Fernanda Fernandes Borges

Fernanda Fernandes Borges

segunda-feira, 24 de abril de 2017

O número de desempregados brasileiros ultrapassa 13 milhões



                                                             Fernanda Fernandes Borges


O Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou,  no dia 31 de março,  a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua)  que mostra que o desemprego em nosso país chegou a 13,2%, entre dezembro de 2016 e fevereiro de 2017,  o que representa 13,5 milhões de pessoas procurando emprego.


                                                              Foto: Fernanda Fernandes Borges

Muitos brasileiros estão buscando novas oportunidades de trabalho 



Houve um aumento de 1,4 milhões de  trabalhadores em busca de uma vaga em relação ao trimestre anterior (setembro, outubro e novembro de 2016) quando a taxa foi de 11,9%.

Nesse semestre, encerrado em fevereiro, o  número de pessoas com carteira assinada caiu 337 mil em relação ao trimestre anterior, finalizado em novembro de 2016.

Em um ano, o número chega a 1,1 milhões de pessoas que deixaram de ter a carteira assinada, quando se compara com o mesmo período de 2016.

A Pnad Contínua é realizada desde 2012 e o índice de desemprego de 13,2% é o novo recorde desse estudo oficial sobre emprego do IBGE.



                                                                              Foto: Fernanda Fernandes Borges

Nesta recente pesquisa o desemprego bateu recorde 



 No trimestre encerrado em fevereiro de 2016, a taxa foi de 10,2%. Em um ano, o número  de pessoas sem emprego aumentou em 3,2 milhões.

Quando se compara os índices desse trimestre com o primeiro trimestre do  ano de 2014 em que a taxa de desemprego era de 7,7%, observa-se um aumento de 6,9 milhões de pessoas em busca de uma nova colocação.




                                                          Foto: Fernanda Fernandes Borges

A falta de vagas no mercado de trabalho é bem maior  que em 2014




Percebe-se uma grande dispensa promovida pela indústria e pela construção civil. Veja:


- Na indústria em fevereiro de 2014 havia 13 milhões de pessoas empregadas. Em fevereiro de 2017, houve uma redução de 1,7 milhões de empregados, sendo apenas 11,3 milhões de trabalhadores nesse setor;


- Na construção civil,  em fevereiro de 2014, existiam 8 milhões de pessoas ocupadas e em fevereiro de 2017 apenas 6,9 milhões estão empregadas, uma redução de 1,1 milhões de oportunidades;


O número de carteiras assinadas em junho de 2014 era de 36,4 milhões e caiu para 33,7 milhões em fevereiro de 2017.


Tentar justificar que o número de desempregados é maior no primeiro trimestre do ano, devido às dispensas das vagas temporárias abertas no fim do ano é não encarar que de fato o país passa por uma grave crise em suas estruturas políticas e econômicas.

 Um número tão elevado de pessoas sem ocupação não é coerente com a falsa propaganda de que o país está reencontrando o rumo do crescimento e que  a melhor solução é implementar reformas que ao invés de auxiliar o trabalhador, apenas lhe tira mais direitos.


                                                         Foto: Fernanda Fernandes Borges

O trabalhor deve ter seus direitos preservados 



 Quando esses índices são divulgados,  não há  panelas sendo batidas. É bom compreender que o péssimo desenvolvimento da economia brasileira reflete em todas as classes sociais e acarreta grandes perdas para todos.



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