Fernanda Fernandes Borges
O primeiro semestre de 2016 foi ruim para a indústria
automobilística. Segundo dados da Associação
Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), entidade que representa as
montadoras, divulgados no dia 6 de julho, houve uma queda de 25,4% (apenas 983.599 unidades foram
emplacadas) na comercialização de veículos em comparação com o período de
janeiro a junho de 2015, em que 1,32 milhões de veículos foram adquiridos. O
número é o menor desde 2006, em que 861.000 mil veículos foram emplacados.
Foto: Fernanda Fernandes BorgesA comercialização de veículos novos apresentou uma queda acentuada |
As causas prováveis
para esse desempenho se devem à recessão econômica, à dificuldade no acesso de
crédito e à falta de otimismo dos consumidores.
Foto: Fernanda Fernandes BorgesOs consumidortes estão mais receiosos devido à instabilidade na economia |
A produção da indústria
automobilística do primeiro semestre de 2016 ficou assim:
- Queda de 21,2% com a fabricação de um milhão de unidades,
diante de 1,3 milhões produzidas em 2015;
Em relação à taxa de
licenciamento:
- Declínio de 25,4 %
incluindo automóveis, veículos comerciais leves, caminhões e ônibus;
Foto: Fernanda Fernandes BorgesA venda de diveros tipos de veículos caiu mais de 25%, no primeiro semeste de 2016, em relação a 2015 |
Destacam-se:
- Os ônibus tiveram uma
queda de 41,2% no licenciamento em comparação com 2015;
- Os caminhões
registraram uma queda de 31,4%
- As máquinas agrícolas
e rodoviárias apresentaram um declínio de 30,9%;
Em junho deste ano, foram vendidas 171,8 mil unidades
entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus, uma queda de
19,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
Foto: Fernanda Fernandes BorgesAlguns brasileiros não pretendem trocar os veículos no momento |
As exportações apresentaram um pequeno crescimento em
relação ao mesmo período de 2015. Foram 226,6 mil unidades exportadas,
representando um aumento de 14,2% em comparação com o ano anterior em que
198,5 mil unidades foram enviadas ao exterior.
O saldo positivo nas exportações se deve a clientes como
México e Argentina, além de novos mercados na América Central e no Oriente
Médio.
É compreensível que as pessoas estejam mais receosas ao investir
em veículos novos, em uma conjuntura em que a economia está instável, com altas
taxas de desemprego e juros muito altos para financiamentos.
Foto: Fernanda Fernandes BorgesÉ preciso ter condições financeiras adequadas para manter um veículo |
Um carro representa sempre um gasto oneroso para o seu
proprietário e por isso é necessário muita cautela, ao pensar em adquirir esse bem. As despesas
com emplacamento, seguro e manutenção são altas.
Muitos brasileiros estão cortando as despesas e comprar
um carro novo não está nos planos de muitas famílias, o que justifica o péssimo
desempenho da indústria automobilística nesse primeiro semestre do ano.
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