Pelo Telefone
Donga e Mauro de
Almeida
O chefe da folia
Pelo telefone manda
me avisar
Que com alegria
Não se questione
para se brincar
Ai, ai, ai
É deixar mágoas pra
trás, ó rapaz
Ai, ai, ai
Fica triste se és
capaz e verás
Tomara que tu apanhe
Pra não tornar fazer
isso
Tirar amores dos
outros
Depois fazer teu
feitiço
Ai, se a rolinha,
sinhô, sinhô
Se embaraçou, sinhô,
sinhô
É que a avezinha,
sinhô, sinhô
Nunca sambou, sinhô,
sinhô
Porque este samba,
sinhô, sinhô
De arrepiar, sinhô,
sinhô
Põe perna bamba,
sinhô, sinhô
Mas faz gozar,
sinhô, sinhô
O peru me disse
Se o morcego visse
Não fazer tolice
Que eu então saísse
Dessa esquisitice
De disse-não-disse
Ah! ah! ah!
Aí está o canto
ideal, triunfal
Ai, ai, ai
Viva o nosso
carnaval sem rival
Se quem tira o amor
dos outros
Por deus fosse
castigado
O mundo estava vazio
E o inferno habitado
Queres ou não,
sinhô, sinhô
Vir pro cordão,
sinhô, sinhô
É ser folião, sinhô,
sinhô
De coração, sinhô,
sinhô
Porque este samba,
sinhô, sinhô
De arrepiar, sinhô,
sinhô
Põe perna bamba,
sinhô, sinhô
Mas faz gozar,
sinhô, sinhô
Quem for bom de
gosto
Mostre-se disposto
Não procure encosto
Tenha o riso posto
Faça alegre o rosto
Nada de desgosto
Ai, ai, ai
Dança o samba
Com calor, meu amor
Ai, ai, ai
Pois quem dança
Não tem dor nem
calor
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