Fernanda Fernandes Borges
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua
(Pnad Contínua) foi apresentada, no dia
15 de março, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e mostrou
que o Brasil fechou 2015, em média, com
8,6 milhões de desempregados. Isso representa um crescimento de 27,4 % em
relação a 2014, em que havia 6,7 milhões de pessoas sem ocupação.
Foto: Fernanda Fernandes BorgesDe acordo com a pesquisa, mais de 8 milhões de brasileiros estão sem emprego |
O estudo visitou 211.344 domicílios em cerca de 3.500
cidades brasileiras. Para obter os índices,
a pesquisa leva em conta as pessoas que estão sem trabalho e que
procuraram emprego, nos 30 dias
anteriores, à semana da coleta dos
dados.
O nível médio de desemprego em 2015 foi de 8,5%, contra
6,8% de 2014. A população ocupada em 2015 representou 92,115 milhões , um pouco
acima das 92,112 milhões de 2014.
O maior nível de
desempregados de 2015 tem como uma das causas principais a procura por emprego,
por parte de quem não estava trabalhando e decidiu sair à procura de ocupação.
Foto: Fernanda Fernandes BorgesA crise levou muitas pessoas a procurar trabalho |
Segundo a pesquisa,
houve uma redução de cerca de 900
mil empregados com carteira assinada. Em 2014, eram 36,6 milhões e em 2015, o número caiu para 35,7 milhões.
O nível de desemprego no Brasil é o maior índice já
registrado pela série da Pesquisa Pnad Contínua, que teve início em 2012.
Foto: Fernanda Fernandes BorgesSegundo o estudo, a taxa desemprego é a mais alta desde 2012 |
No 4º trimestre de 2015, o desemprego chegou a 9%. A
capital Macapá registrou o maior índice com 14,6% , enquanto as capitais Campo
Grande e Rio de Janeiro registraram o menor número de desempregados com uma
taxa de 5,2%, no período em questão.
O salário médio dos trabalhadores no ano passado,
descontando o efeito da inflação foi de R$ 1.944,00 contra R$ 1.947,00, em 2014. Uma variação pequena se comparada às
grandes instabilidades vivenciadas, nos
últimos tempos.
Com uma taxa de desemprego expressiva, o crescimento de nosso país fica estagnado,
porque há queda no poder de compra.
Muitas pessoas partem para o mercado informal para tentar sobreviver e
muitas vezes não legalizam os seus pequenos negócios, o que também é ruim para
o país.
Foto: Fernanda Fernandes BorgesHá pessoas que optam pelo mercado informal devido à falta de oportunidades |
É um grande absurdo perder tempo com manifestações
que apenas favorecem o estereótipo de um
Brasil frágil, comparado a outras nações. Isso acarreta o temor de
alguns empresários estrangeiros em investir no país, o que representa menos oportunidades
de trabalho.
É imprescindível que esse quadro se modifique para que a
nossa nação reencontre o rumo certo do desenvolvimento. Se as disputas
políticas forem deixadas de lado, é
possível sonhar com um cenário mais positivo e menos duvidoso.