Fernanda Fernandes Borges

Fernanda Fernandes Borges

domingo, 23 de julho de 2017

Lei de Diretrizes Orçamentárias 2018 é aprovada

                          

                                                                   Fernanda Fernandes Borges




 No dia 13 de julho, o Congresso aprovou  o projeto de Lei Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano de 2018. A LDO define as metas e prioridades do governo para o ano que vem, orienta a elaboração da lei orçamentária anual e fixa limites para os orçamentos dos poderes Legislativo, Judiciário e do Ministério Público. A LDO é a base para elaborar todo o orçamento do poder público para o ano seguinte.

                                                                                              Foto: Marcos Oliveira / Agência Senado 

A LDO orienta a elaboração do Orçamento 2018


 Em 2018, é previsto um déficit primário (proveniente da diferença da receita e dos gastos) de R$ 131,3 bilhões para o setor público consolidado que engloba o governo federal, os estados, municípios e as empresas estatais. Esse valor corresponde  a 1,8% do PIB (Produto Interno Bruto). Para 2017, o valor do déficit é de R$ 143,1 bilhões.
O ano que vem será a quinta vez seguida de déficit primário. Os números negativos aumentam a dívida do governo.
A meta de déficit 2018 para as contas do governo são estimadas em R$ 129 bilhões. Para as estatais federais é previsto uma meta de déficit de R$ 3,5 bilhões. No entanto, para estados e municípios é esperado um superávit de R$ 1,2 bilhão.
A Lei de Diretrizes Orçamentárias 2018 mantém a meta fiscal e prevê um crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,5%. A inflação estimada para 2018 é de 4,5% e a taxa básica de juros,  a  Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia),  deve ficar segundo a proposta em 9%.
O salário mínimo deve ser reajustado em 4,4% passando dos atuais R$ 937,00 para R$ 979,00.
Esta é primeira Lei de Diretrizes Orçamentárias que entra em vigor, após a aprovação da Emenda Constitucional do Teto de Gastos Públicos, ocorrida em dezembro de 2016,  que relaciona os gastos à inflação do ano anterior, por um período de 20 anos.
Existe a possibilidade de aumentar as despesas primárias (obrigatória e discricionária),  baseando-se em um incremento de 3% que corresponde a R$ 39 bilhões, levando-se em conta a correção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), acumulado ente julho de 2016 e junho de 2017.
Na saúde e na educação, além da inflação do período, as despesas podem crescer em 0,7%.
A Lei de Diretrizes Orçamentárias 2018 deve mostrar que os investimentos em saúde e educação serão insuficientes  para atender a demanda da população brasileira. É extremamente ineficiente, a possibilidade de aumentar em apenas 0,7% os gastos nesses setores.
Ao elaborar a LDO para o ano que vem, os deputados e senadores deveriam propor cortes nas despesas de seus gabinetes e auxílios recebidos,  que muito contribuem para o déficit de R$ 131, 3 bilhões previstos nas contas públicas para 2018.
O povo brasileiro já está cansado de tantas privações que apenas deterioram os serviços básicos como educação, saúde, segurança e demais setores.
É necessário evitar que a dívida pública se expanda. Porém, não é reduzindo gastos com a educação que o Brasil terá crescimento. Uma população bem instruída é sempre o que impulsiona o desenvolvimento de uma nação.



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