Fernanda Fernandes Borges

Fernanda Fernandes Borges

terça-feira, 30 de maio de 2017

Obesidade e outras doenças que podem ocasionar problemas cardiovasculares cresceram no Brasil



                                                               Fernanda Fernandes Borges 



A Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) foi divulgada no dia 17 de abril,  pelo Ministério da Saúde,  e mostrou o crescimento do sobrepeso, da obesidade, da hipertensão e da diabetes, todos considerados  fatores de riscos para as doenças cardiovasculares como o infarto e o derrame.


                                                     Foto: Fernanda Fernandes Borges

A obesidade cresceu 60 % no Brasil nos últimos 10 anos 


O estudo entrevistou 53.210 pessoas com idade igual ou superior a 18 anos, por telefone, residentes nas capitais brasileiras, no ano de 2016. Em 10 anos a população obesa passou de 11,8% (2006) para 18,9% (2016), um aumento de 60%.

Veja outros  resultados:

- A Diabetes cresceu 61,8% entre 2010 e 2016;

- A Hipertensão aumentou 14,2%, passando de 22,5% (2006) para 25,7% (2016);

- O excesso de peso subiu 26,3%, em 2006 atingia 42,6% da população e em 2016 já atingia 53,8% dos brasileiros;

Há uma diferença entre excesso de peso (sobrepeso) e obesidade. Para saber,  é necessário calcular o IMC (Índice de Massa Corporal), dividindo-se o peso da pessoa,  pela altura elevada ao quadrado. Quando o resultado é 25 ou mais, o entrevistado é considerado com sobrepeso. Já quando o resultado é 30  ou mais é considerado obeso.
Os homens lideram o crescimento do sobrepeso passaram de 47,5% (2006) para 57,7% (2016). As mulheres passaram de 38,5% (2006) para 50,5% (2016).
Já a obesidade atinge mais as mulheres. Cerca  de  19,6% delas  estão com a doença, enquanto 18,1% deles enfrentam o problema.


Foto: Fernanda Fernandes Borges

De acordo com o estudo, o o sobrepeso é maior entre os homens 


A diabetes e a hipertensão atingem mais o público feminino. Das entrevistadas 9,9% afirmaram ter diabetes, enquanto 7,8% deles estão com a doença.
Em relação à hipertensão,  ela atinge 27,5% das mulheres e 23,6% dos homens.


            Foto: Fernanda Fernandes Borges 

Doenças como hipertensão, diabetes e obesidade têm maior incidência no público feminino


Em todas essas doenças, observa-se um crescimento de acordo com o aumento da idade e com o menor grau de escolaridade.

Observe nos casos específicos do sobrepeso e da obesidade:

                           Sobrepeso x idade:

- Atinge 30,3% das pessoas com idade entre 18 e 24 anos;

- Atinge 61,1% dos indivíduos entre  35 a 44 anos;

- O  índice é de 62,4% nas pessoas entre 55 e 64 anos;

- O índice é de 57,7% na população com mais de 65 anos;

                         Sobrepeso x escolaridade:

- Atinge 59,2% das pessoas com oito anos de escolaridade;

- O índice é de 53,3% para indivíduos que têm de 9 a 11 anos de estudo;

- O número cai para 48,8% para brasileiros que estudaram 12 anos ou mais;

                    Obesidade x idade:

- O índice é de 8,5% para pessoas entre 18 e 24 anos;

- O número é de 22,5% para brasileiros que têm entre 35 e 44 anos;

- Atinge 22,9% dos entrevistados que têm entre 55 e 64 anos;

- O índice é de 20,3% para pessoas com 65 anos ou mais;

                    Obesidade x escolaridade:

- Atinge 23,5% das pessoas com até oito anos de escolaridade;

- O índice é de 18,3% para brasileiros que têm entre nove a 11 anos de estudo;

- O número cai para 14,9% para os entrevistados que têm 12 ou mais anos de estudo;

A pesquisa aponta uma redução no consumo de feijão de 67,5% (2012) para 61,3% em 2016. O consumo da combinação típica brasileira arroz com feijão também apresentou queda.


                           Foto: Ferrnanda Fernandes Borges

Muitas pessoas não estão comendo o tradicional arroz e feijão 


Em 2012, 74,2% dos homens disseram comer o prato (arroz e feijão)  pelo menos cinco dias da semana. Já em 2016,  o número caiu para 67,9%.
Houve uma redução de consumo de refrigerantes e sucos artificiais de 30,9% em 2007 para 16,5% em 2016.
Um em cada três adultos disseram consumir frutas e hortaliças, pelo menos em cinco dias da semana.
Um número é preocupante em relação ao consumo de bebidas alcoólicas. O índice passou de 15,7% em 2006 para 19,1% em 2016. O maior crescimento desse péssimo hábito aconteceu entre as mulheres. O número aumentou de 7,8% em 2006 para 12,1% em 2016.
Os números da pesquisa Vigitel servem para alertar as famílias sobre a importância de se educar as crianças, desde cedo,  a terem bons hábitos alimentares e a evitarem  produtos industrializados e artificiais que não têm bons nutrientes e  ainda podem ocasionar outras doenças, além da obesidade.
O arroz com feijão deve continuar sendo preparado nas casas brasileiras, para que as pessoas possam se alimentar com qualidade e evitar o consumo de comidas gordurosas e repletas de corantes,  servidas em muitos restaurantes.



Foto: Fernanda Fernandes Borges

É necessário ingerir menos alimentos em restaurantes  e preparar a comida  em casa de modo mais saudável 


A ingestão de álcool para o organismo deve ser evitada. É assustador o crescimento desse hábito, principalmente entre as mulheres.
Para ter qualidade de vida é preciso evitar os excessos alimentares, praticar atividades físicas e sempre que possível cozinhar em casa. Uma culinária com ingredientes naturais e coloridos, além de saborosa, representa saúde para quem a aprecia.

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