Fernanda Fernandes Borges
O Alzheimer é uma doença que afeta o funcionamento do cérebro de modo
lento e progressivo, afetando as funções cognitivas e o raciocínio lógico,
devido à destruição dos neurônios.Não tem cura. No entanto, quem fala dois
idiomas tem uma força extra no cérebro e pode atrasar em até cinco anos o
surgimento dessa doença.
Foto: Fernanda Fernandes Borges Quem fala duas línguas pode adiar o surgimento do Alzheimer |
Uma pesquisa realizada por Daniela Perani e sua equipe
da Universidade Vita – Salute San
Raffaelle, na Itália, publicada recentemente no periódico científico Proceedings of The National Academy of Sciences mostrou que pessoas fluentes em dois
idiomas, apresentam melhor conectividade
nas principais áreas do cérebro e atrasam em até cinco anos o surgimento do
Alzheimer.
Os estudiosos
compararam 45 pessoas que falavam
italiano e alemão, com 40 pessoas
que falavam apenas um desses idiomas. Todos os participantes dessa pesquisa
tinham suspeita de Alzheimer e moravam no norte da Itália.
Ao analisar os resultados, percebeu-se que
as pessoas que tinham fluência em mais de um idioma eram cinco anos mais velhas
que aquelas que dominavam apenas um.
O
surgimento dos sintomas do Alzheimer demoraram cinco anos a mais, a surgir nos participantes que falavam duas línguas, comparado
aos demais que dominavam apenas uma língua.
Foto: Fernanda Fernandes Borges As pessoas devem sempre buscar novos conhecimentos |
Por meio de imagens cerebrais, os participantes fluentes
em duas línguas tinham maior conectividade em regiões do cérebro ligadas ao
controle executivo localizado na parte esquerda do cérebro.
Essa região inclui o córtex cingulado anterior,
responsável pelo controle dos impulsos e
o córtex pré-frontal esquerdo que planeja o comportamento complexo. Os
resultados foram mais positivos em pessoas que falavam duas línguas, desde a
infância.
Foto: Fernanda Fernandes BorgesO aprendizado de outro idioma deve ocorrer na infância |
A conclusão principal a que esse resultado chegou foi de que os
bilíngües têm mais conexões entre as partes do cérebro, tornando essa parte
mais resistente à degeneração. Além disso, quem falou mais as duas línguas, durante
a vida, teve sintomas menos agudos da
doença.
Foto: Fernanda Fernandes BorgesO cérebro é bastante exercitado no estudo de outra língua |
É sempre uma ótima notícia, conhecer métodos que levem ao combate do
Alzheimer, que infelizmente não tem cura
e afeta 34 milhões de pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Os remédios contra essa doença, geralmente atrasam a
morte dos neurônios e adiam o processo, mas não
são capazes de fazer a pessoa
recuperar a memória.
Qualquer pesquisa que apresente possíveis soluções para o
afastamento da perda da memória e das funções cognitivas, é um avanço que possibilita as pessoas a se
prevenirem contra esse mal. Procurar uma escola de idiomas, é um caminho para quem deseja expandir os
conhecimentos e preservar a saúde mental.
Foto: Fernanda Fernandes BorgesSempre que possível, as pessoas devem interagir com outros idiomas |
Falar duas línguas, é um privilégio e deve ser explorado desde a
infância, para que o cérebro fique
fortalecido na idade madura e possa afastar o Alzheimer da vida do ser humano.
É necessário manter sempre ativa a memória, pois ela é a história de vida de
cada um.
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