Fernanda Fernandes Borges

Fernanda Fernandes Borges

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Orquestra Sinfônica de Minas Gerais se apresenta ao Meio – Dia com o pianista André Dolabella


                                                                      Fernanda Fernandes Borges

 


A música clássica foi o programa escolhido por muitas pessoas no dia 14 de junho de 2016, no Grande Teatro do Palácio das Artes. Assista ao vídeo abaixo:
 
 
                

Com a regência do maestro Sílvio Viegas, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais fez uma grandiosa apresentação com o pianista André Dolabella ao meio – dia.

                                                                                                  Foto: Fernanda Fernandes Borges


O maestro Sílvio Viegas e o pianista André Dolabella fizeram uma linda apresentação com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais

 

Foi executado o Concerto para Piano e Orquestra No. 3, em Ré Menor, op.30, de Sergei Rachmaninoff.

 

Para se informar sobre novas apresentações da série Sinfônica ao Meio – Dia acesse:

 

                      http://fcs.mg.gov.br/

sexta-feira, 24 de junho de 2016

A Arte Contemporânea Brasileira e o resgate da democracia


                                                    Fernanda Fernandes Borges



A aula do dia 14 de junho do curso de História da Arte Contemporânea, promovido pela Fundação Clóvis Salgado, em Belo Horizonte, enfocou a arte desenvolvida por alguns artistas brasileiros na década de 1980. “Os artistas celebravam a vida e a vitória da democracia nos anos 80”, disse a professora Isa Souza.

O fazer manual e o prazer de pintar temáticas coloridas e passar a sensação de euforia são perceptíveis em vários trabalhos. A exposição “Como vai você, Geração 80?” realizada na Escola de Artes  Visuais  do Parque Laje, em 1984,  no Rio de Janeiro,  ilustra bem o momento vivenciado.

                                                                                                                    Foto: Reprodução

Cartaz da exposição de 1984

 

Os artistas refletiam sobre  as imagens; os suportes; técnicas; estilos; materiais; gestos; formas; cores; figuras; dentre outros. Rejeitavam a ideia da pintura como “obra” e utilizavam tintas ordinárias e temas cotidianos para fazer a sua arte.

 

Alguns artistas merecem destaque:

 

Beatriz Milhazes ( Rio de Janeiro, 1960) – Percebe-se o uso de cores fortes em suas criações para comemorar o fim da ditadura militar;
 
          

                                                                                                                     Foto: Reprodução
 

"Foi bom te encontrar " ( 1988) de Beatriz Milhazes



 

 

Leda Catunda ( São Paulo, 1961) – Utilização de elementos pouco nobres como retalhos, colchas e tecidos. “Trabalho que beira o artesanal e utiliza uma técnica mais delicada. Há uma desconstrução com objetos utilitários como camisas e retalhos”, ressaltou a educadora Isa Souza;

                                                                 Foto:Reprodução

A Carteira ( 1985) obra de Leda Catunda

 

Ângelo Venosa ( São Paulo, 1954) – Utilização da precisão geométrica para criar esculturas gigantescas e expressionistas;

 

Adriana Varejão ( Rio de Janeiro , 1964) – Pesquisa sobre a história e as ciências naturais. Utiliza elementos  sofisticados para falar de coisas simples;

 

Ernesto Neto ( Rio de Janeiro, 1964) – Desconstrói a ideia e escultura com materiais nobres. Há um trabalho sobre o peso, a leveza, a tensão e o contato do produto apresentado;

                                                                                                                 Foto: Reprodução

Uso de redes na criação de Ernesto Neto

 

 

Iran do Espírito Santo ( São Paulo, 1963) – Faz uma crítica à sociedade de consumo e à inserção da arte nesse contexto;


Lygia  Pape (Rio de Janeiro , 1927-2004) – Teve grande inspiração no movimento Neoconcretista e no artista Hélio Oiticica;
 

Leonilson Dias (Ceará, 1961-1993) – Obra predominantemente autobiográfica. Utilizava em seus produtos culturais costuras e bordados;
 


Pecebe-se que a produção artística internacional após a 2ª Guerra Mundial,   afasta a subjetividade e a expressão do eu. No Brasil, nesse contexto, a arte é produzida através da vivência artesanal na lógica pré – industrial.

A Vanguarda Brasileira discute a fundação do objeto ou não – objeto. Há também a arte ambiental ou antiarte. Os  objetos são perceptíveis, táteis, visuais e proporcionam sensibilização. “Na Arte Sensorial no Brasil, o público auxilia nas criações”, disse a professora Isa Souza.

Uma referência de Arte Contemporânea no Brasil é o Instituto Inhotim considerado o maior centro de arte ao ar livre da América Latina, localizado na cidade de Brumadinho,  em Minas Gerais.


                                                                                                                         Foto: Reprodução

A Arte Contemporânea ao ar livre no Instituto Inhotim

 

Foi idealizado pelo empresário Bernardo de Melo Paz na década de 1980 e em 2006 foi aberto ao público. Teve grande contribuição do artista plástico pernambucano Tunga (1952-2016) que faleceu recentemente.

Devido a sua obras,  Tunga foi o responsável por despertar no empresário Bernardo   o desejo de investir na Arte Contemporânea e criar o  Instituto Inhotim.


                                                                                                                             Foto: Reprodução

O artista Tunga teve grande participação na criação do Inhotim

 

É muito gratificante ter o Instituto Inhotim  que é referência de arte internacional e nacional no estado de Minas Gerais. Visitar o acervo das obras deveria ser uma atividade propiciada por todas as escolas aos seus alunos.

Compreender a importância de celebrar o fim da ditadura militar no Brasil por meio de um fazer artístico colorido e artesanal ilustra bem a necessidade da liberdade no universo artístico para promover questionamentos e novas ideologias políticas e sociais rumo a um desenvolvimento desejável.
         
 





                                                                                                        Foto: Reprodução

O mágico (2001) de Beatriz Milhazes






 

A arte é responsável por modificar a estrutura de uma sociedade e pode transformar através de suas indagações a rigidez de um sistema que oprime e não propicia liberdade de expressão e senso crítico, essenciais à formação do ser humano.

 

 

terça-feira, 21 de junho de 2016

Rádio Aspra promove discussão sobre a importância da família na prevenção do uso de drogas


                                                                                Fernanda Fernandes Borges


      A Rádio Aspra ( Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais) está promovendo uma semana de temáticas importantes para marcar a inauguração do Instituto Cabo Valério de Cidadania (ICVC).

O primeiro tema abordado foi “Núcleo Familiar e as consequências das drogas” no programa transmitido no dia 20 de junho de 2016,  apresentado por Raquel do Carmo e Henrique César. Contou com a participação do Tenente José Ulisses da Silva, da jornalista Fernanda Fernandes Borges e da assistente social Rita Ana da Silva Lima.



                                                                                       Foto: Ana Paula Soares


Da esquerda para a direita : o Tenente José Ulisses da Silva, a jornalista Fernanda Fernandes Borges e a assistente social Rita Ana da Silva Lima 



O cabo Valério é considerado um exemplo de luta pelos militares no que se refere à questão de cidadania, disciplina, lealdade e de bons valores sociais que visem ao engrandecimento do ser humano. “Um legado que não podemos perder”, lembrou o Tenente Ulisses, um dos idealizadores do Instituto Cabo Valério de Cidadania, juntamente com o Deputado Federal Subtenente Gonzaga.


                                                                                                 Foto: Ana Paula Soares

O debate enfocou a temática da família e a prevenção das drogas 



Para saber um pouco mais do Instituto Cabo Valério de Cidadania  (ICVC) e os seus princípios veja o vídeo abaixo :



                              Vídeo produzido por Fernanda Fernandes Borges 


Em relação à prevenção ao uso de drogas, a assistente social Rita Ana enfatizou a importância do diálogo entre pais e filhos. “É preciso escutar o filho e compreender o que ele quer.  Aprender com ele todos os dias”, disse.


                                                                                                     Foto: Ana Paula Soares

                De acordo com  assistente social Rita Ana é  necessário diálogo entre pais e filhos  



Rita também ressaltou que os pais devem sempre ficar atentos ao comportamento dos filhos em relação à alimentação, vestuário, horas de sono, amizades,  para detectar algum indício de envolvimento com as drogas.

A assistente social também disse que é preciso abandonar o sentimento da culpa que se apodera de muitos pais. “É preciso retirar a culpa, para não impedir o diálogo.  É necessário se fortalecer e encarar o problema, por mais difícil que seja”, destacou.

E ainda lembrou: “ A adolescência é uma fase linda, cheia de alegria, mas é delicada, pois o jovem se sente inseguro”, ressaltou.
 

Para ouvir a entrevista na íntegra acesse:

 
https://soundcloud.com/henrique-c-sar-5/1-entrevista-icvc-radio-aspra
 


Fique atento aos próximos programas :


                       
                                                                                          Foto: Divulgação Aspra

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Conheça algumas diferenças entre a Arte Moderna e a Arte Contemporânea


                                                

                                                                                   Fernanda Fernandes Borges



A Arte  Moderna é característica do século XX e retrata a sociedade de consumo. No processo de criação há o produtor (artista), o intermediário (marchand, crítico, curador) e o consumidor (colecionador e o público em geral). A Arte Contemporânea representa a atualidade e a sociedade de comunicação.
 
                                                                                                 Foto: Fernanda Fernandes Borges

A Arte Contemporânea está relacionada às questões atuais

 

Enquanto na Arte Moderna a obra é um produto e o público está distante dela, na Arte Contemporânea o sistema é aberto, a arte é mais democratizada e pode estar em museus, nas ruas, na internet em todos os lugares.

Esse tema foi trabalhado na aula do dia 8 de junho do curso de História da Arte Contemporânea promovido pela Fundação Clóvis Salgado, em Belo Horizonte.

Na Arte Moderna existem:  autocrítica, pureza, qualidade, abstração e independência.

Na Arte Contemporânea há: pluralidade, diversidade de materiais, contaminação, impureza, valorização da ideia e da ação.

A educadora Isa Souza citou alguns artistas da atualidade que merecem destaque: Fab Ciraolo (Chile), Bansky (Reino Unido, 1974) e Damien Hist ( Reino Unido, 1965).

“Na obra de Fab Ciraolo percebem-se cenas do universo cosmopolita. As obras remetem ao universo da memória”, disse a professora.
 
                                                                                            Foto: Reprodução

Obra de Fab Ciraolo referente ao filme "Eduardo  Mãos de Tesoura"

 

Em uma exposição em Londres,  Bansky fez uma crítica ao tipo de arte distanciada do público. “Quando se vai a uma galeria de Arte, você é apenas um turista olhando a sala de troféus de alguns milionários”.
 
                                                                                                                            Foto: Reprodução

"A menina com o balão'" uma das mais conhecidas obras de Bansky

 

A Arte Contemporânea no Brasil surge a partir da década de 1950 e é bastante influenciada pelos movimentos artísticos internacionais, inclusive com o surgimento da Pop Art americana.

Através de uma proposta do industrial e mecenas das artes Ciccilo Matarazzo ( 1888-1971),  em 1951, acontece a primeira Bienal de São Paulo, semelhante à Bienal de Veneza.

Em relação ao advento da Pop Art no Brasil, o contexto é a ditadura militar que foi duramente criticada por vários artistas. O fazer artístico é mais artesanal, mais arcaico e primitivo.

Havia a necessidade de modificar o tratamento da figura, após o esgotamento da abstração geométrica e informal.

Os artistas faziam referências aos acontecimentos internacionais e à censura vivenciada no Brasil. Merecem destaque: Antônio Diase ( Paraíba, 1944), Rubens Gerchaman ( Rio de Janeiro , 1942-2008) e Cláudio Tozzi ( São Paulo, 1944).

Em  abril de 1967, uma exposição realizada no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM – RJ), enfatizou a Nova Objetividade Brasileira em que os artistas estavam vinculados às vanguardas abstracionistas da década anterior (Concretismo e Neoconcretismo).

Também contemplou artistas da chamada Nova  Figuração que era um  movimento recém surgido no país e que defendia o retorno da representação figurativa.

Entre os artistas Neoconcretistas brasileiros  se destacam Hélio Oiticica ( Rio de Janeiro 1937- 1980) e Lygia Clark ( Belo Horizonte ( 1920- 1988). Ambos foram expoentes do experimentalismo nas artes plásticas nos anos de 1960 e 1970. A pintura é deslocada para o espaço tridimensional.
 
 
                                                             Foto: Reprodução
                 

Hélio Oiticica promoveu a exposição tropicália

 

Em 1967, Hélio Oiticica promove a exposição Tropicália uma instalação em forma de labirintos com plantas, araras e areias, além de outros elementos.

As obras de Lygia Clark evidenciam a necessidade da artista de transcender a tela.
 
                                                                                                                        Foto: Reprodução

A artista Lygia Clark criou obras que ultrapassavam as telas

 
 

A arte é sempre utilizada para questionar sistemas que oprimem a liberdade do cidadão de pensar e agir seja na política, na vida profissional ou social. Tem grande poder para ampliar os conceitos de quem está disposto a transformá-los em novos horizontes.

A importância da Arte Contemporânea em nosso país é inegável para fazer oposição à ditadura militar. A expressão dos artistas por meio de telas irônicas e movimentos representa a necessidade de modificar a ideologia política alienante.

As influências de correntes artísticas anteriores são observadas, quando há o desejo de enfatizar determinada técnica ou artista, através de um novo movimento que por mais tradicional, consegue trazer sempre boas novidades para o público.

A arte tem o poder de transformar e surpreender. A cada nova ideia executada por um artista,  existe uma nova oportunidade de analisar  a contemporaneidade e  suas consequências na sociedade e em suas escolhas.

 

domingo, 19 de junho de 2016

A recriação é uma das características do Pós – Modernismo


                                                                            Fernanda Fernandes Borges


 

O Pós - Modernismo tem como pilares a recriação, a reprodução e a releitura. A pintura volta a ser o elemento mais tradicional da arte. Havia a necessidade de novas produções. O artista projeta a ideia e não tem a necessidade de ser exclusivo, por isso recriar é um das bases desse movimento  que se iniciou nos anos de 1950 e está  presente até os dias atuais.

Nos Estados Unidos, segundo a professora de Arte Contemporânea Isa Souza,  merecem destaquem o Grafite e o Bad Painting.

O Grafite surgiu nas ruas e se instalou em coleções privadas com rabiscos e signos de objetos de consumo. Pode ser considerada a arte da espontaneidade, originada da criatividade e da intuição. O artista Jean- Michel Basquiat  (EUA 1960-1988) se destacou nesse tipo de arte.
 
                                                           Foto: Reprodução

"King Alphonso" (1983) de Jean - Michel Basquiat

 

O Bad Painting questiona o que é considerado correto. É uma pintura underground com técnica acadêmica. Ao invés de retratar celebridades enfatiza as figuras suburbanas.

Keith Haring ( EUA 1958-1990) produziu obras, através de pinturas com linguagem menos acadêmica e críticas à sociedade americana e aos seus símbolos.

Outros artistas que se destacam no Pós –Modernismo: Eric Fischl ( EUA, 1948); Cindy Sherman (EUA, 1954); Jeff Koons (EUA, 1955); Sherrie Levine (EUA, 1947); Barbara Krueger (EUA, 1945); Jeny Holzer (EUA, 1950) e  Nan Goldin (EUA, 1953).
 
 A artista Barbara Krueger utilizava as suas criações para criticar o domínio ideológico do homem sobre a mulher.
 
                                                                              Foto: Reprodução

Obra de Barbara Krueger de 1985

 

“No Pós – Modernismo existe a apropriação, a simulação.  Há a morte do homem, do autor e da originalidade”, lembrou a educadora Isa Souza.

O retorno da ênfase da pintura no Pós – Modernismo acontece de modo inovador mesmo que remeta ao passado. Muitos artistas se utilizam da base acadêmica tradicional, mas não poupam críticas a respeito de questões polêmicas.

O Grafite origina-se nas ruas, mas depois ocupa também os espaços da galeria. É considerado por alguns uma arte marginal, mas muitas pessoas sabem reconhecer um trabalho bem idealizado por um artista.
 
                                                                                             Foto: Reprodução

O artista americano Jean- Michel Basquiat

 

As releituras feitas pelos artistas pós-modernistas ilustram a necessidade de se questionar o tradicional e o belo, através de um fazer artístico diferenciado, mesmo que realizado, por meio de reproduções e recriações repletas de significados a serem desvendados pelos espectadores.

 

 

 

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Orquestra Sinfônica de Minas Gerais apresenta belíssimo espetáculo ao Meio - Dia

          

                                Fernanda Fernandes Borges

 

   No dia 14 de junho de 2016,  houve uma apresentação da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais ao meio- dia no grande Teatro do Palácio das Artes,  em Belo Horizonte.   O projeto Sinfônica ao Meio – Dia  é promovido pela Fundação Clóvis Salgado.
 
                                                                                                    Foto: Fernanda Fernandes Borges

O maestro Sílvio Viegas e a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais em apresentação no Grande Teatro

 

    Confira alguns trechos da peça Capricho Espanhol  composta pelo maestro russo KorsaKov, com a regência do maestro Sílvio Viegas:
 
 

Vídeo produzido por Célia Fernandes Borges e Fernanda Fernandes Borges

 
#Sinfônica de Minas Gerais ao Meio - Dia
 

Para saber das próximas apresentações da Sinfônica ao Meio – Dia. Acesse:
                                 http://fcs.mg.gov.br/