Fernanda Fernandes Borges

Fernanda Fernandes Borges

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Novas formas de mensurar a pobreza são adotadas pelo Banco Mundial e mostram que um quinto da população brasileira está abaixo da linha da pobreza



                                                                     Fernanda Fernandes Borges



Em outubro, o Banco Mundial adotou dois novos valores para mensurar o número de pessoas pobres em um determinado país. O objetivo é dividir os países de acordo com três quantias, gastas diariamente,  de acordo com a média de renda da população. O Brasil passou a ter cerca de 45,5 milhões de pessoas, abaixo da linha da pobreza.

                                                                                     Foto: Fernanda Fernandes Borges

Foi adotado um novo método  para calcular a população carente de cada nação 


A linha mais antiga e que continua a ser utilizada em algumas nações mostra que quem  consome,   abaixo de US$ 1,90 dólares diariamente,  está abaixo da linha da pobreza.  
Para países de renda média baixa, o valor estipulado recentemente é de US$ 3,20 dólares diariamente.  Quem consome abaixo desse valor é considerado pobre.
O Brasil entra na categoria dos países de renda média alta. Em nosso país, quem consome menos de US$ 5,50 dólares diariamente é considerado pobre.

                     
            Foto: Fernanda Fernandes Borges

O Brasil é considerado um país de renda média alta 




Houve um salto de 8,9 milhões de brasileiros pobres para 45,5 milhões de pessoas, o que representa um quinto da população nessas condições, de acordo com essa nova regra.
Observa-se que a pobreza estava sendo reduzida em nosso país, durante os últimos anos,  porém voltou a crescer em 2015.
Considerando- se o valor diário de US$ 1,90 dólares,  em 2014   o nível de pobreza era de 3,7% e em 2015 passou a ser de 4,3%.
Adotando-se o novo valor de US$ 5,50 dólares diários, o percentual de pobres no Brasil passou de 20,4% em 2014,  para 22,1% em 2015.
De acordo com economistas do Banco Mundial,  a adoção dos novos valores foi necessária para medir de uma forma mais real a pobreza de uma nação e não só apenas a sua renda.  Agora, leva-se em conta a renda média e o nível de desenvolvimento de cada país.
No Brasil, é baixo o número de brasileiros que vivem com menos de US$ 1,90 dólares diariamente  e por isso se não fossem adotados novos valores, não mostraria a real pobreza do país, que tem melhores condições econômicas que muitas outras nações.


                         Foto: Fernanda Fernandes Borges

O valor  do consumo diário aumentou para mostrar melhor a realidade brasileira 


O valor de US$ 1,90 dólares diários ainda é considerado pelo Banco Mundial como  o principal marco,  para a meta de erradicação da pobreza extrema que deve ser feita até o ano de 2030.
O Brasil tem sérios problemas de distribuição de renda e as novas metas estipuladas pelo Banco Mundial serão úteis,  para tentar sanar essas diferenças que prejudicam milhões de brasileiros,  que vivem à margem de uma  vida digna.
É um retrocesso saber que o número de pobres voltou a crescer em nosso país, após anos de consecutivas quedas. Isso mostra que menos pessoas estão tendo acesso à  saúde, à  educação e à segurança e não têm oportunidades de melhorar o seu nível econômico, devido à falta de oportunidades.


                           Foto: Fernanda Fernandes Borges

É preciso haver uma melhor distribuição de renda em nosso país 


A incompetência e a falta de vontade  de quem nos representa, impedem que medidas eficazes sejam tomadas para erradicar de vez a pobreza de nosso território.
 É preciso gerenciar melhor os recursos e distribuir de maneira  mais igualitária as riquezas de nossa nação,  para que o Brasil se desenvolva com todo potencial e possa se orgulhar de ter cidadãos mais instruídos e melhor amparados.


Nenhum comentário:

Postar um comentário