Fernanda Fernandes Borges
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
divulgou no dia 30 de setembro dados da Pnad ( Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua na qual mostra que a taxa de desemprego no trimestre
encerrado em agosto de 2016 foi de 11,8%, o que representa 12 milhões de
desempregados em nosso país. Houve um aumento de 0,6%, em relação ao trimestre
anterior, encerrado em maio, em que o índice foi de 11,2%.
Foto: Fernanda Fernandes BorgesO desemprego já atinge 12 milhões de brasileiros |
Esse é o pior resultado da série Pnad Contínua, iniciada em 2012. O aumento de 583 mil pessoas
(0,6%) desempregadas em relação ao trimestre anterior, revela que as
expectativas não são boas para os meses seguintes.
Ocorreu uma queda de 3,2% no número de trabalhadores por
conta própria em comparação com o trimestre passado. Essa também é um
péssima estatística, pois esse número
vinha crescendo devido à falta de oportunidades, para quem percebia no negócio próprio a forma
de sobreviver.
Foto: Fernanda Fernandes BorgesMuitas pessoas têm desistido de trabalhar por conta própria |
Em comparação com o mesmo trimestre finalizado em agosto
de 2015, em que a taxa de desemprego foi
de 8,7%, ocorreu uma diminuição de 2 milhões de pessoas na população ocupada e
um acréscimo de 3,2 milhões de pessoas na população desocupada.
A pesquisa mostrou que 90,1 milhões de pessoas estavam
ocupadas no trimestre finalizado em agosto de 2016. Houve uma queda de 0,8% (
712 mil pessoas) em relação ao trimestre encerrado em maio de 2016.
Veja quais foram os
setores que apresentaram maior redução
no número de vagas no trimestre junho, julho, agosto de 2016:
- A construção diminuiu
3,3% de oportunidades de empregos, o que
representa 249 mil pessoas
desempregadas;
- O setor de serviços
domésticos reduziu 2,8% de pessoas
empregadas, o que significa 177 mil
pessoas desocupadas;
- A Indústria diminuiu 1,9% das oportunidades de trabalho o que
mostra 129 mil pessoas sem emprego;
Em relação à renda, o estudo mostrou que ela se manteve estável
nos índices do IBGE. No trimestre finalizado em agosto, a renda média foi de R$ 2.011,00 e no
trimestre encerrado em maio foi de R$ 2.015,00.
Porém quando se compara com o trimestre de agosto de
2015, ocorreu uma redução de 1,7%, já que a renda média era de R$ 2.047,00.
A porcentagem de empregos com carteira assinada
apresentou uma queda de 3,8% em comparação com mesmo trimestre (junho, julho e
agosto) de 2015.
Com números poucos favoráveis, quem deseja realmente
trabalhar deve empenhar seus esforços em
alternativas que o levem a ganhar dinheiro por conta própria. Apesar do número
de pessoas que tentam ganhar a vida de modo independente ter caído, é preciso
reagir e buscar novos desafios.
É inaceitável que esses índices continuem a aumentar.
Isso demonstra que os governantes não estão tomando as providências necessárias
para que o Brasil reencontre o rumo do crescimento e volte a gerar empregos.
Foto: Fernanda Fernandes BorgesO baixo consumo reflete diretamente no número de pessoas ocupadas |
Por isso, é imprescindível ter conhecimento da real
situação econômica do país, para que os mesmos erros do passado não retornem e
tragam estatísticas ainda piores, mostrando cidadãos sem perspectivas e
desesperados para vencerem o desemprego.
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