Fernanda Fernandes Borges
No dia 17 de março, a Petrobrás anunciou um aumento de
9,8% no preço do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) que é o gás de cozinha. O
reajuste é destinado às refinarias e já está em vigor, desde o do dia 21 de março. É válido apenas
para os botijões de 13 quilos, os mais usados em residências. Os vasilhames
maiores e o gás vendido a granel não têm o valor alterado.
Foto: ReproduçãoO gás de cozinha está mais caro |
Para o consumidor, o valor deve subir 3,1% ou R$ 1,75. No
entanto, vai depender das distribuidoras e dos revendedores que podem reajustar
ou não o valor.
Desde setembro de 2015, quando houve um aumento de
11%, a Petrobrás não reajustava o valor
do gás nas refinarias. O preço desse item básico nas cozinhas dos brasileiros
se manteve congelado pela empresa, entre 2002 e 2015, devido à política de
controle da inflação.
A empresa deseja diminuir esse subsídio dado ao gás de cozinha, durante muitos anos, que mantinha o preço nas refinarias, enquanto
as distribuidoras reajustavam livremente os preços. O consumidor arcava com o aumento,
mas a receita da Petrobrás continuava a mesma.
A estatal deseja recuperar uma parte do dinheiro perdido
devido à inflação e do valor praticado
pelo mercado.
De acordo com um levantamento do site Mercado
Mineiro, realizado no dia 17 de março,
em Belo Horizonte, um botijão de gás de 13 quilos estava custando entre R$ 46,00 e R$ 76,00.
Havia uma variação de R$ 30,00 pela
aquisição do mesmo produto.
O consumidor é explorado mais uma vez, por meio desse
aumento. As distribuidoras e revendedoras de gás devem repassar um percentual
bem acima dos 3,1% estimados pela Petrobrás. Os lares brasileiros devem gastar
ainda mais com itens indispensáveis.
Apesar da Petrobrás, não ter aumentado o gás desde
setembro de 2015 nas refinarias, quem revende o botijão já remarcou o seu preço
mais de uma vez, durante esse período. Ou seja, o cidadão está pagando cada
vez mais pelo gás.
Diante do cenário instável da economia, com grande taxa
de desemprego, é cada vez mais sacrificante para os brasileiros conseguirem
viver dignamente, com preços extorsivos de produtos necessários.
O momento deve ser de cooperação e não de exploração.
Cada distribuidora e cada revendedor devem estipular um preço justo ao botijão de gás. O desejo do lucro não pode ser superior às condições financeiras das famílias brasileiras.
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