Fernanda Fernandes Borges

Fernanda Fernandes Borges

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Brasil é um dos países que têm mais baixo rendimento escolar do mundo


                                                                    Fernanda Fernandes Borges



O relatório “Alunos de baixo desempenho: por que ficam para trás e como ajudá-los?”, foi apresentado em Paris, no dia 10 de fevereiro deste ano, pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) com dados de 2012 do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA) da OCDE. Nesse estudo,  o Brasil está entre os 10 países com o pior desempenho dos alunos na escola em disciplinas como: Matemática, Ciências e Leitura. Houve a avaliação de 64 nações.


                                  

                                                                                               Foto: Fernanda Fernandes Borges

Brasil está entre os 10 países com o pior rendimento escolar



Cerca de 1,1 milhões de estudantes brasileiros não compreendem o que leem e nem possuem conhecimentos básicos em Matemática e Ciências. Foram avaliados 2,7 milhões de estudantes de 15 anos no Brasil e o resultado foi:


- 1,9 milhões têm dificuldades em Matemática;

- 1,5 milhões não têm conhecimento suficiente em Ciências;


                                                                                           Foto: Fernanda Fernandes Borges

Muitos alunos têm dificuldades em Ciências


- 1,4 milhões não desempenham e entendem bem a Leitura;


Um total de 1.116.231 alunos tinham dificuldades em executar tarefas básicas nas três disciplinas.

O Brasil é um dos países mais desiguais no que se refere ao desempenho entre estudantes das classes sociais  alta e baixa.


                                                                                                  Foto: Fernanda Fernandes Borges


No Brasil, é  notável a diferença entre o grau de conhecimento de alunos de colégios particulares com os da rede pública


Em contrapartida, é um dos nove países que mais reduziram os problemas em Matemática, apresentando um índice de avanço de 18%, entre os anos de 2003 e 2012.

É também um dos países que mais incluíram estudantes no sistema educacional, nos últimos anos. Entre 2003 e 2012, o índice de escolarização passou de 65% para 78%.  Está  entre os cinco países que mais conseguiram diminuir o número de alunos com baixo rendimento escolar entre 2003 e 2012, apesar de ainda está entre os piores.


Nesse relatório,  o Brasil ocupa a 58º lugar, em um ranking de 64 posições, totalizando 391 pontos na escala do PISA, contra 494 pontos obtidos por estudantes que vivem em países membros da OCDE que tem 34 nações.


Em relação aos índices mundiais, o levantamento mostrou que  há 12,9 milhões de alunos com desempenho baixo, desses:


- 11,5 milhões têm dificuldades em Matemática;

- 8,5 milhões leem com dificuldades;

                                                                                                Foto: Fernanda Fernandes Borges

Muitos alunos não compreendem o que leem


- 9 milhões têm problemas com Ciências;


Dos estudantes que participaram do levantamento, 4,5 milhões não atingiram o nível básico de aprendizado, o  que representa um em cada quatro estudantes.

Na América Latina, além do Brasil, o Peru, a Colômbia e a Argentina têm baixo rendimento escolar.


Nas três áreas analisadas países e cidades como: Xangai (China),  Cingapura,  Hong Kong, China, Coreia do Sul, Vietnã, Finlândia, Japão, Macau (China), Canadá e Polônia apresentaram os melhores resultados.


A nação que apresentou o pior desempenho foi a Indonésia que teve 1,7 milhões de estudantes com baixo rendimento escolar.

A educação é o alicerce para o desenvolvimento de qualquer nação. A posição ocupada pelo Brasil, nesse ranking é decepcionante e demanda a necessidade de se investir mais em escolas e professores, além de desenvolver incentivos, para os alunos terem a oportunidade de desenvolver suas habilidades.

                                                                                             Foto: Fernanda Fernandes Borges

A educação é um dos pilares para o crescimento de uma nação


Mesmo com uma maior inclusão de pessoas no universo escolar, nosso país ainda tem um árduo caminho adiante, para tentar sanar as dificuldades nas disciplinas analisadas. Nenhum país pode ter um crescimento esperado, se a sua população não for capaz de compreender o que lê , não tiver conhecimento mínimo em Matemática e não demonstrar interesse pela área científica.


                                                                                               Foto: Fernanda Fernandes Borges

A área científica é uma das mais importantes para qualquer crescimento


A enorme desigualdade em nossa nação,  reflete  na ausência de oportunidade para muitas pessoas carentes, no que se refere ao aprendizado.

Propiciar o estudo, desde os primeiros anos de vida,  é um dos caminhos para formar cidadãos mais interessados e engajados em qualquer tipo de conhecimento.


                                                                                                   Foto: Fernanda Fernandes Borges

Desde cedo, a criança deve ser motivada a aprender


É dever de qualquer país ter um planejamento adequado e eficaz na área da educação. O investimento deve ser grandioso, para que os estudantes cresçam e desenvolvam plenamente seus talentos, contribuindo assim para o engrandecimento de suas nações.

3 comentários:

  1. Dados interessantes dessa matéria podem ser notados; o índice de alfabetização básica, ocorreu simultaneamente com a elevação do IDH, com a saída de milhares de brasileiros (as) da linha de pobreza extrema e, ainda assim ocupamos uma vexatória posição na tabela. Pode se imaginar como éramos antes de, 2002. Excelente matéria, esclarecedora, elucidativa, bastante pedagógica. Parabéns!

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    1. Obrigada amigo José Ulisses.O Brasil já avançou em alguns pontos e agora precisa trabalhar arduamente para tem um melhor rendimento escolar. É preciso a união de todos para uma nação mais desenvolvida e menos disputas políticas inócuas.

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    2. É isso Fernanda, temos de acreditar e mandar seguir o jogo.

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