Fernanda Fernandes Borges

Fernanda Fernandes Borges

quinta-feira, 11 de maio de 2017

Emmanuel Macron será o novo presidente da França

                     


                                                                          Fernanda Fernandes Borges




No dia 14 de maio, o jovem Emmanuel Macron de 39 anos  toma posse na França com a promessa de renovar a política do país e promover reformas que considera indispensáveis ao progresso da nação. Fundador do En Marche! (Em Marcha!), movimento progressista considerado centrista,  criado em abril de 2016, o novo líder francês derrotou a adversária Marine Le Pen, no segundo turno, ocorrido no dia 7 de maio,  obtendo 66,06% dos votos contra 33,94% da candidata.


Foto: Eric Feferberg  / AFP


              Emmanuel Macron assume o goveno no dia 14 de maio 



No primeiro turno Macron também saiu vitorioso,  obtendo 24% dos votos contra 21% de Marine Le Pen, candidata considerada próximas aos ideais de Donald Trump e do presidente da Rússia Vladimir Putin.
Desde 1958, data da fundação da República Moderna Francesa, Macron é o primeiro presidente  a ser eleito sem pertencer a um dos dois principais partidos o Socialista e o  Republicano.
O novo presidente é em ex-banqueiro, tem ideias consideradas liberais no que se refere ao mercado e é um defensor da União Europeia.
Emmanuel Macron já foi ministro da Economia da França no governo do atual presidente François Hollande. Permaneceu no cargo até agosto de 2016.
Dentre as principais propostas de Macron destacam-se: um plano de 50 bilhões de euros para treinamento profissional,  incentivo a energias renováveis, infraestrutura e modernização.
 Promete reduzir o desemprego dos atuais 9,7% para 7%,  proibir o uso de celulares nas escolas e dar um vale cultura de 500 euros para jovens de até 18 anos.
As reformas de caráter liberal na economia,  divide opiniões na França. Há pessoas que afirmem que o novo presidente se inspira na agenda liberal americana e inglesa  dos anos 80, com propostas de  redução nos serviços públicos, corte de  déficits e redução de salários dos trabalhadores e aumento da jornada.

Para chegar à vitória, o novo presidente que é considerado centrista e alheio à política tradicional, soube conquistar um eleitorado que estava cansado da velha política. Ao fundar o En Marche!  que atualmente conta com mais de 200 mil inscritos, inaugurou uma nova forma de se pensar a  política na França.
No entanto, para governar de maneira satisfatória Macron deve formar uma coalizão, já que o En Marche! ,   ainda  não é um partido e disputará as primeiras eleições em junho.
O desafio do novo líder francês é conquistar o eleitorado que se absteve da votação (cerca  de  25% ) e de representantes da esquerda,  como a maioria dos sindicatos,   que se opõem à flexibilização das leis trabalhistas e à ampliação da carga horária de trabalho.
Emmanuel Macron é um jovem líder que pode promover mudanças benéficas na França, desde que saiba entender e respeitar as necessidades dos trabalhadores, ao  implementar as reformas econômicas.
Ao investir na cultura e na educação, percebe-se que o novo presidente da França tem a real percepção de quem uma nação desenvolvida precisa de cidadãos com pensamentos inovadores e críticos que os façam atuar de maneira eficaz nas  ações do país.
O povo francês ao escolher Macron mostrou que deseja abandonar a velha política que não está funcionando e inaugurar uma nova história em sua trajetória que é marcada por revoluções que sempre visaram a  democracia e o desenvolvimento.


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