Fernanda Fernandes Borges

Fernanda Fernandes Borges

terça-feira, 25 de outubro de 2016

O desemprego continua crescendo no Brasil

      

Fernanda Fernandes Borges


O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou  no dia 30 de setembro dados da Pnad ( Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua na qual  mostra que a taxa de desemprego no trimestre encerrado em agosto de 2016 foi de 11,8%, o que representa 12 milhões de desempregados em nosso país. Houve um aumento de 0,6%, em relação ao trimestre anterior, encerrado em maio,  em que  o índice foi de 11,2%.


                                                                                  Foto: Fernanda Fernandes Borges

O desemprego já atinge 12 milhões de brasileiros 





Esse é o pior resultado da série Pnad Contínua, iniciada em 2012. O aumento de 583 mil pessoas (0,6%) desempregadas em relação ao trimestre anterior, revela que as expectativas não são boas para os meses seguintes.
Ocorreu uma queda de 3,2% no número de trabalhadores por conta própria em comparação com o trimestre passado. Essa também é um péssima  estatística, pois esse número vinha crescendo devido à falta de oportunidades,  para quem percebia no negócio próprio a forma de sobreviver.


            Foto: Fernanda Fernandes Borges

Muitas pessoas têm desistido de trabalhar por conta própria 



Em comparação com o mesmo trimestre finalizado em agosto de 2015,  em que a taxa de desemprego foi de 8,7%, ocorreu uma diminuição de 2 milhões de pessoas na população ocupada e um acréscimo de 3,2 milhões de pessoas na população desocupada.
A pesquisa mostrou que 90,1 milhões de pessoas estavam ocupadas no trimestre finalizado em agosto de 2016. Houve uma queda de 0,8% ( 712 mil pessoas) em relação ao trimestre encerrado em maio de 2016.


 
                                                                                   Foto: Fernanda Fernandes Borges

Na atual conjuntura é  raro ver oportunidades de emprego 


Veja quais  foram os setores que  apresentaram maior redução no número de vagas no trimestre junho, julho, agosto de 2016:

- A construção diminuiu 3,3% de oportunidades de empregos,  o que representa  249 mil pessoas desempregadas;

- O setor de serviços domésticos reduziu 2,8%  de pessoas empregadas,  o que significa 177 mil pessoas desocupadas;

- A Indústria diminuiu 1,9% das oportunidades de trabalho o que mostra 129  mil pessoas sem emprego;

Em relação à renda, o estudo mostrou que ela se manteve estável nos índices do IBGE. No trimestre finalizado em agosto,  a renda média foi de R$ 2.011,00 e no trimestre encerrado em maio foi de R$ 2.015,00.
Porém quando se compara com o trimestre de agosto de 2015, ocorreu uma redução de 1,7%, já que a renda média era de R$ 2.047,00.
A porcentagem de empregos com carteira assinada apresentou uma queda de 3,8% em comparação com mesmo trimestre (junho, julho e agosto) de 2015.
Com números poucos favoráveis, quem deseja realmente trabalhar deve  empenhar seus esforços em alternativas que o levem a ganhar dinheiro por conta própria. Apesar do número de pessoas que tentam ganhar a vida de modo independente ter caído, é preciso reagir e buscar novos desafios.
É inaceitável que esses índices continuem a aumentar. Isso demonstra que os governantes não estão tomando as providências necessárias para que o Brasil reencontre o rumo do crescimento e volte a gerar empregos.


                                                                              Foto: Fernanda Fernandes Borges

O baixo consumo  reflete diretamente no número de pessoas ocupadas


Por isso, é imprescindível ter conhecimento da real situação econômica do país, para que os mesmos erros do passado não retornem e tragam estatísticas ainda piores, mostrando cidadãos sem perspectivas e desesperados para vencerem o desemprego.




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