Fernanda Fernandes Borges

Fernanda Fernandes Borges

terça-feira, 28 de março de 2017

Petrobrás aumenta o preço do gás de cozinha



Fernanda Fernandes Borges




No dia 17 de março, a Petrobrás anunciou um aumento de 9,8% no preço do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) que é o gás de cozinha. O reajuste  é destinado às refinarias  e já está em vigor,  desde o do dia 21 de março. É válido apenas para os botijões de 13 quilos, os mais usados em residências. Os vasilhames maiores e o gás vendido a granel não têm o valor alterado.


                                                                                               Foto: Reprodução

O gás de cozinha está mais caro 


Para o consumidor, o valor deve subir 3,1% ou R$ 1,75. No entanto, vai depender das distribuidoras e dos revendedores que podem reajustar ou não o valor.
Desde setembro de 2015, quando houve um aumento de 11%,  a Petrobrás não reajustava o valor do gás nas refinarias. O preço desse item básico nas cozinhas dos brasileiros se manteve congelado pela empresa,   entre 2002 e 2015, devido à política de controle da inflação.
A empresa deseja diminuir esse  subsídio dado ao gás de cozinha,  durante muitos anos,  que mantinha o preço nas refinarias, enquanto as distribuidoras reajustavam livremente os preços. O consumidor arcava com o aumento, mas a receita da Petrobrás continuava a mesma.
A estatal deseja recuperar uma parte do dinheiro perdido devido à inflação  e do valor praticado pelo mercado.
De acordo com um levantamento do site Mercado Mineiro,  realizado no dia 17 de março, em Belo Horizonte, um botijão de gás de 13 quilos estava  custando entre R$ 46,00 e R$ 76,00. Havia  uma variação de R$ 30,00 pela aquisição do mesmo produto.
O consumidor é explorado mais uma vez, por meio desse aumento. As distribuidoras e revendedoras de gás devem repassar um percentual bem acima dos 3,1% estimados pela Petrobrás. Os lares brasileiros devem gastar ainda mais com itens indispensáveis.
Apesar da Petrobrás, não ter aumentado o gás desde setembro de 2015 nas refinarias, quem revende o botijão já remarcou o seu preço mais de uma vez, durante esse período. Ou seja, o cidadão está pagando cada vez mais pelo gás.
Diante do cenário instável da economia, com grande taxa de desemprego, é cada vez mais sacrificante para os brasileiros conseguirem viver dignamente, com preços extorsivos de produtos necessários.
O momento deve ser de cooperação e não de exploração. Cada distribuidora e cada revendedor devem estipular um preço justo ao botijão de gás. O desejo do lucro não pode ser superior às condições financeiras das famílias brasileiras.






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