Fernanda Fernandes Borges

Fernanda Fernandes Borges

segunda-feira, 28 de março de 2016

Brasileiros mudam os hábitos com a inflação alta




                                                                          Fernanda Fernandes Borges



Diante de uma inflação elevada e do temor de perder o emprego, devido a uma economia estagnada, o brasileiro tem diminuído os gastos com supérfluos e modificado velhos costumes. Gastar com o lazer e a alimentação fora de casa, já não são hábitos para muitas famílias.

                                                                                               Foto: Fernanda Fernandes Borges

Comer fora de casa já não é a rotina de muitas pessoas


Uma pesquisa feita pela Mintel, multinacional fornecedora de inteligência de mídia e mercado, com 1.500 pessoas com mais de 16 anos, mostrou que 56% dos entrevistados, estão consumindo menos produtos e serviços que em 2015.

O estudo foi divulgado no dia 4 de fevereiro deste ano e mostrou que 33% dos entrevistados afirmaram estar gastando menos com refeição fora de casa como fast-food e 29% estão frequentando menos cinema e shows.

No que se refere ao consumo de alimentos e bebidas, 52% do público pesquisado está comprados menos. Os biscoitos e chocolates de marca tradicionais estão sendo ignorados por cerca de 30% dos entrevistados.

No entanto, apenas 11% dos consumidores de classe média mudaram de fornecedores de um serviço por outro mais barato como TV paga, academia e saúde privada.

A tendência em cortar gastos deve continuar, porque a inflação do mês de janeiro de 2016 foi de 1,27%, segundo o índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no dia 5 de fevereiro. É a  mais alta para o mês, desde o ano de 2003.

                                                                                                  Foto: Fernanda Fernandes Borges

As pessoas têm optados por cortar os gastos supérfluos


Os alimentos e os transportes foram responsáveis por esse alto índice.  A inflação de dezembro (2015) foi de 0,96% e a de janeiro de (2015) foi de 1,24%.

O clima instável tornou os alimentos mais caros. O dólar alto também eleva o preço dos insumos agrícolas e de produtos negociados pela moeda americana, como o trigo.

Veja quais alimentos tiveram uma alta expressiva:


- Cenoura (32,64%);

- Tomate (27,27%);

                               Foto: Fernanda Fernandes Borges
     

O tomate subiu mais de 20%


- Batata – Inglesa (14,78%);


                                                                                                  Foto: Fernanda Fernandes Borges

A batata foi um dos alimentos que ficou mais caro



A cebola subiu 79,59% , segundo o IBGE em 12 meses.



                                                     
                                                                                                Foto: Fernanda Fernandes Borges

A cebola é um dos principais alimentos usados para dar sabor aos pratos



                                        
                                   Foto: Fernanda Fernandes Borges
    

Há lugares em que o quilo da cebola é R$ 10,00


Os alimentos que são consumidos dentro de casa tiveram um reajuste de 2,89% em média, superior a alimentos consumidos em bares, restaurantes e lanchonetes que ficaram 1,2% em média, mais caros.
                                                                                                 Foto: Fernanda Fernandes Borges

Os alimentos,  em restaurantes,  tiveram um amento  médio de 1,2%

 


Em relação aos transportes, os ônibus subiram em média 5,61% na média nacional e foram  responsáveis por 0,33 ponto percentual da inflação de janeiro de 2016.

O abandono de hábitos cotidianos como usar o carro diariamente, frequentar salões de beleza e consumir carne vermelha, todos os dias, são tentativas que muitos brasileiros encontraram para driblar a perda do poder de compra do salário recebido.

                                                                                       Foto: Fernanda Fernandes Borges
        

Usar o carro todos os dias, já não é opção para muitas pessoas


É preciso administrar o dinheiro de forma cautelosa para se manter as despesas em ordem. Descobrir novas formas de lazer gratuitas como visitas  a parques municipais, passear em praças e assistir a espetáculos culturais gratuitos são formas de entretenimento em que as pessoas podem usufruir, sem ter que extrapolar o orçamento.

O consumo de alimentos em casa e a opção de levar a própria marmita para o trabalho é a garantia de uma refeição  mais saudável e econômica. É sempre bom priorizar a comida caseira a fast-foods que apenas engordam e têm poucos nutrientes.



                                                                                                      Foto: Fernanda Fernandes Borges

Muitos brasileiros não querem gastar com lanches fora de casa


Ao ter a rotina adaptada, devido à instabilidade econômica pela qual passa o país, o cidadão brasileiro utiliza sua criatividade para se adequar a uma nova forma de viver e aguarda com esperança a vinda de épocas mais abastadas e menos recessivas.

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