Fernanda Fernandes Borges
A dengue é uma doença febril causada por um vírus que tem
como vetor o mosquito Aedes aegypti, facilmente encontrado em áreas tropicais e
subtropicais. A água limpa parada, deixada a céu aberto, é um ambiente propício
para atrair o inseto.
Em tempos de seca e falta de água muitas pessoas têm
guardado água em grandes recipientes, em casa. Porém, não acondicionam a água de
modo correto e isso atrai o Aedes aegypti. O correto é passar uma fita adesiva
em volta do objeto em que está a água e tampá-lo.
Foto: ReproduçãoAedes aegypti mosquito transmissor da dengue |
Até o dia 7 de março de 2015, o Brasil registrou mais de
224 mil casos de dengue, segundo o Ministério da Saúde. Houve um aumento de
162%, quando se compara com o mesmo período do ano passado. O estado do Acre
teve a maior incidência de dengue, foram 659,4 casos para cada 100 mil
habitantes.
O estado de São Paulo concentrou mais da metade dos casos
de dengue em todos o país. Foram mais de 123 mil diagnosticados com a doença. O
armazenamento indevido da água, é a provável causa, já que São Paulo tem
sofrido bastante com a crise hídrica.
De acordo com o Levantamento Rápido de Índices para Aedes
aegypit(LIRAa), realizado no primeiro bimestre de 2015, em 1844 municípios,
apresentado pelo Ministério da Saúde, mostrou que o número de óbitos caiu 32%,
passando de 76 em 2014, para 52 em 2015. Houve uma redução de 9,7% na incidência
de casos graves da doença, sendo 133 no ano passado, contra 102 deste ano.
O Ministro da Saúde Arthur Chioro repassou um recurso
adicional de R$ 150 milhões a todos os estados e municípios brasileiros. Desse
total, R$ 121,8 milhões foram para as Secretarias Municipais e R$ 28,2 milhões
destinados para as Secretarias Estaduais.
Os principais sintomas da dengue são: febre alta; fortes dores de cabeça; dor atrás dos olhos e ao movimentá-los; manchas e erupções na
pele, principalmente no tórax e membros superiores; náuseas e vômitos; tontura;
cansaço e dor abdominal.
A dengue hemorrágica é o caso mais grave da doença e
apresenta os mesmos sintomas. A diferença está no surgimento de hemorragias e
sangramentos de pequenos vasos da pele e nos órgãos internos.
Em qualquer um dos casos, a pessoa deve ingerir muito
líquido para evitar a desidratação e procurar
ajuda médica para saber a melhor forma de se tratar. Não deve tomar
qualquer medicamento, sem orientação de
um médico.
Principais formas de se evitar a dengue:
-
Não acumular água a céu aberto e nem em latas e vasos;
-
Colocar areia nos vasos de plantas;
-
Colocar desinfetantes nos ralos de cozinha e banheiros;
-
Limpar as calhas;
-
Colocar telas nas janelas;
-
Cuidar do lixo e deixá-lo sempre bem tampado;
-
Usar inseticidas e larvicidas;
-
Utilizar repelentes em viagens;
-
Tomar Suplementação Vitamínica do complexo B, pois isso pode auxiliar no afastamento do
mosquito, já que o odor do corpo muda e repele o transmissor;
Diante dessas precauções, provavelmente a dengue não terá
como se instalar. Cada morador deve fazer sua parte e cobrar do vizinho, pois
qualquer descuido pode ser a chance do mosquito se instalar.
Devido á crise hídrica, o armazenamento de água se tornou
imprescindível, porém deve ser feito de modo responsável para não se tornar uma
dor de cabeça e disseminar ainda mais essa doença que pode até matar, se não for
tratada adequadamente.
Um mosquito que parece inofensivo, mas que pode trazer
sérios problemas a quem tem a infelicidade de ser picado por ele. Por isso, é
essencial que cada brasileiro vistorie suas residências para manter afastado
esse inseto e não ser o agente responsável por um crescimento tão expressivo na
incidência dessa doença, como o ocorrido, no início deste ano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário