Fernanda Fernandes Borges

Fernanda Fernandes Borges

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Falta simpatia para o vendedor brasileiro

Fernanda Fernandes Borges

 

 


A cena é comum. Em muitas lojas em que se entra o vendedor, muitas vezes,  ignora o cliente e finge até não vê-lo. Parece que deseja que ele saia do local, sem mesmo saber o que o levou até lá. Muitos, nem volvem os olhos pra quem está na loja ou olhando as vitrines.

                                                                                             Foto: Fernanda Fernandes Borges

Os vendedores têm mostrado indiferença com os clientes

 

Em uma pesquisa inédita realizada pela companhia sueca Better Business World Wide, em parceria com a companhia brasileira Shopper Experience,   realizada em 2014 e divulgada recentemente, analisou o atendimento em 69 países. Foi feito um ranking com 16 posições, o Brasil ficou no 15ºposição,  atrás apenas do Japão.

O objetivo do estudo era avaliar a qualidade do atendimento ao cliente, em países do mundo todo. Foi mensurada a quantidade de atendimentos iniciados com um sorriso. Os irlandeses ficaram em 1º lugar, 97% foram sorridentes, quando um cliente entrou no estabelecimento comercial.

O Brasil ocupou o penúltimo lugar e apenas 79% dos vendedores iniciaram o atendimento com um sorriso. No Japão, somente 74% sorriram, quando viram um possível consumidor.

                                                                                    Foto: Fernanda Fernandes Borges

Vendedores brasileiros não estão muito sorridentes

 

Em nosso país, 22 mil clientes secretos participaram da pesquisa. Ninguém sabia,  mas eles entraram no estabelecimento   para consumir e também com o objetivo de avaliar os vendedores. Foram analisados a simpatia e o índice de vendas adicionais, conquistadas pelos atendentes.


                                                                                                                                  Foto: Fernanda Fernandes Borges

Clientes secretos participaram da pesquisa

 

O resultado é novamente decepcionante para a nossa nação. Enquanto, a média dos países foi de 52% de vendas adicionais, o Brasil ficou com 37%, mais uma vez,  em penúltimo lugar e á frente somente do Japão. Honduras venceu esse quesito com 97% de atendimentos que geraram compras extras.

Para ser um bom vendedor é preciso ter: disposição; equilíbrio emocional; separar a vida pessoal da profissional; oferecer opções aos clientes; bom humor e educação; saber relevar pontos de vistas diferentes sobre um produto e ser dedicado ao trabalho.



                                                                                    Foto: Fernanda Fernandes Borges

Quem trabalha no comércio deve estar disposto a atender bem o cliente

 

Usar a crise financeira pela qual passa o país, para tentar justificar a falta de ânimo dos trabalhadores de lojas é incoerente. É justamente nesse momento que esses profissionais deveriam se engajar para conquistar vendas e não afastá-las.

É inadmissível que alguém que deseja adquirir algum produto em um estabelecimento comercial, seja recebido com uma cara carrancuda que desmotiva o cliente e até o afasta. É preciso que os donos das lojas fiquem atentos aos seus empregados.


                                                   Foto: Fernanda Fernandes Borges

Apatia tem contaminado o comércio brasileiro

 

Muitas vezes, o que se observa é muita má vontade com os consumidores e uma insatisfação enorme, por estar atrás do balcão. Parece que estão fazendo um grande favor em atender quem chega  nas  lojas. É hora dos comerciantes reagirem ou perderem lucros, devido a tanto mau humor  de seus funcionários.


                                                                                               Foto: Fernanda Fernandes Borges

Funcionários devem ser motivados a tratar com atenção o público

 

Aos clientes, restam reclamar com os donos das lojas e nos dispositivos de atendimento ao consumidor. Nunca se deve aceitar um mau atendimento e se calar.  Saber valorizar o  seu dinheiro e exigir uma recepção educada é direito de quem adquire qualquer tipo de produto, em um estabelecimento comercial.

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

O Brasil é o país que tem maior número de empreendedores



                                                       Fernanda Fernandes Borges



A Pesquisa Mundial do GEM ( Global Entrepreneurship Monitor) realizada no Brasil, pelo Sebrae ( Serviço Brasileiro de Apoio ás Micro e Pequenas Empresas ) e pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBPQ),  apresentada este ano,  mostrou nossa nação como a mais empreendedora do mundo. Entre os 70 países participantes, o Brasil ocupou o primeiro lugar, deixando para trás países como Estados Unidos, China, Reino Unido, Japão e França.

                                                                            Foto: Fernanda Fernandes Borges

Brasil é o país com o maior números de empreendimentos


Três em cada dez brasileiros entre 18 e 64 anos têm uma empresa ou estão criando um negócio próprio. Ainda, segundo o estudo do GEM, em 10 anos o número de empreendedores aumentou de 23% para 34,5%. Possuir o negócio próprio é o terceiro maior sonho do brasileiro, sendo o primeiro a casa própria e o segundo viajar pelo Brasil.

O empreendedor é aquele que cria algo novo e consegue realizar aquilo que idealizou.  Ele é dotado de criatividade e imaginação, além de ter sempre ideias inovadoras. É independente e assume responsabilidades.

Quem deseja empreender deve ter a habilidade de liderar pessoas, ter determinação e desenvolver a imaginação para tornar um sonho realidade. É necessário também conhecimento técnico de etapas e processos.

Há dois tipos de empreendedores: os de necessidade e os de oportunidade. Quem empreende por necessidade, geralmente cria um negócio informal para sobreviver. Já quando a pessoa vê uma oportunidade no mercado devido à ausência de algo essencial e cria uma empresa para capitalizar sobre determinada área carente, ela empreende por oportunidade.

                                                                 Foto: Fernanda Fernandes Borges

O empreendedorismo por oportunidade é maioria em nosso país


O estudo também mostrou que a maioria dos empreendimentos em nosso país, são por oportunidade e não por necessidade. Isso mostra um grande avanço na conduta dos negócios. De cada 100 empreendimentos, 71 são motivados por uma oportunidade e não pela necessidade.

O Pequeno Negócio no Brasil gera 52% dos empregos formais e é responsável por 40% da massa salarial. Esse sucesso se deve também á Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, criada em 2006.

                                                                  Foto: Fernanda Fernandes Borges

Os pequenos negócios geram muitos empregos


Essa lei permite uma maior justiça tributária ao simplificar o pagamento de impostos e diminuir a burocracia para a abertura e fechamento de empreendimentos. Permite também um acesso ao crédito e estimula exportações, incentivando a cooperação.

Desde 2007, o Super Simples também facilita a vida de quem deseja ser empreendedor. Por meio desse regime diferenciado, há uma simplificação no processo de pagamentos de impostos, que unifica tributações federais, estaduais e municipais, além de prever isenções de impostos numa nova linha de escala, de acordo com a Lei da Micro e Pequena Empresa, criada em 2006. O tributo incide sobre a receita bruta da empresa.

Quem é Microempreendedor Individual, aquele que trabalha por conta própria,  pode se formalizar, através do (Clique aqui -)  Portal do Empreendedor. É rápido e gratuito. Após o cadastro, o CNPJ e o número de inscrição na junta comercial são obtidos imediatamente,   sem custos.

Ao se inscrever como Microempreendedor Individual (MEI) há a legalização do pequeno empreendedor com segurança, rapidez e menos burocracia. Quem é cadastrado passa a ter direito a auxílio doença, aposentadoria, auxílio maternidade, dentre outros benefícios.

Para ser um Microemprrendedor Individual é necessário faturar no máximo R$ 60.000,00 por ano e não ter participação em outra empresa como sócio ou titular. Ao se inscrever como MEI, ele já está inserido no Simples Nacional e fica isento dos tributos federais (Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPI e SLL).

O MEI  paga um valor fixo mensal de acordo com área de atuação, sendo R$ 40,40 (comércio ou indústria), R$ 44,40 (prestação de serviços) ou R$ 45,40 (comércio e serviços), valor que é destinado à Previdência Social e ao ICMS ou ao ISS. As quantias são atualizadas anualmente, de acordo com o salário mínimo.

O MEI pode ter um empregado contratado que receba o salário mínimo ou o piso da categoria.

Este ano, o governo criou o Bem Mais Simples, sistema que diminui a burocracia e facilita os negócios no país. Veja como funciona abaixo.

Diante de tantas oportunidades, quem deseja empreender deve começar logo. É uma ótima notícia saber que nosso país tem muitas pessoas engajadas em um negócio próprio e possui ideias que transformam sonhos em realidade.

A enorme geração de empregos devido ao empreendedorismo brasileiro é motivo de orgulho para cada cidadão. Ocupar a primeira posição diante de países como Estados Unidos, França e Reino Unido mostra que nossa nação está no rumo certo e que o senso de oportunidades está sendo bem aproveitado.

Quem deseja se legalizar como Microempreendedor Individual não deve perder tempo, para se beneficiar com a isenção de impostos e ainda poder usufruir de seus direitos.

Ter um objetivo e colocá-lo em prática é um desafio que quando vencido é motivo de muita alegria. Ter a liberdade de conduzir a vida profissional e ainda contribuir com a geração de empregos é um sucesso que deve ser comemorado e servir de exemplo para quem tem a habilidade de criar e empreender.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Como lidar com os filhos adolescentes



Fernanda Fernandes Borges



A adolescência pode ser entendida como uma fase de transição entre a infância e a vida adulta. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), ela acontece entre os 10 e os 20 anos. Já a Organização das Nações Unidas (ONU), define que o período ocorre ente os 15 e os 24 anos. Não há como definir com precisão o início e o fim dessa etapa da vida, repleta de dúvidas, ansiedades e muitas vezes, conflituosa para a família.

Ser adolescente significa ter que lidar com transformações corporais, hormonais e comportamentais. Essa fase se inicia com a puberdade, em que ocorrem as mudanças corporais. Nas meninas pode acontecer entre os 10 e os 13 anos e nos meninos entre os 12 e os 14 anos.


                                                                Foto: Fernanda Fernandes Borges

A adolescência é um período de grandes transformações físicas e emocionais


O humor de um adolescente é bastante variável devido aos hormônios, responsáveis por transformar corpo e mente em formatos e ideias mais adultas. Há dias em que pode estar alegre e em outros, extremamente triste.

Nessa época da vida, é essencial para o adolescente se inserir em um grupo social e se sentir indispensável para os amigos. No entanto, os pais devem sempre estar atentos às companhias dos filhos, porque nesse período há muitos garotos e garotas que se envolvem com drogas e atos ilícitos.

                                                                   Foto: Fernanda Fernandes Borges

É essencial para o adolescente ter amigos e  conviver com eles


A família na adolescência é vista pelo filho, em muitos casos, como pessoas retrógadas e intrometidas.

Por isso, é necessário que os pais tenham uma proximidade maior com os seus filhos, para orientá-los da melhor forma possível:


- Os pais não devem ter grandes expectativas, nessa fase da vida, com os filhos, porque o cérebro deles se encontra em constante trabalho e as mudanças de atitudes e humor devem ser compreendidas;


- As regras da casa e de comportamento devem ser bem definidas;


- O lar deve ser visto com um local de aceitação;


- A compreensão dos pais pode evitar brigas;


- Deve haver respeito mútuo entre os pais e os filhos;


- O diálogo é indispensável nesse período de transformações;


- É necessário respeitar o espaço do adolescente e evitar invadir sua privacidade, lendo diários ou escutando conversas telefônicas;


- Incentivar o convívio com os amigos, recebendo-os em casa;


É claro que o pai e a mãe devem também impor suas condições para que os filhos cumpram com suas obrigações escolares e em casa. A conversa direta e franca é uma boa solução para fugir de conflitos desnecessários.

Uma grande preocupação da família que possui adolescentes é quando eles resolvem fugir de casa. A situação é desagradável e muito arriscada, pois nessa fase da vida, a pessoa não tem noção dos perigos que a cerceiam.

Os motivos que levam os adolescentes a tomar essa atitude são vários: influência de amigos ou namorados; falta de proximidade com os pais, violência física ou psíquica sofridas no lar; cobrança excessiva dos pais; rejeição ao novo companheiro do pai ou da mãe; inadequação ás regras do lar, dentre outros.

                                                                              Foto: Fernanda Fernandes Borges

Muitos jovens fogem de casa para chamar a atenção dos pais


Segundo dados do Governo Federal, cerca de 40 mil pessoas com menos de 18 anos desaparecem no Brasil, a cada ano. O número é impactante e mostra um alerta de como meninos e meninas estão vulneráveis a essa prática.


Como os pais devem agir caso isso aconteça?


- A primeira atitude é tentar manter a calma e ter paciência;


- Depois devem procurar na casa de amigos e telefonar para os conhecidos para saber do adolescente;


- Caso a pessoa não seja encontrada, é necessário registrar um boletim de ocorrência;


- Utilizar as redes sociais com fotos do “desaparecido”, pode ser bastante eficaz, assim como colocar fotos pelo bairro;


Felizmente, na maioria das fugas adolescentes, o regresso acontece, em menos de um dia. Os pais não devem ceder ás chantagens dos filhos e buscar compreender o que o fez ter aquele comportamento. Se a atitude errada for dos pais, eles devem tentar modificar sua conduta e ser mais compreensivos e maleáveis.

Uma fase cheia de novidades e anseios é a adolescência. É nesse período em que a família deve representar um alicerce sólido para os seus garotos, para que eles cheguem na vida adulta confiantes e preparados para os desafios.

                                                Foto: Fernanda Fernandes Borges

Nessa fase, as experiências são várias e servem de lição para a vida adulta


Os pais devem saber disciplinar seus filhos, pois não podem e não devem deixá-los fazerem o que quiserem. O diálogo é indispensável nesse processo e o adolescente necessita de compreensão e incentivo para enfrentar as frustrações que terá nessa transição.

Quando os familiares percebem que o adolescente está muito rebelde ou é quase impossível ter uma conversa com ele, é necessário procurar ajuda médica. O profissional pode indicar caminhos não pensados para a solução de problemas banais.

                                                                   Foto: Fernanda Fernandes Borges

Caso os pais percebam uma rebeldia exagerada devem buscar ajuda



O pai e mãe devem ser amigos dos filhos, em todas as fases da vida, principalmente na adolescência. A necessidade de amparo é maior nessa etapa da vida, em que tudo parece ser uma disputa para ser bem aceito e notado. Orientar os adolescentes e ensiná-los a ter disciplina é um ótimo meio de formar adultos responsáveis e decididos.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

O excesso de peso é preocupante no Brasil



Fernanda Fernandes Borges



A primeira edição da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS)  feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizada em 2013, foi apresentada no dia 21 de agosto deste ano e mostrou que 56,9% dos brasileiros estão com sobrepeso. O estudo visitou 81.767 casas e verificou também as condições de saúde do brasileiro.


                                                                                                  Foto: Fernanda Fernandes Borges

Mais da metade da população está com excesso de peso


Quem participou da entrevista teve peso, altura, circunferência da cintura e pressão arterial medidas.  Desses, 25% também retiraram amostras de sangue e coletaram urina para outros exames.

Para a mulher a cintura é considerada normal até 88 cm e para o homem até 102 cm. O que se verificou foi que 52,1% das mulheres apresentaram elevação abdominal contra 21,8% dos homens. O excesso de peso na barriga eleva os riscos de doenças cardiovasculares como infarto e derrame.

Para constatar a obesidade, o cálculo é feito através da divisão do peso, pelo quadrado da altura e mede-se o Índice de Massa Corporal, conhecido como IMC:

IMC =  Peso (KG)

      (Altura) x (Altura) (cm)


Se o resultado for igual ou acima de 25 a pessoa está com sobrepeso;

Se o resultado for igual ou maior que 30 a pessoa está obesa;


A pesquisa constatou que 20,8% da população está obesa.  Um em cada cinco brasileiros,  sofre com a obesidade.  O crescimento se mostrou maior entre as mulheres.

                                                               Foto: Fernanda Fernandes Borges

A obesidade cresceu mais entre as mulheres


Um levantamento de 2003 mostrou que a obesidade atingia 14% das mulheres de 20 anos ou mais, já em 2013 o índice subiu para 25,2%, levando-se em conta a mesma faixa etária.

Entre os homens o crescimento foi menor. Em 2003, o índice era 9,3% e em 2013 foi para 17,5%.

Em relação ás crianças, uma triste realidade. Elas têm experimentado alimentos industrializados, cada vez mais cedo,  e em quantidades satisfatórias.

Até os dois anos 60,8% delas já comeram biscoitos, bolachas ou bolo e 32,3% já tomaram refrigerante ou suco artificial. Isso é extremamente prejudicial para a saúde e pode torná-los com excesso de peso no futuro,  porque não têm uma dieta saudável.

Os maiores riscos para quem está  acima do peso são as doenças que podem surgir em decorrência dos quilos a mais. A hipertensão, o câncer e o diabetes podem ser ocasionados, devido ao excesso de gordura no corpo.

                                                                                     Foto: Fernanda Fernandes Borges

Pessoas obesas enfrentam sérios problemas de saúde


Estar com o peso adequado à estatura não é uma questão de vaidade, mas sim de saúde. Ter uma alimentação balanceada e praticar atividades físicas é indispensável para quem quer viver bem e envelhecer de modo digno.

Infelizmente, os fast-foods e os alimentos industrializados como biscoitos recheados, sucos artificiais e congelados têm atraído um número maior de consumidores que querem praticidade na hora de se alimentar e não levam  em conta a bomba relógio que estão colocando,  em seus organismos.

                                                                              Foto: Fernanda Fernandes Borges


As praças de alimentação dos shoppings estão repletas de alimentos gordurosos e pouco saudáveis



A saúde deve vir em primeiro lugar. As readequações alimentares devem ser feitas para que não nos tornemos o maior país com obesos no mundo, já que a tendência parece ser de crescimento,  para esse terrível mal que acomete milhões de pessoas no universo.

                                     Foto: Fernanda Fernandes Borges

Os bons hábitos alimentares devem ser incentivados em casa


Os pais devem ficar atentos à alimentação de seus filhos, porque os bons hábitos devem ser incentivados, nos primeiros anos de vida. É um absurdo consentir que crianças pequenas se alimentem com produtos cheios de açúcares e conservantes.

Uma pessoa obesa além de enfrentar preconceitos diariamente devido a sua forma, sofre com várias restrições em locais e também no transporte público, por não conseguir passar  por uma simples roleta.

 O mais grave são as doenças decorrentes do excesso de peso que podem levar o indivíduo à morte. É uma dura e lamentável realidade que precisa ser revertida, caso o indivíduo valorize a própria vida.

domingo, 13 de setembro de 2015

O que significa a nota BB+ para o Brasil?



                                                           Fernanda Fernandes Borges



O Brasil perdeu o selo de bom pagador. Sua nota de crédito de longo prazo em  moeda estrangeira do Brasil passou  de  BBB- para BB+ pela agência de classificação de risco Standard and Poor’s, no dia 9 de setembro. Essa instituição americana é uma das que indicam se algum país é seguro para receber investimentos ou não. Com essa nota, nossa nação perdeu o grau de investimento e passou para o grau especulativo.
                                                                               Foto: Reprodução

A Standard and Poor's  rebaixou a nota do Brasil


O grau de investimento é um selo de qualidade que assegura aos investidores um menor risco de calotes. O Brasil ainda possui grau de investimento nas agências  também americanas Fitch Ratings e Moddy’s.  Alguns fundos de pensão de países da Europa e dos Estados Unidos seguem a regra de que só se pode investir em títulos em países que estão classificados com grau de investimento, por agências internacionais.

A perda do selo de bom pagador foi justificado pela Standard and Poor’s,   devido aos desafios políticos e econômicos, pelos quais passa o país atualmente. A apresentação do Orçamento 2016 com um déficit de R$ 30,5 bilhões, foi a causa principal.

Segundo essa agência, o Orçamento 2016 demonstra que o Brasil vai gastar mais do que arrecadar e isso vai comprometer os objetivos para cumprir as metas fiscais. A Standard and Poor’s ainda sinalizou uma tendência negativa,  ou seja,  ainda pode rebaixar a nota do Brasil novamente.

Essas agências internacionais avaliam a inflação; a geração de riquezas por meio do Produto Interno Bruto (PIB);  a situação financeira do país e a economia feita pelo governo para pagar os juros da dívida externa por meio do superávit primário, além do cenário da nação diante da economia mundial, para dar notas.

O que pode acontecer com o Brasil com a perda do grau de investimento?

Possivelmente podem sair recursos financeiros aplicados no país, muitos investidores estrangeiros também deixarão de fazer novos investimentos, devido á nota. Isso pode acarretar crédito e juros mais caros, além da possível elevação do preço do dólar.

Também pode haver mais desempregos e grandes dificuldades para se comprar máquinas e fertilizantes para o setor agrícola, devido ao alto custo dos financiamentos.

O Ministro da Fazenda Joaquim Levy reafirmou que o Brasil tem o compromisso com o equilíbrio da economia e com as metas fiscais. O Ministro do Planejamento Nelson Mota não considerou a notícia boa, mas garantiu que o país vai honrar seus compromissos e contratos.

O Brasil conquistou o grau de investimento pelas agências internacionais Fitch Ratings e Standard and Poor’s em 2008 e em 2009 conquistou a classificação da Moody’s.

Não se pode esquecer  que a agência Standard and Poor’s  cometeu um grave erro em 2008, ao classificar com boa nota o banco americano Lehman Brothers que faliu logo depois e desencadeou a grave crise dos Estados Unidos.

 A agência foi condenada a pagar uma multa de 1,37 bilhões de dólares, este ano, ás autoridades americanas por ter se equivocado,  nas previsões da qualidade dos créditos imobiliários.

É nítido com mais uma vez,  os estrangeiros  tentam influenciar a conduta da política brasileira. A agência Standard and Poor’s,   além de credibilidade questionável, se precipitou com o rebaixamento da nota de nosso país, o que prejudica ainda mais as questões políticas e econômicas da nação.

É ridículo assistir a alguns veículos de comunicação e seus noticiários  com âncoras  despreparados que dão a notícia com os olhos arregalados e a boca aberta para tentar pronunciar o nome em inglês. Além de não dominar o idioma, são sensacionalistas e manipuladores.

Deixar uma agência internacional ditar o que pode ser investido ou não no Brasil é um absurdo. Nosso país deve ser soberano para resolver as questões políticas e econômicas sem depender de uma nota negativa, como essa divulgada.

O passado de dominação já acabou. É preciso abandonar essa mentalidade de subdesenvolvimento e focar no crescimento. Os brasileiros não devem se contaminar por essas notícias e continuarem trabalhando, firmes em seus propósitos, para acabar com esse terrorismo,  tanto do exterior,  como por parte de alguns veículos da mídia brasileira.

Lastimável ter que conviver com um tipo de jornalismo coercitivo e mesquinho como o que tem sido apresentado,  ultimamente. Cabe aos telespectadores,  buscarem se informar por meio de canais mais decentes e menos sensacionalistas.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Câmara gasta 1 milhão de reais por sessão noturna com horas extras



                                                            Fernanda Fernandes Borges



Parece mentira, mas é a dura realidade. Em Brasília, quando há sessão noturna no Plenário, cada servidor ganha R$ 400,00 por 2 horas extras. Cerca de 2.600 mil funcionários batem o ponto, mas só 500, geralmente ficam até o final.  Caso, a pessoa trabalhe mais de duas horas extras,  ela tem direito á folga, devido ao banco de horas.

Geralmente, as votações na Câmara têm início às 18 horas e seguem até o fim da noite. A carga horária dos funcionários da Câmara é de 8h ás 12h e de 14 h ás 19 h.  Desde fevereiro deste ano, já foram pagos R$ 1 milhão, em cada sessão noturna, devido ao pagamento de  horas extras a esses “dedicados trabalhadores”.

Trabalham na Câmara 4.667 servidores entre concursados e em cargos comissionados.  A Mesa Diretora estuda um modo de reduzir o pagamento desse benefício a esses exímios trabalhadores, nas sessões noturnas da Casa.

O autor desse levantamento é o deputado Beto Mansur (PRB – SP) que também deseja limitar esses pagamentos e propõe restrições tanto para os trabalhadores concursados quanto para os comissionados. Ele ressalta a necessidade de retirar o benefício de pelo menos 500 funcionários que segundo ele, são totalmente dispensáveis ao funcionamento das votações.
                                                                                                       Foto: Reprodução

Beto Mansur fez o levantamento que constatou os gastos exorbitantes com horas extras


As sessões noturnas, geralmente ocorrem ás terças e ás quartas. Se a cada semana, acontecer duas, no fim do mês, os gastos com horas extras chegam a  R$ 8 milhões.

O Presidente da Câmara, Eduardo Cunha quer reduzir em 50% os gastos com horas extras. No último dia 3, ele disse que está estudando juntamente com a Mesa Diretora, uma maneira de diminuir as despesas com o pagamento de horas excedentes, nas sessões noturnas.

Segundo Eduardo, pelo menos 80% dos servidores que recebem o pagamento, não continuam na Câmara, após ás 21 horas. O deputado considerou isso um “absurdo”.
                                                                             Foto: Marcelo Camargo / ABR

Eduardo cunha promete redução nos pagamentos das horas extras


Enquanto a maioria dos trabalhadores brasileiros ganham R$ 788,00 para sobreviver e sustentar sua família, os servidores da Câmara esbanjam nosso dinheiro, recebendo as horas extras, que nesse caso, são totalmente desnecessárias.

Por que não realizam as votações mais cedo? O ideal não é cortar de alguns funcionários, mas sim extinguir esse pagamento a qualquer um que seja, para que o trabalho aconteça no período normal e não exceda a carga horária.

É muita regalia ter o dia todo para se reunir e votar projetos e só começar a trabalhar efetivamente á noite, para tornar o processo dispendioso e pouco eficaz, já que ninguém mais está disposto a encarar o trabalho pesado, depois de passar um dia inteiro na Câmara.

O absurdo maior é a grande parte bater o ponto e não ficar até o final. Cadê a fiscalização do gasto do dinheiro público? O que esses deputados estão fazendo lá que não tomam uma atitude quanto a esse comportamento?

São perguntas, que com certeza não haverá respostas. Enquanto, o  Brasil tenta reequilibrar as contas públicas, com previsão de um déficit de R$ 30,5 bilhões para 2016, esses servidores ganham de modo fácil e nem trabalham.

Agora é o momento oportuno para os cidadãos cobrarem um mínimo de decoro dessas autoridades. Exigir que trabalhem mais e ganhem menos. Quem sabe assim, nosso país produza mais e tenha que arcar com menos despesas totalmente desnecessárias  e absurdas.