Fernanda Fernandes Borges
O jornalismo é uma profissão que requer uma formação
acadêmica de qualidade, além de senso crítico e ético, evidenciados, para
aqueles que desejam se tornar profissionais dignos de confiança, por parte do público.
A contemporaneidade impõe a esse profissional um
dinamismo, indispensável ao exercício da profissão. O conhecimento em mídias
digitais, redes sociais e a interação com o receptor são imprescindíveis à
prática jornalística atual.
A velocidade da circulação de informações, via internet,
exige que o jornalista tenha um diferencial para apurar os fatos e escrever
algo que o diferencie dos demais. Ao ouvir mais de uma fonte sobre determinado
assunto, ele tem condições para escrever um texto de modo mais isento e
sensato.
Uma das premissas do jornalismo é a imparcialidade.
Infelizmente, nos meios de comunicação, isso é pouco praticado. Os interesses
comerciais que pautam as empresas midiáticas se sobrepõem ao interesse público.
As notícias são passadas ao receptor, com certa tendência à defesa de um determinado
ponto de vista, que geralmente, é daquele que mantém o complexo informacional,
por meio das verbas publicitárias.
A saída para aqueles que não
compactuam com essa velha fórmula é o empreendedorismo, ou seja, o jornalista
se torna seu próprio patrão e tem liberdade para escrever de modo mais independente em
blogs, sites e redes sociais. No entanto, a necessidade de um trabalho que lhe
garanta um salário no fim do mês, impede que muitos tenham essa decisão de se
tornar autônomos e donos de seus próprios textos.
Foto: Fernanda Fernandes BorgesJornalista atual é empreendedor e diversifica suas funções |
A especialização das funções presentes nas redações jornalísticas, desde os seus primórdios, em
que um profissional apura, outro redige, aquele edita e outro publica, não
existe para o jornalista contemporâneo. Isso acontece, porque ele tem que saber
de tudo um pouco, dominar ferramentas tecnológicas, escrever bem, diagramar,
editar, filmar, fotografar, de acordo com as necessidades da empresa ou mesmo
suas, caso trabalhe no seu próprio negócio.
A cultura é indispensável para o jornalista. Um bom
profissional domina diversos assuntos que variam do erudito ao popular. O
comunicador necessita saber sobre as diversas manifestações artísticas e
culturais para compreender a sociedade em que vive.
O contato com as pessoas nas ruas, em meio à agitação em
que se vive, ainda é uma das melhores formas de compreender as demandas do
público por matérias que representem os seus verdadeiros anseios. Qualquer
notícia ou reportagem, pode surgir de uma pauta ocasional, apenas pela
observação do cotidiano. O diferencial dessa prática está na possibilidade de
sair da mesmice e buscar diferentes abordagens para assuntos corriqueiros.
Lidar com informações e transformá-las em textos é um
desafio maravilhoso, para aquele ser humano que deseja além de noticiar,
promover reflexões em seu público. Este deve ser livre para tirar suas próprias
conclusões, em um universo repleto de notícias, que muitas vezes, querem
impedir o receptor de utilizar o próprio senso crítico.
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