Fernanda Fernandes Borges
O ano de 2017 começou com um novo salário mínimo no valor
de R$ 937,00 que já está em vigor, desde o dia 1º de janeiro. Houve um aumento
de 6,47% em relação ao valor anterior de R$ 880,00. Segundo o Ministério do
Planejamento, este ano, com o novo
salário, deve acontecer um aumento de R$ 3,8 bilhões na economia . Esse
índice é favorável e deve aumentar o
consumo das famílias.
Foto: Fernanda Fernandes BorgesO trabalhador tem como novo salário mínimo o valor de R$ 937,00 |
O salário mínimo foi reajustado de acordo com a Lei
nº 13.152 de 29 de julho de
2015. Para aumentar o salário, tem-se como base a inflação apurada no ano
anterior e a variação do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes. Essa
Lei deve vigorar até 2019.
O aumento do salário mínimo de 2017 corresponde
ao crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) referente ao ano de 2015, somado
à variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) para o período de
12 meses, acumulados até o mês anterior, da vigência do novo salário mínimo.
No acumulado do ano de
2016 até novembro, o INPC estava em
6,43%. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), o PIB de 2015 apresentou queda
de 3,77%. De acordo com a regra, quando o PIB é negativo, deve considerá-lo
zero, para a determinação do valor do novo salário e por isso o indicador
-3,77% não foi utilizado nos cálculos.
O Ministério da
Fazenda estima que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor de 2016 seja 6,74%, menor que a previsão de 7,5%,
divulgada em outubro.
Foto: Fernanda Fernandes BorgesO reajuste não deve promover grande mudança na vida do brasileiro |
Infelizmente, o aumento de R$ 57,00 no salário do
trabalhador fará pouca diferença em seu orçamento, já que os preços dos
transportes, dos alimentos e dos produtos tendem a subir com o novo valor do
salário mínimo.
É provável que o consumo não cresça de modo imediato,
porque muitas famílias estão endividadas e tentam equilibrar suas finanças
realizando contenção de gastos. Uma atitude sensata que contribui para o
equilíbrio financeiro.
Foto: Fernanda Fernandes BorgesO consumo das famílias não deve crescer imediatamente |
O lazer, o sonho de uma vida mais digna e o desejo de ver
os filhos recebendo uma educação melhor, mais uma vez, fica apenas na esfera
dos sonhos, já que as pessoas honestas e trabalhadoras recebem um salário com o
valor muito abaixo das suas necessidades reais.
Enquanto, a maioria dos brasileiros tentam driblar as inúmeras dificuldades
econômicas e vivem com inúmeras restrições, muitos políticos têm salários milionários e nada
fazem para mudar a triste realidade de quem realmente trabalha nesse país.