Fernanda Fernandes Borges

Fernanda Fernandes Borges

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Neste Natal o brasileiro deve gastar menos com presentes

                            

                                                    Fernanda Fernandes Borges



O desemprego, os juros elevados e a inflação devem influenciar negativamente as compras de Natal de 2016. De acordo com uma pesquisa, realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em todas as capitais brasileiras, o gasto médio com presentes deve cair mais de 5% em relação ao ano passado. Dos entrevistados 40% pretendem gastar menos.

Foto: Fernanda Fernandes Borges 

Este ano o valor dos presentes dever ser mais baixo 


Cada presente deve custar  em média R$ 109,81. Em 2015, o valor era de R$ 106,94. Apesar de à primeira vista o valor deste ano ser superior, a inflação subiu mais que o valor do presente,  e por isso há uma queda de 5,34% no valor a ser gasto, descontada a inflação.
O preço médio dos presentes da classe C deve ser de R$ 101,42, enquanto as mulheres pretendem gastar apenas R$ 84,65 com cada presente.
 Em 2016, mais de 107 milhões de brasileiros devem ir às compras. Em 2015, o número foi maior,  já que  mais de 109 milhões de brasileiros compraram alguma coisa, nesse período do ano.

Foto: Fernanda Fernandes Borges

Menos brasileiros devem ir ás compras de Natal 

            

Com o objetivo de economizar, 25,4% das pessoas ouvidas nessa pesquisa, desejam gastar menos com presentes,  em 2016. Em 2015, o percentual de pessoas  que tinham esse tipo de pensamento era quase a metade, sendo  12,2%.

As principais causas para a contenção nos gastos com os presentes são:

- Saldar dívidas prioritárias (12,1%);

- Problemas financeiros ( 11,7%);

- Aumento da inflação e instabilidade econômica (11,6%);

- Ter excessos de dívidas (11,2%);

Dos entrevistados, 28,7% pretendem comprar menos presentes, enquanto  7,4% não têm a intenção de presentar ninguém.

                          Foto: Fernanda Fernandes Borges

Mais de 7% dos entrevistados não devem presentear ninguém 


A maior parte dos consumidores (56,9 %)  desejam pagar as compras à vista, enquanto (39,4% ) devem fazer o pagamento com cartão de crédito.
Para essa pesquisa foram ouvidos 1.632 consumidores em todas as capitais brasileiras. Para obter os detalhes do comportamento de consumo neste Natal,  foram selecionadas 600 entrevistas.
Diante de um cenário político bastante instável e uma economia sem grandes chances de crescimento, não é novidade que o consumo no Natal de 2016 caia e até mesmo nem aconteça para muitas famílias que têm pessoas desempregadas ou endividadas.

O importante não é o presente que será dado aos entes queridos e aos amigos, mas sim a tranquilidade de estar com as contas em dia,  para poder suportar as crises e saber se erguer diante das inúmeras dificuldades do mercado de trabalho.


Foto: Fernanda Fernandes Borges

Muitas pessoas desejam ficar com as contas equilibradas 


O orçamento familiar não deve exceder o capital que se tem, pois com os juros altos, o cartão de crédito e as diversas prestações devem passar longe do planejamento de quem deseja presentear, mas não pode comprar à vista.
O presente é bem vindo em qualquer época do ano e apenas deve ser dado, quando a situação financeira é estável. É preciso abandonar  o consumo supérfluo e o apelo das propagandas que quase obrigam os consumidores a saírem comprando, mesmo sem terem condições.



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