Fernanda Fernandes Borges

Fernanda Fernandes Borges

domingo, 5 de junho de 2016

Hiper - Realismo: a arte em seus mínimos detalhes


                                                                 Fernanda Fernandes Borges

 


O Hiper - Realismo é um gênero de pintura e escultura que se assemelha a uma fotografia de alta resolução. Surgiu nos Estados Unidos e na Europa em torno de 1968 e se expandiu na década de 1970, sendo muito conhecido na Inglaterra e nos Estados Unidos.

Os artistas hiper-realistas, segundo a professora Isa Souza do curso de História da Arte Contemporânea da Fundação Clóvis Salgado,  em Belo Horizonte,  fazem a obra  parte por parte e ela acaba sendo um experimento de abstrações. “É um simulacro da realidade”, disse.
 
                                                                                                                           Foto: Reprodução

Escultura de Ron Mueck  em tamanho exagerado

 

O movimento surge em decorrência das pessoas terem necessidade de ver o real. As pinturas remetem às fotografias, se assemelhando demais com as imagens produzidas pelas máquinas. Há recortes nas obras, assim como na arte fotográfica.

A educadora Isa Souza ressaltou que é possível associar a fotografia como um culto à morte, pelo fato da pessoa estar congelada na imagem e o fato do registro mostrar um momento que já se foi e não voltará. “É a morte do momento, nada se repete”, afirmou.

Algumas características presentes  nos temas das obras hiper-realistas:  retratam a realidade mundana; os cidadãos comuns e não as celebridades;  os reflexos da mídia na sociedade; o exagero; a idolatria à ostentação e ao consumo.

No que se refere à qualidade da criação das pinturas e fotografias, percebe-se a reprodução e simulação da realidade com influências do Realismo do século XIX, exatidão nos detalhes, nuances de luz, cores, sombras e reflexos. Há influências da Pop Art e da arte fotográfica.

 

                                    Alguns artistas hiper-realistas:

 

Chuck  Close ( EUA, 1940) - Utiliza como técnica o foto - realismo em que a pintura é simular à fotografia;
 
          
                                                                                 Foto: Reprodução

"Mark"  ( 1978 -79) de Chuck Close

 

 

Audrey Flack ( EUA, 1931) – Faz recortes de cenários  e critica a cultura vazia, artificial;

Duane Hanson ( EUA 1925- 1996) – Criava esculturas em tamanhos reais. Retrava pessoas comuns que eram confundidas com pessoas reais devido às semelhanças nos mínimos detalhes;
 
                                                                 Foto: Reprodução


Esculturas denominadas "Turistas" ( 1988) de Duane Hanson

 

 

John de Andrea ( EUA , 1941) – Uso das cores preto e branco em suas esculturas;

 

Ron Mueck (Austrália, 1958) – Em suas esculturas, há uma desproporção nos tamanhos que causam estranhamento. Geralmente, há uma referência à solidão do homem contemporâneo e um olhar triste;

 

Maurizio Cattelan ( Itália , 1960) – Em suas criações, observa-se críticas políticas, religiosas e sociais;
 
                                                                                         Foto: Reprodução


Escultura de Maurizio  Cattelan que representa "Picasso"

 
 

Patrícia Piccinini  ( Austrália, 1965) - Elabora criaturas  que se assemelham aos humanos , misturadas ao mundo animal;
 
É fascinante analisar as obras hiper-realistas e sua semelhança com uma fotografia. A exatidão de detalhes é tão precisa que se confunde com um retrato retirado por uma máquina, quando o que se observa é a obra de um artista que exigiu muita técnica e tempo.

Imaginar como aquela escultura ou pintura foi idealizada,  ao visitar uma exposição,  é um processo desafiador que leva o público a se interessar pelo universo da realidade mostrada de forma única,  através das peculiaridades da mente de um artista inovador .
 
                                                                                              Foto: Reprodução
           

A arte produz inquietações no público

 

O Hiper-Realismo ao apresentar obras que retratam a realidade,   produz significados variados no público que passa a comparar a própria existência com as questões retratadas nos produtos culturais. É a arte questionando a contemporaneidade e suas implicações.

 

sexta-feira, 3 de junho de 2016

A trajetória da Arte Contemporânea através de alguns movimentos


         

                                                            Fernanda Fernandes Borges

 
 
O surgimento da Arte Contemporânea é atribuído ao movimento Dadaísta em que os artistas negavam tudo. A Pop Art se inicia após a Segunda Guerra Mundial e faz uma crítica robusta ao sistema capitalista que é considerado vazio e alienante.
 
                                  Foto: Fernanda Fernandes Borges

A Arte Contemporânea também critica a realidade cotidiana

 

 Essa retrospectiva de movimentos que integram a história da Arte Contemporânea foi realizada pela professora Isa Souza do curso de História da Arte Contemporânea  da Fundação Clóvis Salgado,  em Belo Horizonte, no dia 25 de maio.

Para compreender outra escola da Arte Contemporânea,  o Hiper- Realismo ,  que retrata a vida como ela é, é necessário retomar o Realismo do século XIX. “A história da Arte sempre remete ao passado”, disse a educadora.

O Realismo é predominante nas artes europeias entre 1850 e 1900, juntamente com a crescente industrialização das sociedades. As visões subjetivas e emotivas da realidade são abandonadas.

Na pintura,  percebe-se que a beleza está na realidade como ela é em seus aspectos, mais característicos e expressivos da realidade. A “Pintura Social” é dominante nesse período, como uma forma de denunciar a exploração da burguesia através do trabalho dos proletários.

Nas obras, observam-se os camponeses e a classe trabalhadora de forma predominante nas telas. O artista francês Gustave Courbet  ( 1819- 1877) foi  um dos representantes desse movimento.
 
                                                                                             Foto: Reprodução

"The Stone Breakers" ( 1849) de Gustave Courbet




O Novo Realismo ou “Noveau Réalism” é um movimento, surgido em Paris em 1960, contemporânea à Pop Art e tinha como objeto lançar um novo olhar sobre a natureza moderna composta pela cidade; a fábrica; a publicidade; a cultura de massa; a ciência e a técnica.

O “Noveau Réalism” redefine os paradigmas de colagem e do monocromatismo. Há a utilização de materiais do cotidiano urbano, a explicitação da realidade e a criação de novos significados. Merecem destaque artistas como:  o francês César Baldaccini (1921-1998), o americano Arman  ( Armand Pierre Fernandez 1928- 2005), o suíço Jean Tinguely ( 1925-1991) e  o  romeno Daneil Spoerri ( 1930-).
 
                                                 Foto: Reprodução

Obra de César Baldaccini

 

Compreender a história de alguns movimentos artísticos que integram a Arte Contemporânea é essencial para assimilar a expressividade que esses produtos culturais possuem,  repletos de contestação e significados densos.

A exploração do homem pelo homem, a crescente industrialização que perde a noção do bom senso e o retrato da realidade sem filtros são exemplos dessas escolas que buscam por meio de suas criações  retirar o ser humano das inferências simples e levá-lo a profundas reflexões.
 
 
                                                                                                  Foto: Fernanda Fernandes Borges

A arte leva o homem a profundas reflexões

 

Qualquer pessoa que possui contato com a Arte Contemporânea se torna mais perspicaz quanto à realidade que a cerceia. Dessa forma, é mais questionadora e produz transformações em sua vida e na sociedade que integra.

 

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Saiba mais sobre o Dadaísmo e o Surrealismo


                            

                                                       Fernanda Fernandes Borges

 

A compreensão do trabalho de um artista contemporâneo demanda conhecimento de movimentos precursores do modo de criar e dar forma e cor aos seus pensamentos. Os movimentos Dadaísta e Surrealista são indispensáveis na discussão sobre esse tipo de obra de arte atual.

O Dadaísmo foi um movimento artístico que se iniciou em Zurique na Suíça,  em 1916 . Era um manifesto contra a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e defendia o absurdo, a incoerência e o caos na obra do artista. Era uma anarquia contra o capitalismo. Os artistas estavam decepcionados com os valores culturais da época. Era uma negação de tudo.

Um dos grandes artistas que participou do movimento Dadaísta foi Marcel Duchamp ( 1887 – 1968)  que é considerado o “Pai da Arte Contemporânea”. Em sua ideologia a arte questiona e não afirma. A arte é um delírio, uma reflexão e não funcional ou utilitária.
 
 
                                                                                                                                Foto: Reprodução

Marcel Duchamp é considerado o Pai da Arte Contemporânea

 

Segundo Duchamp,  a obra é uma ideia  e ideias podem ser reproduzidas. O artista é um pensante e projetor. Em suas criações, alguns objetos utilitários ganham o status de arte, devido ao processo de seleção e apresentação.
 
 
                                                                                                     Foto: Reprodução

"Roda de Bicicleta" é uma obra de Marcel Duchamp

 

O Surrealismo absorveu o Dadaísmo e sentiu a necessidade de relacionar o delírio verbal ou gráfico  com uma causa mais profunda do que a simples negação de tudo. O líder do movimento  que se iniciou na década de 1920 em Paris, foi André Breton. Para ele, o movimento Surrealista era um automatismo psíquico que se relacionava à doutrina de Freud sobre os sonhos.
 
 
                                                                                                                           Foto: Reprodução

André Breton liderou o movimento Surrealista

 

O automatismo psíquico pode ser entendido como uma expressão verbal através da escrita ou por outro qualquer meio, sem o funcionamento real do pensamento, em que o artista deixa fluir o traço sem as amarras do  inconsciente, retirando bloqueios ou julgamentos.

 

Outros artistas importantes do Surrealismo:

 

Marc Chagall ( 1887 – 1985) – Considerado precursor do movimento.  É perceptível em seu discurso a exaltação do sonho, do inconsciente e do ilógico;

 

Joan Miró ( 1893 -1983) – Suas criações remetem a uma fantasia ingênua, infantil;

 

Salvador Dalí  ( 1904-1989) – Elaborava interpretações críticas sobre os fenômenos delirantes. Em suas criações, obras clássicas são desconstruídas em Surrealistas;

 

Hans Belmer ( 1902- 1975) – Utilizava antíteses da moral e padrões religiosos;

 

Frida Kahlo ( 1907- 1954) – Suas criações se baseavam em seus sentimentos e angústias;

 

O Surrealismo tinha a intenção de produzir uma harmonia entre o sujeito e o objeto.

No Brasil Tarsila do Amaral é representa do movimento Surrealista.
 
                                                                    Foto: Reprodução


A obra "Abaporu" de Tarsila do Amaral

 

Na época atual artistas como Lady Gaga, David Bowie e Tim Burton podem ser considerados representantes do Surrealismo Pop.

Ao se conhecer melhor o Dadaísmo e o Surrealismo é possível desvendar alguns do vários enigmas que cerceiam a Arte Contemporânea. A forma de contestação e a exploração das próprias experiências elucidam a crítica apresentada em algumas exposições.

A necessidade de desconstruir algumas obras clássicas e expor objetos comuns em uma exposição são atitudes ousadas que serviram e ainda servem para encorajar muitos artistas a produzirem obras autorais na ideologia, mas cópias de simples objetos utilitários.

A oportunidade de sair da mesmice e de questionar a realidade vivenciada,   permitiu que os artistas Dadaístas e Surrealistas desenvolvessem criações inovadoras e dignas de várias discussões importantes para que as pessoas aprendam a discutir novos conceitos.

domingo, 29 de maio de 2016

A Pop Art é um reflexo da sociedade contemporânea



                                                             Fernanda Fernandes Borges



Em 1957, o artista britânico Richard Hamilton usou diversas palavras  para definir a Pop Art como: transitória, consumismo, baixo custo; produzida em massa; jovem; mordaz; notável e glamourosa. E ressaltou que ela não é feita por obras únicas. Todas essas características fazem parte da vida atual, ou seja,  a arte é um espelho daquilo que se presencia.

                                                                                  Foto: Fernanda Fernandes Borges

A Pop Art é notável

 

Ao fazer releituras da vida contemporânea,  há o uso da temática banal, mas sempre com embasamento acadêmico. O artista norte-americano Roy Lichtenstein produzia quadros semelhantes às histórias de quadrinhos, algo simples, mas sempre utilizando uma técnica primorosa de belas artes.

Segundo Isa Souza,  professora do curso de História da Arte Contemporânea da Fundação Clóvis Salgado, em Belo Horizonte,  um grande artista que é referência na Pop Art é o norte –americano  Andy Warhol (1928 / 1987) que produzia obras baseadas em celebridades.

Andy Warhol fez inúmeras telas com Marilyn Monroe, Elvis Presley e com líder político chinês Mao Tse- Tung.

Observa-se na Pop Art  uma exaltação de objetos banais que são transformados em produtos culturais. As obras ficam mais próximas da realidade e arte tem mais discurso.

                                                                            Foto: Fernanda Fernandes Borges

Os produtos culturais têm cores intensas

 

Segundo o artista norte-americano,   Claes Oldenburg “Cada sociedade tem o monumento que merece”. Claes faz uso de elementos sintéticos para compor as narrativas do efêmero, do supérfluo.

“Em suas exposições a desorganização dos objetos é notável, assim como uma textura grosseira que causa repulsa”, disse a professora Isa Souza.

Em suas criações, há uma crítica ferrenha aos alimentos fast-food e à cultura do “usou jogou fora”.

Vários outros artistas da Pop Art criticam em suas obras a publicidade que leva ao consumismo exagerado de produtos considerados práticos na alimentação e no cotidiano.

                                                                               Foto: Fernanda Fernandes Borges

A praticidade do mundo atual é tema de produções artísticas

 

A reflexão feita através das obras da Pop Art é extremamente válida para avaliar a realidade atual. O progresso é bom, mas será que é saudável para os nossos corpos e mentes? Não seria necessário utilizá-lo de modo mais racional e menos mecânico?



                                  Foto: Fernanda Fernandes Borges

O progresso é sempre benéfico?

 

O uso incessante da força de trabalho do homem para produzir cada vez mais e manter o capitalismo como sistema vigente,  induz ao consumismo desenfreado e à falsa necessidade de se obter produtos supérfluos.

 O público das produções artísticas da Pop Art deve fazer  uma comparação  com a própria vida cotidiana. Assim, é mais fácil abrir  a mentalidade para transformar aquilo que não o agrada. É esse o dever da arte produzir inquietações que levem ao um novo caminho.

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Pop Art: a arte que critica

       

                                                                                     Fernanda Fernandes Borges



A Pop Art é um movimento artístico que surgiu no fim da década de 1950 na Inglaterra e teve maior destaque nos Estados Unidos. Os artistas usavam imagens populares em criações de belas artes. A Pop Art é chocante, agressiva e impressiona pela vertente crítica ao consumismo e à efemeridade trazida pelas grandes evoluções.
 
                                                           Foto: Fernanda Fernandes Borges

A Pop Arte  utiliza  a imagem de figuras conhecidas

 

O tema Pop Art foi trabalhado na aula do dia 18 de maio do curso de História da Arte Contemporânea da Fundação Clóvis Salgado.

Na década de 1950,  surgiu nos Estados Unidos a “beat generation”, a geração beat,  que era uma nova forma cultural alternativa, underground e marginal.

A “geração beat” era composta por intelectuais norte-americanos que promoveram uma revolução cultural através da literatura.

 A Pop Art é um tipo de fazer artístico direcionado para a cultura de massa. Segundo a professora Iza Sousa,  os precursores desse tipo de arte são Robert Rauschenberg e Jasper Johns.
 
                                                                                    Foto: Fernanda Fernandes Borges

Uma arte acessível para muitos

 

Nas criações de Robert Rauschenberg,  observa-se a utilização de elementos compostos de restos de materiais de construção e o abandono da ideia da tela clássica.

Nas obras de Jasper Johns,  percebe-se o uso do bronze,  um material nobre,  para reproduzir elementos simples. Há também uma crítica ao patriotismo dos norte- americanos, devido à reprodução da bandeira da nação, em diversas telas de modo inovador .

A Pop Art é também chamada Neo –Dadá devido às influências herdadas do movimento Dadaísmo. O Surrealismo também é responsável por essa arte da cultura de massa que atinge muitas pessoas e promove reflexões sobre a contemporaneidade. O artista Marcel Duchamp influenciou bastante esse movimento.

De acordo com a professora Iza Sousa,  a Pop Arte critica o Modernismo e as noções de “arte pela arte” que acabam gerando um certo formalismo. “No entanto, na  Pop Arte  ainda  há erudição”, disse.

Nas obras da Pop Art são encontrados vários significados  que vão além da informação do objeto representado. O imediatismo, o descartável, a efemeridade, o consumismo e a estética são os temas constantemente trabalhados em suas criações.
 
                                                                           Foto: Fernanda Fernandes Borges

Há críticas ao mundo contemporâneo

 

É notável o paradoxo que a Pop Art suscita. Esse movimento critica a modernidade, mas se utiliza dela para promover as suas criações. Devido às evoluções,  o fazer artístico é mais divulgado nos veículos de comunicação e mais pessoas têm acesso a essa cultura.

Por meio de novos instrumentos, os artistas fazem releituras de grandes obras e suas pinceladas têm uma ferrenha crítica ao universo atual. É para o consumismo desenfreado,  típico da sociedade capitalista, que o homem trabalha incessantemente para conseguir objetos totalmente dispensáveis.

A reflexão da Pop Art permite vários julgamentos sobre a diferença de se produzir uma obra única para ser contemplada por poucas pessoas ou várias reproduções que atingem multidões pelo mundo.
 
                                                                                     Foto: Fernanda Fernandes Borges

 

A Pop Arte está mais próxima da realidade

 

A especificidade de cada criação deve ser interpretada individualmente,  para que o receptor tire suas próprias conclusões. É preciso pensar  qual arte atende melhor as suas expectativas.

A exclusividade,  pertencente  às obras  clássicas,  é acessível a poucos, presencialmente. Na maioria das vezes, só se consegue admirá-las, por meio de fotos.

Já as obras   da Pop Art  são mais  fáceis de serem contempladas,  pessoalmente,  já que é uma cultura produzida para as massas e têm exposições em diversos lugares.

domingo, 22 de maio de 2016

Brasileiros utilizam o celular como principal meio de acesso à internet


                                                    Fernanda Fernandes Borges



De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2014, divulgada no dia 6 de abril deste ano, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o celular era usado para acessar a internet por 80,4% das casas com acesso à rede  e o computador  por 76,6% desses domicílios.

 Pela primeira vez, o uso do celular para navegar na internet ultrapassou o do computador. Em 2013, o telefone celular era usado por 39 milhões de pessoas (53%) para entrar na internet e em 2014 passou  a ser utilizado por 70 milhões ( 80,4%). Um crescimento bem expressivo.


                                                                        Foto: Fernanda Fernandes Borges


O uso do celular para acessar a internet ultrapassou  o do computador 



Em 2013, o computador era usado por 88,4% das casas. Em 2014, o número caiu para 76,6% das residências que utilizaram a máquina para entrar na internet.

No ano de 2014, o telefone celular era usado por 16 milhões de pessoas,  apenas para navegar na internet.


No Brasil, em 2014, 136,6 milhões de pessoas  com 10 anos ou mais tinham aparelho celular. A maioria dos celulares (82,3%)  estavam na área urbana.




                                                                     Foto: Fernanda Fernandes Borges

Mais de 135 milhões de brasileiros com 10 anos ou mais têm celular 




Outras constatações referentes ao número de celulares na faixa etária (10 anos ou mais ) do ano de 2014:


 - O Distrito Federal tinha  o maior número de pessoas  90,6%  de pessoas  com celular, ao passo que o Maranhão possuía a menor concentração com  apenas 54,4% de pessoas que tinham celular;


-  93,4% dos alunos de escolas particulares tinham o celular como um bem pessoal. O número cai para 66,8% quando se refere aos estudantes das escolas públicas;


- Mais da metade  (52,4%) da  população rural passou a contar com o celular em 2014.  Isso mostra um crescimento de 4,6 pontos percentuais,  em comparação ao ano de 2013;


O uso da banda larga móvel estava presente em 62,8% das casas com internet. O Nordeste tinha 92,5% de domicílios com celular para o uso da internet.

O estudo que integra o Suplemento de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC)  da Pnad 2014,  mostra que mais da metade dos 67 milhões de lares brasileiros passaram a ter internet em 2014, o que representa 54, 9%. Em 2013, o percentual era de 48%.

Em relação aos rendimentos financeiros e o uso da internet, percebe-se que 88,9% das casas brasileiras com renda superior a cinco salários mínimos tinham internet. Porém, apenas 25,3% dos lares com renda inferior a um quarto de salário mínimo possuíam internet.

Observa-se que o número de domicílios com acesso à internet por tablet, celular e televisão cresceu 137,7% , passando de 3,6 milhões em 2013,  para 8,6 milhões em 2014.



                                                     Foto: Fernanda Fernandes Borges


Navegar na rede pelo celular e  outros aparelhos já é uma rotina para muitos
 



A utilização da internet para trabalhar também apresentou um crescimento. No comércio,  em 2013,  63% das pessoas usavam a rede para exercer suas funções. Em 2014, o número passou para 69% com a mesma finalidade.

O acesso à internet pelo celular demonstra que as pessoas querem praticidade ao estudar, trabalhar e se divertir. A facilidade de estar sempre com o aparelho nas mãos representa a vida atual,  em que não se pode desligar do imediatismo dos acontecimentos.

É preciso ter a noção de que por mais prático que seja entrar na internet pelo celular, há tarefas que só podem ser bem desempenhadas,  quando se está diante de um computador tradicional. É imprescindível ter  um controle das horas que se passa na frente do telefone, para não prejudicar  a visão  e a mente.

O uso da internet em nosso país cresceu, mas ainda há muito trabalho a ser realizado para que todas as pessoas possam contar  com os benefícios da rede. Inclusive, no trabalho a ferramenta tecnológica tem sido indispensável.



                                                                                Foto: Fernanda Fernandes Borges

A internet já é usada por muitas pessoas para trabalhar 



O desenvolvimento dos setores trabalhistas e sociais de um país está diretamente relacionado ao uso do universo digital.  É  através dessa interação que se pode vencer as barreiras geográficas e ideológicas,  obtendo  um maior progresso.