Fernanda Fernandes Borges

Fernanda Fernandes Borges

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Vacinação contra a Gripe acontece até o dia 22 de maio


                                                                                Fernanda Fernandes Borges


A vacinação contra a gripe começou no dia 4 de maio. O Ministério da Saúde vai distribuir 54 milhões de doses este ano. Foram investidos R$ 487 milhões.  A campanha pretende imunizar 49 milhões de pessoas, até o dia 22 de maio.
 
O objetivo  da vacina é reduzir internações e mortes provocadas por complicações, às vezes oriundas  de uma simples gripe. A data da campanha é estratégica, pois as infecções virais respiratórias agudas ocorrem com maior frequência no outono e no inverno.

A transmissão do vírus da gripe ocorre por meio de secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir, espirrar ou pelas mãos, após o contato com superfícies contaminadas. A dose via injeção protege contra os subtipos do vírus influenza: A/H1N1,  A/H3N2 e influenza B.

Quem deve receber a vacina:

- Crianças de 6 meses a menores de 5 anos;

- Idosos com 60 anos ou mais;

- Trabalhadores da Saúde;

- Povos indígenas;

- Gestantes;

- Mulheres com até 45 dias após o parto;

- Presos e funcionários do sistema prisional;

- Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis ou com condições clínicas especais;

                                                                                         Foto: Ministério da Saúde / Divulgação

As pessoas que precisam receber a vacina,  deve procurar um posto de saúde mais próximo


 
 

A pessoa deve levar o seu cartão de vacinação e um documento de identificação. Cerca de 65 mil postos de saúde em todo o país vão distribuir a vacina. Não devem receber a vacina pessoas com histórico de reação anafilática em doses anteriores e quem possui alergia grave à proteína do ovo, já que a dose é produzida em embriões de galinha.

Em Minas Gerais, a Secretaria de Estado de Saúde deseja vacinar quase 5 milhões de pessoas. Há mais de 5 mil postos fixos e temporários, em todo o estado. No Rio Grande do Sul, a campanha começou uma semana antes do restante do Brasil, no dia 27 de abril.

A meta do governo Federal é imunizar pelo menos 80% do grupo específico da vacinação. Em 2014, 44,3 milhões de pessoas foram imunizadas, o equivalente a 86,7% do total previsto.

A família deve ficar atenta, caso algum membro, precise ser vacinado. Uma simples gripe pode evoluir para uma pneumonia e uma internação hospitalar pode causar infecções que podem ser fatais, principalmente se o paciente for mais velho.

É importante prevenir a doença e divulgar a Campanha de Vacinação contra a Gripe para os grupos específicos. As crianças são muito suscetíveis ao contágio, porque brincam em diversos lugares e nem sempre se lembram de lavar a mão adequadamente.

Com a proximidade do inverno e a queda das temperaturas, muitas vezes, as pessoas fecham as casas e quando estão em ônibus também querem fechar as janelas. Isso é errado e perigoso. O ar deve ventilar para não aprisionar o vírus nos locais fechados e ter o risco de contaminar outras pessoas, caso haja um indivíduo gripado.

É bom ficar atento ao período da vacinação e alertar as contraindicações da vacina. Incentivar a população prioritária a se imunizar é um gesto solidário que deve ser praticado e divulgado.

 

domingo, 3 de maio de 2015

A música clássica encanta diversas gerações no Grande Teatro


                                                                       Fernanda Fernandes Borges


Era uma terça-feira, dia 27 de abril de 2015. O horário? Meio-dia. O espaço era o Grande Teatro do Palácio das Artes. Quem era a grande estrela? A Orquestra Sinfônica de Minas Gerais. O projeto desenvolvido pela Fundação Clóvis Salgado denominado “Sinfônica ao Meio-Dia” reuniu centenas de pessoas, de distintas idades e estilos para apreciar a música erudita.


                                                                                                     Foto: Fernanda Fernandes Borges

Muitas pessoas prestigiaram a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais

 

A programação incluiu três sinfonias compostas entre o período de 1886 a 1894. O concerto teve início com  o prelúdio “A Tarde de um Fauno” do francês Claude Debussy; depois a plateia apreciou a composição “Noite no Monte Calvo” do russo Modest Mussorgsky e o término da apresentação foi com a “Sinfonia nº 8” do tcheco Antonín  Dvořák.

O objetivo desse projeto é reunir um público distinto para apreciar e conhecer um pouco sobre a música clássica. Aproveitar o horário do almoço e a grande circulação de pessoas no centro de Belo Horizonte para um programa diferente e gratuito.

Com certeza a intenção de se formar uma plateia composta de diversas pessoas, que provavelmente nunca tiveram a oportunidade de assistir a uma apresentação da Orquestra Sinfônica, é uma excelente ideia para disseminar a cultura na capital mineira. Acompanhe um trecho da apresentação inicial, no vídeo abaixo:
 
 

                                         Vídeo: Fernanda Fernandes Borges

 

A aposentada Dona Terezinha, de 82 anos, já conhecia o trabalho da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais. “Aprecio a orquestra e gosto muito de fazer passeios culturais”, disse. Ela também elogiou a iniciativa da Fundação Clóvis Salgado. “Acho esse espaço lindo. É um ótimo lugar para vir. É um excelente projeto e ainda gratuito", enfatizou.
A senhora que é apreciadora da música erudita ainda destacou os benefícios dessa arte. “É bom para o cérebro, para a memória, para o corpo e a alma”, afirmou. “Agora quero conhecer a Sala Minas Gerais, pois dizem que lá é lindo”, completou.

O Grande Teatro estava praticamente lotado. O Maestro Marcelo Ramos deu breves explicações sobre as obras a serem apresentadas. Além de boa música, o público ali presente teve a chance de conhecer um pouco da cultura clássica.

                                                                                        Foto: Fernanda Fernandes Borges

O maestro Marcelo Ramos falou sobre as sinfonias

 

 A obra de Debussy influenciou Tom Jobim e Miles Davis.

 A composição “Noite no Monte Calvo” de Mussorgsky foi utilizada no filme de animação da Disney, em 1940, chamado "Fantasia".  Acompanhe parte da execução, no vídeo abaixo:

 

                                            Vídeo: Fernanda Fernandes Borges

 

 Antonín Dvořák é considerado um dos principais nomes da música clássica do século 19.

A aula que o público teve ao prestigiar a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais foi inesquecível. Os aprendizados e os benefícios que a música erudita traz para a mente e o corpo são  inquestionáveis. Além de desenvolver ainda mais a inteligência, propicia um relaxamento que alivia o stress do caos urbano.

Os sons dos diversos instrumentos: violinos, violoncelos, contrabaixos, flautas, oboés, clarinetes, trompetes, tubas, dentre outros produziram uma cadência que fizeram a plateia ficar extasiada com tanta qualidade na execução das partituras.

                                                                                             Foto: Fernanda Fernandes Borges

Plateia se encanta com a música

 

A melodia harmoniosa executada naquele “meio-dia” ficará na lembrança das pessoas que ali estiveram presentes. O desejo que fica é a existência de novas apresentações como essa e outros projetos que visem atingir um público cada vez maior, e interessado no universo cultural que propicie um maior crescimento intelectual e crítico.

                                                                                                 Foto: Fernanda Fernandes Borges

Ao término da apresentação muitos aplausos

 

terça-feira, 28 de abril de 2015

Dia das mães não vai fazer consumidor gastar muito


Fernanda Fernandes Borges


 Como definir uma mãe? A pessoa mais importante de nossas vidas?  Por isso, na hora de homenageá-la, todos os filhos querem se esmerar na hora da escolha do presente. A segunda data comemorativa mais rentável para o comércio não traz uma previsão muito otimista para os donos de lojas, este ano.
 
                                                                                            Foto: Fernanda Fernandes Borges

Comércio quer atrair clientes

 

 Devido à inflação, juros altos, redução de crédito e medidas recessivas na economia, muitas pessoas não têm e nem podem comprar presentes caros para as mães. O dia 10 de maio será comemorado com pequenas lembranças e  com menos eletrônicos e eletrodomésticos.

Segundo a Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo de São Paulo (Fecomércio SP), os consumidores não devem presentear nem com perfumes e nem com flores, porque os dois itens estão mais caros. Em maio, vigora o aumento da carga tributária no setor de perfumes e cosméticos.

 
                                                                                                  Foto: Fernanda Fernandes Borges

Os perfumes e cosméticos não devem estar na lista de muitos filhos devido à alta dos preços

 

As pessoas devem comprar roupas, calçados e acessórios. O pagamento deve ser à vista e sem crediário. Por isso, os eletrônicos e os eletrodomésticos estão fora da lista de muitos filhos que não querem comprar nenhum produto, a longo prazo, devido aos juros mais altos, de acordo com a Fecomércio / SP.

                                                                                                Foto: Fernanda Fernandes Borges

A publicidade tenta sensibilizar os filhos

 

Na capital mineira, o comércio prevê um leve aumento nas compras de 0,21% em relação ao ano passado, segundo a Câmara dos Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH). Já os shoppings esperam crescer e investem em campanhas publicitárias e promoções para atrair os clientes.

De acordo com a CDL / BH, o dia das mães deve movimentar R$ 2,145 bilhões no varejo da capital mineira. Os belo-horizontinos devem gastar em média R$ 100,00 com o presente. Um valor baixo, se comparado a outros presentes de anos anteriores.

                                                                                                 Foto: Fernanda Fernandes Borges

Loja de shopping tenta atrair consumidor com brinde de acordo com o valor da compra

 

O que se observa no comércio de Belo Horizonte são muitas lojas fechando, devido a uma redução no consumo e a necessidade que muitos empresários têm de cortar gastos, para poder fechar as contas no fim do mês.

Os filhos devem ter consciência de que não é o presente que vai mensurar o sentimento em relação à mãe. O que é válido é um relacionamento cotidiano de carinho, dedicação e respeito.

O que adianta presentear com um objeto caro e estar distante da mãe? A presença física e o comprometimento em valorizar a figura mais importante da vida do ser humano é bem mais gratificante do que qualquer bem material.

Não importa se o presente vai custar R$ 100,00 ou R$ 1.000,00. Interessa saber se a família vai estar reunida, não apenas naquele domingo, mas em  vários outros, para poder ser de fato uma fortaleza que está pronta para enfrentar qualquer problema e superá-lo com um sentimento verdadeiro de amor e união.

 

domingo, 26 de abril de 2015

Prazo para a renovação do Fies é estendido

                                   

                                                                           Fernanda Fernandes Borges


O Ministério da Educação (MEC) prorrogou o prazo para a renovação dos contratos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies),  para até o dia 29 maio. A decisão foi tomada junto ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), no último dia 23, para deixar os estudantes mais seguros e calmos quanto ao aditamento de seus contratos, já que o sistema tem apresentado muitas falhas.


                                                                                                                                  Foto: Reprodução

Estudantes têm prazo maior para renovar os contratos do Fies

 

Já quem solicita o Fies pela primeira vez, tem até o dia 30 de abril e tem que estar adequado às novas regras. Entre as principais se destacam: o estudante deve ter obtido 450 pontos no Enem e não ter zerado a redação; escolher um curso que tenha obtido nota 5 na avaliação do MEC, pois cursos com notas 3 e 4 vão avaliar alguns aspectos regionais, priorizando localidades e cursos que foram menos atendidos, nos últimos anos.

De acordo com o último balanço feito pelo MEC, dos 1,9 milhões de contratos já existentes, 1,6 milhões foram renovados e 242 mil novos financiamentos foram feitos. Ainda precisam ser revalidados 296 mil contratos. Os estudantes devem acessar o Sistema Informatizado do Fies, o SisFies .

No dia 22 de abril, a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino superior (Abmes) divulgou que pelo menos 55 mil contratos foram renovados em caráter “preliminar”. O número foi repassado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento de Educação (FNDE) e se refere aos casos em que o valor da mensalidade do curso foi reajustada, ultrapassando 6,4% do teto estabelecido pelo governo, no início deste ano.

O governo afirma que todos os 1,9 milhões de acordos firmados do Fies estão garantidos, indiferente do aumento aplicado pela instituição. Caso os estudantes se comprometam a pagar a diferença nas mensalidades, o FNDE alerta que a cobrança é ilegal e caso o aluno já tenha feito o pagamento deve ser ressarcido, porque as negociações devem ocorrer entre o governo e as instituições.

O Fies possibilita ao aluno estudar em uma instituição privada. A pessoa que o solicita começa a pagá-lo em 18 meses após a finalização do curso. O programa abrange 1,6 mil instituições e paga juros de 3,4% ao ano a essas escolas de Ensino Superior.

                                                                                                             Foto:  Divulgação / MEC

Alunos começam a pagar o Fies após 18 meses da formatura

 

É um alívio para muitos alunos ter o prazo estendido para a renovação de seus contratos, depois de tantos aborrecimentos com problemas do site do Fies. É uma nova possibilidade de concretizar os estudos e lutar por uma vida melhor.

O governo junto com o Ministro da Educação Renato Janine Ribeiro, finalmente, tomou uma decisão correta que vai favorecer milhares de estudantes em todo o país. Os critérios para os novos financiamentos são justos, porque vai priorizar quem se dedica mais aos estudos e instituições mais bem avaliadas.

O aluno que necessita do Fies deve valorizar essa oportunidade para se empenhar na carreira escolhida e se tornar além de um universitário, um cidadão consciente e participativo da sociedade em que  vive. Assim, podemos construir um Brasil mais próspero com ideias mais inovadoras e menos arcaísmos.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Sacolas plásticas não podem ser distribuídas em São Paulo

                                  

                                                                                    Fernanda Fernandes Borges

 

Os comerciantes da capital paulista não podem mais distribuir as tradicionais sacolinhas de plástico, derivadas do petróleo,  desde o dia 5 de abril deste ano. A Lei Municipal 15.374/11 já estava em vigor, desde o início de fevereiro. No entanto, os donos de estabelecimentos comerciais tiveram 60 dias para se adaptar ás exigências.

As novas sacolas que são permitidas para distribuição devem ser nas cores verde e cinza, maiores e mais resistentes. Tem que ser biodegradáveis e feitas de matéria-prima renovável , como a cana-de-açúcar.
 
 
                                                                                               Foto: Reprodução

Nova sacola não pode ser derivada do petróleo

 

Os empresários que não cumprirem com as novas regras e oferecem as sacolas plásticas antigas podem receber multas que variam de R$ 500 a R$ 2 milhões. O novo produto sai mais caro para os supermercados e estabelecimentos como Carrefour, Extra, Pão de Açúcar e Walmart estão cobrando R$ 0,08, cada unidade.  Há estabelecimentos que cobram R$ 0,10. A SOS Consumidor  já entrou na justiça para proibir a cobrança.

Já o Procon de São Paulo afirma que essa medida é contra o Código de Defesa do consumidor e considera que o preço da sacola já está embutido no valor dos produtos. O órgão disse que vai notificar os supermercados que estão realizando a cobrança da sacolinha biodegradável.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), disse que a decisão de doar ou cobrar pela sacola fica a cargo dos próprios comerciantes.

O impacto dessa lei também interfere no hábito de descartar o lixo. Os paulistanos que usam as sacolas de supermercados para colocar o lixo doméstico, agora também têm que seguir novas regras. A sacolinha verde só pode ser usada para o lixo reciclável: metal, papel, plástico e vidro. A cinza só pode ser utilizada para descartar o lixo comum. O objetivo é incentivar a coleta seletiva.

O cidadão que descumprir a regra, colocando o lixo em sacola indevida, recebe uma advertência. Quem reincidir pode pagar uma multa que varia  de R$ 50 a R$ 500 reais.

Em Belo Horizonte, a distribuição da sacola plástica envolve polêmicas. Em 2011, entrou em vigor a Lei Municipal 9529 / 2008 que proibiu as sacolas plásticas e sugeriu modelos ecológicos ou retornáveis. Quem quisesse o produto tinha que pagar R$ 0,19.

Em 2012, O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) proibiu a venda da sacolinha e em janeiro de 2013, elas voltaram a ser cobradas por decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Em agosto de 2013, a venda foi novamente suspensa pelo próprio TJMG.

É um absurdo o consumidor pagar por uma lei que pouca eficácia vai ter em relação á preservação do Meio Ambiente. Não tem como substituir todos os produtos que são feitos de plástico como: garrafas, sacos de lixo, copos, pratos, vasilhas e inúmeros outros itens.

É ridículo usar essa desculpa para onerar o bolso do consumidor. Uma falta de respeito. Na capital mineira, os supermercados saíram ganhando ao não distribuírem as sacolas plásticas, pois ainda tinham o direito de cobrar do consumidor, uma obrigação que antes era deles.

O povo reclamou e vários estabelecimentos já distribuem a sacola para o consumidor. É impossível sair de um supermercado com as compras na mão  e pagar por uma sacola descartável. É favorecer ainda mais o lucro dos comerciantes. O cliente compra e ainda tem que pagar para trazer seus produtos em uma sacola que deve ser doada gratuitamente? Isso é chamar o povo de "palhaço".

Essa decisão estúpida deve ser revista, pois apenas prejudica o cidadão e favorece os empresários. É obrigação do supermercado fornecer a sacola, pois geralmente o preço dela, já está inserido no valor dos produtos. Os consumidores devem boicotar esses estabelecimentos que só querem ganhar e exploram os clientes, alegando que estão contribuindo com o Meio Ambiente. Na verdade, só estão se tornando mais ricos e nem sabem o que é preservação ambiental.

 

 

segunda-feira, 20 de abril de 2015

O Projeto de Lei de Mídia Democrática suscita discussão


            Fernanda Fernandes Borges


No dia 12 de abril, o 2° Encontro Nacional pelo Direito à Comunicação discutiu em seu último debate a necessidade da criação de uma lei por uma comunicação mais democrática. O projeto de lei já existe e foi criado, juntamente com a participação da sociedade.

Deve haver uma diversidade de lutas para se exigir um marco regulatório das comunicações. Não se trata apenas de coletar assinaturas, mas sim da realização de debates. Quem estava presente no encontro foi orientado a divulgar o máximo possível, esses propósitos de uma comunicação mais democrática, pois sem isso é quase impossível ter uma democracia concretizada em nosso país.
 
                                                                                                                       Foto: Reprodução

Participantes foram conscientizados sobre a necessidade de luta por uma comunicação plural

 

A nova Lei proposta será aplicada apenas no meios de comunicação eletrônica: canais abertos de TV, rádio e TV por assinatura. Entre os objetivos da Lei da Mídia Democrática, destacam-se:

- Ampliar a liberdade de expressão  e opinião;

-Promover a cultura nacional;

- Incentivar a diversidade regional e combater o preconceito;

- Garantir os direitos do espectador;

- Haver um equilíbrio entre a existência de canais privados, públicos e estatais;

- Proteger as crianças e adolescentes;

- Destinar 33% das concessões de rádio e TV ao sistema público, sendo metade dessas para canais comunitários;

- Utilizar 25% do Imposto de Renda para financiar o Sistema Público de Comunicação;

- Proibir o arrendamento de horários e transferências de concessões;

- Ninguém poderá ter mais que 5 canais de TV;

- Não poderá haver censura prévia;

- O Conselho Nacional de Política de Comunicação vai fiscalizar e garantir mais vozes nos meios de comunicação de massa;
 
                                                                                               Foto: Fernanda Fernandes Borges

Projeto de Lei propõe uma mídia mais democrática

 

Esse projeto de Lei de Iniciativa Popular da Mídia Democrática também conhecido como (PLIP) tem 33 artigos e delineia um novo cenário para a comunicação no país. Após a exposição desse projeto, houve a apresentação da Carta de Belo Horizonte. Acompanhe abaixo a íntegra do documento:

 

CARTA DE BELO HORIZONTE

REGULA JÁ! POR MAIS DEMOCRACIA E MAIS DIREITOS

 

Nós, ativistas pelo direito à comunicação, militantes das mais variadas organizações do movimento social brasileiro (sindical, juventude, cultural, estudantil, moradia, do campo e da cidade, mulheres, negros, LGBT, meio ambiente, academia, ativistas digitais, trabalhadores da comunicação etc.), presentes em Belo Horizonte no 2º Encontro Nacional pelo Direito à Comunicação, organizado pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, que reuniu quase 700 pessoas vindas das cinco regiões do país, demos mais uma demonstração de força e unidade do nosso movimento. Durante três dias debatemos propostas e projetos, trocamos experiências e construímos coletivamente uma estratégia comum de luta pela democratização da comunicação.

A defesa da democracia é uma das principais bandeiras de luta da sociedade brasileira. E a construção de uma sociedade efetivamente democrática só se realiza se houver liberdade de expressão para todos e todas, o que pressupõe a garantia do direito à comunicação. Reafirmamos, nesse sentido, que o Brasil precisa enfrentar o desafio de atualizar os instrumentos de regulação democrática dos meios de comunicação. Nos mantemos mobilizados, nas ruas e redes, para exigir que o governo cumpra o seu compromisso de abrir publicamente esse debate com a sociedade.

Em um momento em que o povo brasileiro e suas instituições democráticas enfrentam uma conjuntura política e econômica adversa, mais do que nunca, levantamos a bandeira: Regula Já! Por mais diversidade e pluralidade de vozes na mídia. 

A direita brasileira derrotada nas eleições presidenciais sai às ruas defendendo a quebra da legalidade democrática. Nesse cenário, a mídia privada manipula a informação, distorce os fatos, fabrica crises, invisibiliza temas e criminaliza movimentos e atores sociais progressistas. O principal porta-voz desse discurso – a Rede Globo de Televisão – completa 50 anos em abril dando provas da sua falta de compromisso com o interesse público e com a democracia.

O Congresso Nacional, o mais conservador desde a ditadura militar, tem mostrado que a agenda da direita (redução de direitos trabalhistas, sociais, ataque aos direitos humanos) dará a tônica da atividade legislativa. O próprio presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, afirmou que qualquer projeto de regulação dos meios de comunicação só será encaminhado para votação por cima do seu cadáver. Nesta mesma linha, o Poder Judiciário continua agindo de forma seletiva e parcial, refratário à agenda da democratização da comunicação, blindado pela caixa preta de sua estrutura institucional inquestionável.

A Presidenta Dilma Rousseff – que só foi eleita porque assumiu o compromisso de adotar políticas que aprofundassem direitos sociais e democráticos, com uma plataforma de reformas estruturais – dá sinais contraditórios de que essa agenda será aplicada.

Neste cenário, é preciso buscar uma ampla unidade dos movimentos sociais para barrar a direita e pressionar o governo, exigindo o cumprimento dos compromissos firmados. Lutas de cunho democrático, como a Reforma Política com o fim do financiamento empresarial das campanhas; a taxação de grandes fortunas; a defesa da Petrobrás; o combate às terceirizações; contra a redução da maioridade penal; em defesa dos direitos dos indígenas; do meio ambiente; contra o extermínio da juventude negra; pela reforma agrária e urbana; pelos 10% do PIB para a educação e a defesa do SUS, precisam ser abraçadas pelo conjunto dos movimentos populares, entre eles o da comunicação. Nossa luta é por Mais Democracia e Mais Direitos!

No campo da comunicação, os desafios são ainda maiores, já que nos últimos 12 anos o governo não enfrentou essa pauta de forma estruturante. As importantes conquistas que foram a criação da EBC, a aprovação das leis de Acesso à Informação, regulação da TV por Assinatura (SeAc) e o Marco Civil da Internet, só foram possíveis em função da intensa mobilização social. No restante, o sistema permanece praticamente inalterado, caracterizado por uma forte concentração econômica e ausência de diversidade e pluralidade. O Capítulo V da Constituição Federal de 1988, da Comunicação Social, segue sem a regulamentação que garanta a sua aplicação. E a principal legislação da radiodifusão, o Código Brasileiro de Telecomunicações, já tem mais de 50 anos.

O novo ingrediente desse cenário é que a Presidenta Dilma Rousseff e o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, têm dado declarações públicas de que a pauta da regulação dos meios de comunicação será tratada neste mandato. É imperativo cobrar que esse discurso seja transformado em prática. De outro lado, o setor empresarial segue na sua cruzada para impedir que esse debate aconteça. Continua usando a mesma e velha tática de distorcer essa discussão, tachando qualquer tipo de regulação como censura.

Por isso, é indispensável ampliar a mobilização e pressão da sociedade para destravar esta agenda. Desde a 1ª Conferência Nacional de Comunicação, temos ampliado a base social e consolidado propostas para um novo marco regulatório das comunicações. A principal delas é o Projeto de Lei de Iniciativa Popular da Mídia Democrática, que em 33 artigos delineia um novo cenário para a comunicação no país. Inspirada nos tratados internacionais já ratificados pelo Brasil e em experiências regulatórias de países como França, Inglaterra, Estados Unidos, Portugal, Espanha e outros, a Lei da Mídia Democrática propõe mecanismos de implementação dos dispositivos constitucionais. Durante o 2º ENDC, reafirmamos essas propostas e a importância da estratégia de luta em torno da Lei da Mídia Democrática com a presença de convidados internacionais vindos do Canadá, Argentina e Uruguai.

O trabalho de coleta de assinaturas para a Lei da Mídia Democrática e a divulgação de seu conteúdo para setores mais amplos da sociedade devem ser intensificados. Mas, além disso, precisamos avançar também em outras frentes, como o fortalecimento do sistema público de comunicação; o fim da criminalização das rádios comunitárias e da mídia popular e alternativa (do campo e da cidade), com a criação de mecanismos para incentivar e fomentar a sua valorização; a universalização da Banda Larga; a garantia do respeito ao Marco Civil da Internet; a implantação dos Canais da Cidadania; a criação dos Conselhos de Comunicação nas três esferas da Federação; a defesa da Classificação Indicativa; o respeito aos direitos humanos nos meios de comunicação; a defesa do direito de resposta; o fim das concessões para os políticos; o combate ao arrendamento e transferência ilegal das outorgas; a democratização da distribuição das verbas publicitárias; mecanismos de incentivo à produção regional e independente (retomada da campanha Quero Me Ver na TV); o fortalecimento de políticas para a promoção da diversidade cultural e informativa (pontos de cultura e pontos de mídia livre) e de educação para a mídia; a defesa do software livre. Enfim, um conjunto de medidas urgentes que desde já podem ampliar o Direito à Comunicação e a verdadeira Liberdade de Expressão para todos e todas em nosso país. Todas as vozes, todas as cores, todas as ideias!

O Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) e demais entidades que participaram do 2º Encontro Nacional pelo Direito à Comunicação convocam todos e todas comprometidos com essas bandeiras a se juntarem a nós nessa luta.

Não haverá uma verdadeira democracia em nosso país sem uma comunicação democrática.

Regula Já!

 

Belo Horizonte, 12 de abril de 2015

                                                                                                     Foto: Fernanda Fernandes Borges

Carta Belo Horizonte foi apresentada ao público

 

O documento pede mais democracia e mais direitos, já que o sistema atual tem forte concentração econômica e ausência de diversidade e pluralidade. O setor empresarial sempre que se sente ameaçado com a regulamentação dos meios de comunicação, usam a  desculpa da “censura”.

O 2° Encontro Nacional pelo Direito à Comunicação discutiu temas importantes sob a perspectiva da comunicação como um direito humano. Estabeleceu redes e fortaleceu movimentos em prol da comunicação, objetivando potencializar o espectro de ação dos diversos atores e a capacidade de intervenção na elaboração de políticas públicas.
 
 
                                                                                                   Foto: Fernanda Fernandes Borges

A pluralidade na comunicação foi enfocada

 

Alguns participantes ali presentes opinaram sobre a criação da Carta Belo Horizonte e muitos a consideraram um documento amplo que priorizava a diversidade na comunicação.

A principal lição desse grande encontro que reuniu pessoas de todo o país é a necessidade de se lutar para impedir que o controle dos meios de comunicação continuem nas mãos de apenas 5 famílias brasileiras.
 
                                                                                                Foto: Fernanda Fernandes Borges

Público opinou sobre a Carta Belo Horizonte

 

Uma comunicação  plural e uma programação de qualidade é o que se deseja em um país repleto de diferenças raciais, sociais e culturais. O que é diverso pode ser útil no crescimento de uma nação, pois a hegemonia impede a exploração de novos horizontes.

A comunicação existe para ser ampliada e não restringida. Por isso, os grandes conglomerados usam a palavra “censura”, quando se fala em regulação, pois têm medo de perder os seus enormes lucros. Em um processo democrático há uma maior divisão nas concessões de rádio e TV.

É direito do cidadão ter acesso á comunicação diversificada e isenta de objetivos implícitos que visam tirar seu senso crítico e manipular seus pensamentos. Por isso, a luta deve ser constante e a conscientização da população um dever de quem deseja promover um novo cenário midiático no Brasil.