Fernanda Fernandes Borges

Fernanda Fernandes Borges

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Brasil teve alto índice de mortes violentas em 2016



                                                                            Fernanda Fernandes Borges



Um dado preocupante, sete pessoas morreram de forma violenta, a cada hora,  no ano passado,  no Brasil. Essa estatística foi revelada no dia 30 de outubro de 2017, durante o 11º  Anuário de Segurança Pública  do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Em 2016, foram registradas 61.619 mortes, um aumento de 3,8% em relação ao ano de 2015.


                                                                                           Foto: Fernanda Fernandes Borges

Os brasileiros temem a grande insegurança no país 


O número é tão assustador que pode ser comparado ao total de vítimas da explosão da cidade japonesa de NagasaKi, ocorrida em 1945, durante a Segunda Guerra Mundial. É como se uma bomba atômica explodisse  por ano no Brasil.
Os dados são baseados em informações fornecidas pelas secretarias de Segurança Pública e pelas Polícias Civil e  Militar dos Estados.
Os índices se referem ao total de vítimas de homicídio doloso (quando há a intenção de matar),  latrocínio (roubo seguido por morte), lesão corporal seguida de morte e mortes decorrentes de intervenções policiais ( em serviço ou durante o período de folga).
Nesse estudo referente ao ano de 2016, o  Brasil bateu o recorde em assassinatos, analisando-se os dados,  desde o início dos levantamentos que vem sendo feitos,  anualmente,  desde o ano de 2006. Houve uma elevação de 40%,  em dez anos.
Em números absolutos, o estado do  Rio de Janeiro superou o de São Paulo e é atualmente o estado com o maior número de vítimas da violência. No ano passado, houve 6.262 mortes intencionais.
Porém, a maior taxa de homicídios agressivos por grupo de 100 mil habitantes foi registrada em Sergipe. Foram  64 vítimas a cada 100 mil moradores,  em 2016.
Percebe-se um aumento de 11,5% em relação ao ano de 2015, quando foram  registradas 57,3 mortes por grupo de 100 mil pessoas.
Em segundo lugar está o Rio Grande do Norte com 56,9 mortes por grupo de 100 mil habitantes e em terceiro Alagoas com 55,9 mortes a cada 100 mil habitantes, em 2016.
O número de policiais mortos em situações de confronto e também de vítimas de intervenções policiais também aumentou. No estado do Rio de Janeiro, é onde o policial mais morre quando está a trabalho ou de folga.
Em 2016, foram  40 policiais civis e militares mortos,  em serviço,  e 92 assassinados, durante o período de folga. Em 2015, foram 25 mortos, em serviço,  e 73 assassinados,  durante o período de descanso.


                                                                                               Foto: Fernanda Fernandes Borges

Muitos policiais foram  mortos no ano passado 


As vítimas de ações policiais também cresceram no Rio de Janeiro. Passaram de 645 pessoas,  em 2015,  para 925 pessoas,  em 2016.
O estado de São Paulo está em segundo lugar de vítimas de ações policiais e registrou 856 mortes, em 2016. Em 2015, foram 832 assassinatos.
O número de latrocínios que é o roubo seguido por morte cresceu 57,8%,  nos últimos sete anos, no Brasil. Em 2010,  foram  registrados 1.593 casos e em 2016 foram 2.514 mortes,  em decorrência desse crime.
Em 19 estados essa modalidade de crime cresceu. A taxa média de latrocínios no Brasil é de 1,2 casos a cada 100 mil habitantes.
Acredita-se que a violência tornou-se pior,  devido à crise econômica e à falta de investimentos em segurança. Em 2016, a União reduziu 10% dos gastos em Segurança Pública, de acordo com esse estudo.
Houve também cortes nos Fundo Nacional de Segurança Pública chegando a 30,8% e no Fundo Nacional Antidrogas,  em cerca de 63%. Essas reduções foram  as maiores já observados nos gastos do Governo Federal.
As despesas com a Força Nacional aumentaram  80%,  em decorrência dos eventos da Copa do Mundo,  em 2014,  e das Olimpíadas,  realizadas em 2016.
Os números apresentados por esse levantamento demonstram que o Brasil precisa de  muitas ações que visem proteger a população de crimes hediondos.
 É necessário muito investimento na Segurança Pública para que os índices decresçam e não se assemelhem ao de confrontos como os ocorridos, na Segunda Guerra Mundial.
Todo cidadão tem o direito de se sentir protegido,  quando caminha pela ruas,  assim como deseja usufruir de seus bens materiais de forma segura, sem se sentir ameaçado e vulnerável à morte,  por ações de criminosos.


                                                                           Foto: Fernanda Fernandes Borges

População deseja se sentir mais segura 


Os policiais precisam ter suas vidas resguardadas e necessitam de treinamentos que possam evitar mais mortes na sociedade, seja durante o exercício de suas funções,  ou em seus períodos de lazer.
A vida humana deve sempre ser priorizada e cabe ao Brasil buscar soluções efetivas de Segurança Pública para todos,  para que  posteriormente,  o enorme número de assassinatos caia e faça a nação se orgulhar de resguardar melhor a sua população.





Nenhum comentário:

Postar um comentário