Fernanda Fernandes Borges
A Organização Não – Governamental Repórteres Sem
Fronteiras fez um levantamento de como anda a liberdade de imprensa em 180
países e divulgou o resultado no dia 20 de abril de 2016. O Brasil caiu seis
pontos passou da 99° posição em 2015, para a 104º, em 2016.
A liberdade de imprensa pode ser compreendida como um direito
que os meios de comunicação possuem de retratar os fatos com verdade e
responsabilidade ética. Não deve se utilizar de versões enganadoras, apenas
para defender um ponto de vista .
No ano passado, 7 jornalistas foram assassinados em nosso
país, quando investigavam algum tipo de corrupção ou outros fatos mais
polêmicos.
Em todo o mundo a liberdade de imprensa caiu entre os
anos de 2013 e 2016, cerca de 3,71%. A
ONG constatou que há falta de ferramentas
para proteger os profissionais da comunicação.
O Brasil está entre os três países mais perigosos para se
trabalhar nas Américas, ficando atrás do México e de Honduras. Em uma escala de
seis avaliações que varia de boa à grave, nosso país é considerado sensível.
Os Repórteres Sem Fronteiras (RSF) acreditam que nossa
nação tem passado por instabilidades políticas e econômicas que contribuem para
os jornalistas se sentirem inseguros e mais propensos à violência, exercida,
em muitos casos, por pessoas que
tentam manter a imprensa longe da veracidade dos fatos.
Foto: Fernanda Fernandes BorgesAlguns jornalistas temem falar sobre determinados assuntos com receio de represálias |
Outro problema identificado pela ONG é a concentração dos
meios de comunicação no Brasil nas mãos de poucas famílias. Isso empobrece a
comunicação ao impedir, muitas vezes, a
liberdade de noticiar os fatos como realmente são, devido a interesses
econômicos velados.
É notável em nosso país, como há noticiários tendenciosos
que deturpam as questões contemporâneas e políticas e prejudicam o bom
andamento desses problemas.
Alguns veículos usam
da farsa que estão denunciando esses crimes, quando estão se
posicionando contra o governo, propositalmente, por mero desejo de destituir do
poder, uma liderança eleita pelo povo e
que até que se prove o contrário não cometeu crime algum.
Os Repórteres Sem Fronteiras consideraram Coreia do
Norte, Vietnã, China e Cuba como países que mais cerceiam a atividade
jornalística.
Em contrapartida, Finlândia, Holanda, Noruega e Dinamarca
são nações que têm mais liberdade de imprensa.
O poder midiático em nossa nação, em grande parte, é utilizado para alienar as pessoas e não despertar nelas a opção de terem senso
crítico e liberdade de ter opinião própria. Alguns meios de comunicação desejam uma legião de espectadores
que propaguem o seu ponto de vista que muitas vezes não é ético e muito menos
atende ao interesse público.
Foto: Fernanda Fernandes BorgesOs meios de comunicação devem zelar pela ética e pela qualidade do trabalho, sem manipular o público |
É vexatório que o Brasil perca posições no ranking
mundial de liberdade imprensa. Isso apenas confirma que profissionais de
comunicação independentes estão mais
propensos à perseguição e ao cerceamento de suas opiniões.
É um retrocesso absurdo e revoltante. A liberdade de imprensa
deve ser resguardada em qualquer nação para que a verdade sempre prevaleça e
auxilie no esclarecimento de qualquer crime ou atentado ao Estado Democrático
de Direito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário