Fernanda Fernandes Borges
Depois de uma eleição muita acirrada
entre o republicano Donald Trump e a democrata Hillary Clinton, a Casa Branca será ocupada no dia 20 de janeiro de 2017, pelo magnata do ramo imobiliário Donald Trump, por quatro anos.
A vitória inesperada de Trump, já que as pesquisas de intenção
de votos apontavam uma ligeira vantagem de Hillary,
causou uma grande frustração em milhões de eleitores americanos e em algumas nações
do mundo que temem as atitudes autoritárias e preconceituosas de Trump.
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Foto: Reuters
Donal Trump assume a presidência dos Estados Unidos em 20 de janeiro de 2017
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A maioria dos votos foi para a
democrata, porém nos Estados Unidos a eleição é indireta e o Colégio Eleitoral
por meio de seus delegados é quem decide quem será o novo Presidente. Os 50
Estados americanos são representados por 538 delegados.
Para que o candidato seja eleito, ele precisa de metade dos votos dos delegados
mais um, ou seja, 270 delegados precisam
votar nele. Nessa eleição Donald Trump
obteve votos de 290 delegados, enquanto Hillary
Clinton obteve 232 votos.
Na maior parte dos Estados, o candidato
que consegue a maioria dos votos populares, também leva os votos dos delegados
correspondentes no Colégio Eleitoral.
Em
relação à votação dos Estados, Hillary venceu em 20 e na capital
federal Washington e Donald Trump
venceu em 29 Estados.
No entanto, a democrata teve a maioria
dos votos da população (60.981.118 milhões de votos), representando 47,8% dos
eleitores, enquanto o republicano obteve (60.350.241 milhões de votos), ou
seja, 47,3% do eleitorado.
Por isso, muitas pessoas têm
dificuldades para compreender, porque mesmo com milhares de votos a mais Hillary não foi eleita como Presidente
dos Estados Unidos.
Esse fato ocorreu simplesmente pelo fato
de Donald Trump ter vencido na
maioria dos Estados e ter conseguido a maioria dos votos dos delegados. O
republicano venceu em estados considerados imprevisíveis como Carolina do Norte, Ohio, Flórida e
Pensilvânia.
Já eleito Donald Trump enfatizou que deseja ser o presidente de todos os
americanos e prometeu renovar o “sonho
americano”.
Hillary
Clinton reconheceu a vitória de Trump que terá como vice Mike Pence, governador do Estado de Indiana,
e desejou sucesso ao adversário, além de afirmar a necessidade da união em prol
do povo americano e de seus interesses. Pediu desculpas aos eleitores, pela
derrota sofrida de modo inesperado.
Uma
eleição indireta com essa, trouxe a vitória de uma figura que nunca ocupou um cargo
político, o que mostra a inovação que traz
insegurança para muitos e esperança para outros.
O momento é oportuno para passar
segurança para os mercados financeiros e para milhões de pessoas que se sentem
ameaçadas com a vitória de um republicano polêmico e autoritário.
Um líder para presidir os Estados Unidos
deve ser conciliador e saber conviver
com as diferenças étnicas, religiosas e econômicas de uma população tão
diversificada como a americana. A tolerância deve ser trabalhada e o
preconceito abandonado.
O temor que muitas nações e parte da
população americana sentem por Trump
deve ser transformado em expectativa de um governo sensato e sem grandes
absurdos como os proferidos, durante a campanha do republicano.