Fernanda Fernandes Borges

Fernanda Fernandes Borges

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

A renda do brasileiro caiu

                                   

                                                             Fernanda Fernandes Borges 



Em decorrência das instabilidades econômicas e do grande número de desempregados, a renda real (corrigida pela inflação) do brasileiro caiu 5%, passou de R$ 1.950,00 (2014) para R$ 1.853,00 (2015). Os números são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) e foram apresentados no dia 25 de novembro de 2016, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística  (IBGE).


                          Foto: Fernanda Fernandes Borges

A renda do brasileiro caiu  5%  em 2015


 A queda de R$ 257,00 na renda mensal,  em 2015,  aconteceu ao mesmo tempo em que o número de desempregados aumentou 38%,  atingindo cerca de 10 milhões de pessoas.
Entre setembro de 2014 e setembro de 2015, 151.189 mil domicílios  foram visitados em todo o Brasil, para essa pesquisa.
Em 11 anos, é a primeira vez que o estudo mostra esse decréscimo. O rendimento de todas as fontes que engloba aposentadorias, recebimento de aluguéis, juros e benefícios sociais entre outros,  também caiu 5,4% passando de R$ 1.845,00   (2014)  para R$ 1.746,00  (2015).
O rendimento domiciliar apresentou uma queda de 7,5% passando de R$ 3.443,00 (2014)  para R$ 3.186,00 (2015). Todas as categorias de emprego tiveram redução do rendimento médio mensal real do trabalho principal.


                                                                                      Foto: Fernanda Fernandes Borges

Todos os tipos de rendimentos ficaram reduzidos no ano passado 


A diminuição da população ocupada no Brasil,  em 2015,  em que os rendimentos eram maiores, é uma das causas desse índices decrescentes.
A categoria dos trabalhadores domésticos com carteira assinada teve uma queda de 3,1% em seus rendimentos. Passou de R$ 1.049,00 ( 2014)  para R$ 1.016,00  (2015).

 Confira como foi a redução  do rendimento médio mensal real de todos os trabalhos,  por região:

Norte: queda de 7,2%, passou de R$ 1.565,00 (2014) para R$ 1.453,00 ( 2015);

Nordeste: queda de 5,6%, passou de R$ 1.295,00 (2014)  para R$ 1.223,00 (2015) ;

Sudeste: queda de 5,4%, passou de R$ 2.239,00 (2014)  para R$ 2.117,00 (2015);

Centro – Oeste:  queda de 3,5%, passou de R$ 2.284,00 (2014)  para R$ 2.203,00 (2015) ;

Sul: queda de 3,3%,  passou de R$ 2.149,00 (2014) para R$ 2.079,00 (2015);

O Índice Gini que mede a concentração de renda e desigualdade apresentou uma queda,  passou de 0,490,  em 2014,  para 0,485, em 2015. Quanto mais próximo de zero menor é a desigualdade.
Ele vem apresentando queda desde 2004, quando foi de 0,545.
Acredita-se que a queda ocorrida no  Índice Gini,  em 2015,  aconteceu devido às reduções nos rendimentos, principalmente da população que ganhava mais. No entanto, isso não representa  melhoria na qualidade de vida dos brasileiros, pois todos os trabalhadores perderam remuneração.


                                                                                  Foto: Fernanda Fernandes Borges

Não houve uma melhor distribuição de renda no ano passado 


A região Nordeste é a que apresentou maior nível de desigualdade,  em 2015, com o Índice Gini de 0,498,  enquanto a região Sul foi a que teve menor,  com  Índice Gini de 0,441.
É lamentável que ao invés de aumentar, o rendimento do brasileiro diminuiu, enquanto suas despesas como as contas de água, luz,  telefonia e supermercado  tendem a crescer e causar grande instabilidade nas finanças de milhares de famílias.
O desemprego é uma das principais causas desse decréscimo nos ganhos mensais, pois em muitos lares o número de pessoas ocupadas caiu e refletiu no padrão de vida dos cidadãos que estavam tendo uma melhor qualidade de vida há pouco tempo.
Nesse momento,  o controle financeiro dos gastos  domésticos deve ser realizado de modo mais rígido,  para que o cidadão não acumule dívidas que provavelmente não poderá pagar no futuro. Tudo que for possível cortar do orçamento deve ser feito.


                                                                                  Foto: Fernanda Fernandes Borges

Diminuir os gastos supérfulos é essencial 


Para que o Brasil volte a crescer e reduza de modo verdadeiro as desigualdades,  é imprescindível que haja representantes sérios que trabalhem em prol da população e não estejam  envolvidos com escândalos. Dessa forma, o brasileiro pode voltar a sonhar com rendimentos mais justos e compatíveis com as suas necessidades.


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