Fernanda Fernandes Borges

Fernanda Fernandes Borges

sábado, 29 de julho de 2017

O analfabetismo é uma triste realidade para milhões de pessoas

                  


                                                                       Fernanda Fernandes Borges



A habilidade de ler e escrever  é indispensável na vida cotidiana. Infelizmente 758 milhões de pessoas no mundo não têm a oportunidade de compreender as letras e os códigos que veem e muito menos de escrevê-los em algum lugar. Os dados foram divulgados pela Organização das Nações Unidas Para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco),  em fevereiro deste ano.



                                                                               Foto: Fernanda Fernandes Borges

Milhões de pessoas não têm a oportunidade de aprender a ler e a escrever no mundo 


Nessa edição do Relatório Global sobre Aprendizagem de Adultos e Educação (Grale III), o tema é “O impacto da aprendizagem e da educação de adultos na saúde e no bem-estar,  no emprego e no mercado de trabalho e na vida social, cívica e comunitária”.
O estudo avaliou as nações através de pesquisas de monitoramento, respondidas por 139  países  que se comprometeram por meio do Marco de Ação de Belém, assinado em 2009, no Brasil, em incluir propostas políticas que viabilizassem a melhora da educação e do aprendizado de adultos em cinco áreas: políticas, governança, financiamento, participação e qualidade.
Os países que assinaram o Marco de Ação de  Belém  que foi aprovado na 6ª Conferência Internacional  de Aprendizagem e Educação de Adultos, prometeram adotar ações que possibilitassem a educação e o aprendizado de adultos através de políticas públicas e leis.


                                                                                    Foto: Fernanda Fernandes Borges

A leitura é fundamental para a compreensão do mundo atual 

                            

Percebe-se que dos 139 países que se comprometeram a reduzir em 50% o analfabetismo até 2015, apenas 39 cumpriram essa meta que está inserida no programa Educação para Todos. O Brasil não alcançou esse índice.
O relatório mostra que dos 758 milhões de adultos,  no mundo,  que não sabem ler e nem elaborar uma simples frase, 115 milhões têm entre 15 e 24 anos. A maioria, 643 milhões (85%) têm  mais de 24 anos.
O acordo para reduzir em 50% o analfabetismo até 2015,  já havia sido firmado na Cúpula  Mundial de Educação, ocorrida em Dakar, capital do Senegal, no ano 2000.
De acordo com este relatório da Unesco (Grale III),   a maioria (63%) dos adultos analfabetos são mulheres. Nos 139 países que fizeram parte dessa pesquisa, 9,7% das meninas não está na educação formal. O índice de meninos fora da escola é  de 8,3%.



                                                                                 Foto: Fernanda Fernandes Borges

O estudo mostrou que o número de meninas fora da escola é maior que o de meninos 

                                                       

                     
Os países afirmaram  que estão se esforçando para melhorar os índices. Das 139 nações que fizeram parte desse estudo, 75% garantem que melhoraram muito as suas políticas de leis em aprendizagem e educação de adultos, desde 2009.
No entanto, apenas 18% dispensaram atenção às minorias étnicas, lingüísticas e religiosas. Apenas 17% deram atenção aos imigrantes e refugiados. Novamente,  apenas 17% concentraram suas ações em adultos com deficiências.
De acordo com  a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),  em novembro de 2016, o Brasil tem 12,9 milhões de analfabetos, o que representa 8% da população.
A maior parte dessas pessoas que não sabem ler e escrever  têm mais de 60 anos, representando 6,5 milhões de pessoas. Os idosos são os mais prejudicados com a falta dessas habilidades. O número cai para 342 mil pessoas que são analfabetas e jovens com  menos de 24 anos.
A impossibilidade de ler e escrever impede que as pessoas gerenciem suas próprias vidas, pois são incapazes de compreender com decência o mundo em que vivem e as próprias relações profissionais, comerciais e pessoais.




                                                                                 Foto: Fernanda Fernandes Borges 

Os livros são a possibilidade de tornar o ser humano mais atuante na sociedade  em que vive 

             


É indigno que milhões de pessoas continuem na ignorância das letras e dos números,  neste universo contemporâneo,  baseado na grande  tecnologia que possibilita a comunicação entres distantes nações, através de um simples clique por meio do computador e da internet.
A alfabetização é ação principal para que o ser humano possa desenvolver plenamente as suas habilidades e se tornar um ser independente e atuante onde reside.                           
 O ato de educar é  o primeiro passo que toda nação deve dar  para que a sua população seja  capaz de contribuir de modo eficiente,  para o grande desenvolvimento que pode ser alcançado,  por meio da leitura e da escrita,  praticadas por  pessoas de qualquer faixa etária.



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