Fernanda Fernandes Borges

Fernanda Fernandes Borges

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Salário mínimo já é R$ 954,00

                                    


                                                                     Fernanda Fernandes Borges



No dia 1º de janeiro de 2018, o salário mínimo teve um reajuste de R$ 17,00 e passou de R$ 937,00 para R$ 954,00, um aumento de 1,81%. Estima-se que 45 milhões de brasileiros recebam o salário mínimo.
O valor ficou abaixo de uma estimativa aprovada anteriormente pelo Congresso que seria de um salário de R$ 965,00. Com o reajuste de R$ 11,00  menor que o esperado, o governo deve economizar R$ 3,3 bilhões.

                                                                                                   Foto: Fernanda Fernandes Borges

O novo salário mínimo não deve aumentar o poder aquisitivo do trabalhador 


O decreto assinado pelo presidente da República Michel Temer no dia 29 de dezembro e publicado no Diário oficial da União (DOU) determinou como valor diário  do salário mínimo  R$ 31,80 e como valor horário de R$ 4,34.

Para reajustar o salário mínimo o governo adota a seguinte fórmula desde 2012 e que deve vigorar até 2019:

- Leva-se em conta a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior que é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE);

- Também é avaliado o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes;

Neste ano, o resultado do PIB de 2016 que foi de 3,6% negativo, foi desconsiderado.  Apenas  a variação do INPC foi levada em conta para calcular o valor do novo salário.
A variação do INPC entre janeiro e novembro de 2017 foi de 1,80% .
De acordo com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em novembro de 2017,  o salário ideal para suprir as necessidades básicas de uma família de quatro pessoas seria de R$ 3.731,39.

                                                                 Foto: Fernanda Fernandes Borges

O salário ideal para uma família é bem maior que o atual


O reajuste de R$ 17,00 no salário mínimo não deve provocar muitas mudanças nos hábitos de consumo de quem é assalariado. Com certeza, os trabalhadores devem mais uma vez lutar com sacrifício  para pagar as contas em dia e tentar sobreviver com essa quantia.
Os preços dos alimentos, dos produtos e dos serviços como luz e água sofrem reajustes bem acima do que 1,81%,  índice que reajustou o salário mínimo. É praticamente impossível não cortar ainda mais os gastos,  no orçamento de quem recebe um salário.

                                                                                                    Foto: Fernanda Fernandes Borges

Os brasileiros percebem que o preço dos produtos e serviços são superiores ao reajuste do salário mínimo


O trabalhador tem o direito de receber uma remuneração justa para viver com dignidade. Infelizmente, a realidade está bem distante da expectativa de um salário melhor.  A alternativa é tentar buscar novas fontes de renda para ter esperança de uma vida financeira mais equilibrada.


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