Fernanda Fernandes Borges
As
mulheres representam 52% do eleitorado brasileiro, segundo dados estatísticos
da Justiça Eleitoral. Até fevereiro de 2018,
eram 77.076.395 eleitoras aptas a escolher um candidato e também a
disputar um cargo.
Foto : Fernanda Fernandes BorgesAs mulheres representam 52% do eleitores no Brasil |
A maioria das eleitoras 18.710.832 têm entre 45 e 49 anos; em seguida aparecem as
mulheres de 25 a 34 anos, representando
16.241.206 eleitoras, e por último estão
as que têm entre 34 a 44 anos, somando 15.755.020
eleitoras.
O voto feminino no Brasil passou a ser permitido em 1932.
Desde então, elas também podem concorrer às eleições. Infelizmente, há
pouca representatividade feminina na política brasileira.
Atualmente, dos 513 deputados somente 10,5%
são mulheres e no Senado dos 81 parlamentares apenas 16% são do sexo feminino.
Desde
2009, de acordo com a Lei das Eleições (Lei n° 9.504 / 1997) está em vigência que nas eleições proporcionais para
os cargos de deputado federal, estadual, distrital e de vereador, cada coligação ou partido deve preencher o
mínimo de 30% e no máximo de 70% para candidaturas de cada sexo.
Foto : Fernanda Fernandes BorgesAs mulheres devem estar mais presentes como candidatas às eleições |
De acordo com o Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) , nas eleições municipais de 2016, apenas 31,89%
dos brasileiros que se candidataram eram do sexo feminino.
Um dado curioso. Nesse mesmo ano, mais de 16 mil
candidatos terminaram a eleição sem receber um único voto, ou seja, nem o próprio voto. Desse total, 14.417 eram
mulheres e 1.714 eram homens.
Caso sejam comprovadas irregularidades, os responsáveis
pelos registros dessas candidaturas podem ser responsabilizados pelo crime de
falsidade ideológica. Muitas mulheres afirmaram que não sabiam que estavam
disputando a eleição, possivelmente foram vítimas de fraudes.
Ainda em 2016, do total de 5.568 municípios brasileiros,
em 1.286 cidades nenhuma mulher foi eleita como vereadora. Apenas em 24
municípios, a figura feminina representa a maioria do legislativo municipal.
Percebe-se que o eleitorado feminino precisa de mais
atenção e melhoras propostas por parte dos candidatos que vão disputar as eleições
2018.
Algumas pesquisas eleitorais mostram que 46% das mulheres
ainda não decidiram em quem votar. No público masculino, o número é menor, sendo 25% dos indecisos.
Uma pesquisa realizada pela Confederação
Nacional de Municípios (CMN) divulgada em 12 de junho e realizada com base em
números do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Brasil tem 5.568 municípios com
146,1 milhões de eleitores. Há um aumento de 1,4% no número de eleitores, desde
as eleições de 2016.
O levantamento ainda mostrou que em 231 cidades
brasileiras há mais eleitores que habitantes. O estado de Minas Gerais lidera
com 75 cidades, seguido por São Paulo com 29 municípios e por Santa Catarina
com 20 localidades.
O Tribunal
Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE – MG) justificou que muitas vezes o
domicílio eleitoral é mais flexível que o domicílio fixo. Ou seja, muitas
pessoas votam na cidade, mas não residem mais nela.
São Paulo é o estado com o maior número de eleitores
sendo 33,2 milhões, seguido por Minas Gerais que tem 15,6 milhões de pessoas
aptas a votar.
A mulher tem um grande poder de escolha e deve ser
incluída nos projetos dos candidatos que desejam representar o povo. Os
partidos e coligações devem apoiar e incentivar a presença feminina na disputa
das eleições , pois isso é primordial na democracia
brasileira.
Foto: Fernanda Fernandes BorgesA mulher é geralmente mais criteriosa na escolha de seus candidatos |
A política brasileira
precisa da mulher, pois ela é dotada de
criatividade e sensibilidade, características essenciais para conhecer melhor
as demandas da população que representam, promovendo uma melhor relação entre
os políticos e a sociedade.
É abominável utilizar candidaturas falsas para preencher
o requisito da lei que obriga que pelo menos 30% das candidaturas dos partidos
ou coligações sejam preenchidas pelo sexo feminino.
Deve haver mulheres
que realmente se interessem pela política e desejem fazer a diferença em nosso
país, demonstrando que a mulher é capaz de trabalhar fora, em casa e ainda ser
representante de seu município, estado ou nação com honra e muita dedicação em
fazer o melhor.
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