Fernanda Fernandes Borges
O teatro de Bolso do Sesiminas foi o palco de encontro
para o workshop ministrado pelos atores Eduardo Moreira e Inês Peixoto do Grupo
Galpão, em Belo Horizonte, no dia 30 de
junho.
Foto: Célia Fernandes BorgesA jornalista Fernanda Fernandes Borges participou do Workshop |
Este ano, o Grupo Galpão completa 35 anos e tem inúmeras
experiências e histórias vivenciadas em diversas partes do Brasil e também do
mundo, através de várias montagens, várias delas nos palcos das ruas.
Neste encontro que reuniu pessoas interessadas na arte
teatral e nas vivências do grupo, dois representantes do Galpão contaram um
pouco da história desse símbolo da cultura mineira e foram responsáveis por
conduzir exercícios de expressão corporal e vocal, além dos jogos teatrais.
Foto: Fernanda Fernandes BorgesOs atores propuseram exercícios práticos aos participantes |
Um dos diferenciais do Grupo Galpão, segundo os atores Eduardo Moreira e Inês
Peixoto, é o fato de seus artistas
sempre trabalharem com diretores diferentes, o que possibilita uma maior diversidade
no processo criativo.
Além disso, as
inúmeras apresentações na rua contribuem para o desejo do Galpão de estar
sempre em contato direto com o público e de terem a possibilidade de
verificarem na prática o que mais sensibiliza e encanta a plateia.
Nas atividades propostas no workshop, Eduardo e Inês destacaram a importância do
ator conter a sua ansiedade e ter um olhar amplo para todos que dividem a cena
com ele no palco.
Foto: Fernanda Fernandes BorgesO palco exige muita concentração e disciplina |
“Qualquer exercício de concentração torna-se mais fácil
quando ampliamos os nossos sentidos”, disse Eduardo.
As improvisações, através da montagem de quadros, foram
trabalhadas e serviram para demonstrar como é importante no mundo
contemporâneo, a arte de saber contornar os desafios propostos com muita
serenidade e habilidade, ao lidar com o
inesperado.
Foto: Fernanda Fernandes BorgesEduardo Moreira está no Grupo Galpão há 35 anos |
Os exercícios, as encenações e as conversas que integraram
esse workshop foram muito importantes para os participantes que estiveram
ali presentes, pois foram ensinamentos
que ultrapassaram o universo cênico e serviram de exemplo para o cotidiano
vivenciado por cada um.
O teatro não é uma mera imitação da vida real. É uma arte
que forma pessoas interessadas em vivenciar outras vidas e que se aprofundam
nas ações e sentimentos para melhor compreender o mundo.
Foto: Fernanda Fernandes BorgesOs jogos teatrais foram trabalhados nesse encontro |
Exercitar-se, entrar em cena e interpretar exige muita
disponibilidade em compartilhar com outras pessoas o que de mais interessante
cada ser humano tem e pode oferecer no palco, através de um personagem, que com certeza permanecerá na mente e
nas impressões de quem prestigia o
teatro.