Fernanda Fernandes Borges
A Pop Art é um movimento artístico que surgiu
no fim da década de 1950 na Inglaterra e teve maior destaque nos Estados
Unidos. Os artistas usavam imagens populares em criações de belas artes. A Pop
Art é chocante, agressiva e impressiona pela vertente crítica ao consumismo e
à efemeridade trazida pelas grandes evoluções.
Foto: Fernanda Fernandes BorgesA Pop Arte utiliza a imagem de figuras conhecidas |
O tema Pop Art foi trabalhado na aula do dia 18 de maio
do curso de História da Arte Contemporânea da Fundação Clóvis Salgado.
Na década de 1950, surgiu nos Estados Unidos a “beat generation”, a geração beat, que era uma nova forma cultural alternativa,
underground e marginal.
A “geração beat” era
composta por intelectuais norte-americanos que promoveram uma revolução
cultural através da literatura.
A Pop Art é um tipo de fazer artístico
direcionado para a cultura de massa. Segundo a professora Iza Sousa, os precursores desse tipo de arte são Robert Rauschenberg e Jasper Johns.
Foto: Fernanda Fernandes BorgesUma arte acessível para muitos |
Nas criações de Robert
Rauschenberg, observa-se a
utilização de elementos compostos de restos de materiais de construção e o
abandono da ideia da tela clássica.
Nas obras de Jasper
Johns, percebe-se o uso do bronze, um material nobre, para reproduzir elementos simples. Há também
uma crítica ao patriotismo dos norte-
americanos, devido à reprodução da bandeira da nação, em diversas telas de modo
inovador .
A Pop Art é
também chamada Neo –Dadá devido às
influências herdadas do movimento Dadaísmo. O Surrealismo também é responsável
por essa arte da cultura de massa que atinge muitas pessoas e promove reflexões
sobre a contemporaneidade. O artista Marcel
Duchamp influenciou bastante esse movimento.
De acordo com a professora Iza Sousa, a Pop Arte critica
o Modernismo e as noções de “arte pela
arte” que acabam gerando um certo formalismo. “No entanto, na Pop Arte
ainda há erudição”, disse.
Nas obras da Pop Art são
encontrados vários significados que vão além
da informação do objeto representado. O imediatismo, o descartável, a
efemeridade, o consumismo e a estética são os temas constantemente trabalhados
em suas criações.
Foto: Fernanda Fernandes BorgesHá críticas ao mundo contemporâneo |
É notável o paradoxo que a Pop Art suscita. Esse movimento
critica a modernidade, mas se utiliza dela para promover as suas criações. Devido
às evoluções, o fazer artístico é mais
divulgado nos veículos de comunicação e mais pessoas têm acesso a essa cultura.
Por meio de novos instrumentos, os artistas fazem
releituras de grandes obras e suas pinceladas têm uma ferrenha crítica ao
universo atual. É para o consumismo desenfreado, típico da sociedade capitalista, que o homem
trabalha incessantemente para conseguir objetos totalmente dispensáveis.
A reflexão da Pop Art permite
vários julgamentos sobre a diferença de se produzir uma obra única para ser
contemplada por poucas pessoas ou várias reproduções que atingem multidões pelo
mundo.
Foto: Fernanda Fernandes Borges A Pop Arte está mais próxima da realidade |
A especificidade de cada criação deve ser interpretada
individualmente, para que o receptor
tire suas próprias conclusões. É preciso pensar
qual arte atende melhor as suas expectativas.
A exclusividade, pertencente às obras
clássicas, é acessível a poucos,
presencialmente. Na maioria das vezes, só se consegue admirá-las, por meio de
fotos.
Já as obras da Pop Art são mais fáceis de serem contempladas, pessoalmente, já que é uma cultura produzida para as massas e têm exposições em diversos lugares.
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