunte:  “O que estou querendo controlar?”.  Dessa forma, pode aprender a lidar melhor com esse sentimento e a se expressar de modo menos agressivo.

 

O que pode ser feito para lidar com a raiva?

 

- Respirar fundo e contar até 10;

                                                                                                Foto: Fernanda Fernandes Borges

No trânsito, deve-se ter muita paciência para não ficar estressado

 

 

- Fazer atividades físicas;

 

- Tentar compreender o motivo de uma emoção tão destrutiva;

 

- Dormir bem ;

 

- Fazer caminhadas ao ar livre, antes de falar com alguém,  responsável por sua irritação;



                                                             Foto: Fernanda Fernandes Borges

Caminhar ao ar livre é uma das formas de se livrar das tensões cotidianas

 

 

- Escrever sobre o problema;

 

- Não se irritar por coisas insignificantes;

 

- Saber perdoar;

 

- Fazer uma oração;

 

- Procurar ajuda profissional para controlar acessos de fúria;

 

 

Quando essa emoção excede o nível da normalidade e a pessoa começa a gritar ou agredir alguém fisicamente,  é necessário procurar ajuda médica para dominar esse tipo de comportamento.

Conhecer a si próprio é o único caminho para compreender o sentimento da raiva. Ao saber das próprias limitações, o ser humano pode buscar soluções para vencê-las e não se sentir impotente, diante dos outros e das situações inesperadas.

Sentir raiva é normal, desde que não prejudique as demais pessoas ao seu redor. É preciso manifestar essa emoção de modo racional e buscar a tranquilidade nos momentos mais tensos.
 
 
                                                                                                   Foto: Fernanda Fernandes Borges

A tranquilidade deve ser exercida em momentos de tensão

             

 

É preciso encarar a realidade e não negar a raiva que se sente perante uma situação. O excesso de irritação pode ser um indício de que a pessoa está deprimida e por isso deve solicitar a ajuda e profissionais especializados.



                                                                Foto: Fernanda Fernandes Borges

A raiva deve ser sempre expressada

 

A raiva pode ser expressa através da escrita que auxilia a pessoa a se libertar de algo que lhe incomoda profundamente. As palavras são sábias no instante em que a ira domina a racionalidade. Para abrandar essa fúria , o simples ato de escrever em um  diário pode ajudar a manter a situação dentro do controle.

 

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