Fernanda Fernandes Borges
Uma pesquisa feita na Universidade de Whashigton, nos Estados Unidos, com
mais de 2,5 mil pessoas, mostrou que alterações comportamentais e depressão
podem aparecer, antes dos problemas de memória, em futuros pacientes com o Mal
de Alzheimer. Cerca de 90% dos doentes manifestam problemas psicológicos,
ansiedade e agitação, antes de serem diagnosticados com o Alzheimer.
O estudo foi realizado pela pesquisadora Catherine Roe da
Universidade de Whashigton e está publicado no periódico científico Neurology da Academia Americana de
Neurologia. As pessoas que apresentaram demência, durante a pesquisa, já
sofriam com apatia, alterações no apetite e depressão anteriormente, comparadas
àquelas que não desenvolveram a demência.
O Alzheimer é uma
doença neurodegenerativa, incurável, que atinge as pessoas, geralmente idosas.
O nome se deve ao médico alemão Alois
Alzheimer, o primeiro a descrever a enfermidade, em 1906. Os sintomas
principais são a demência e a perda gradual das funções cognitivas como a
memória, a orientação, a atenção e a linguagem, devido à morte das células
cerebrais. Quando o Alzheimer é diagnosticado no início, pode-se impedir o seu
progresso e controlar melhor os seus prejuízos para a vida da pessoa.
Foto: ReproduçãoAlois Alzheimer foi o primeiro a detectar a doença em uma paciente em 1906 |
Não se conhece a causa específica da doença. O que se
observa são algumas lesões cerebrais e a redução do número de neurônios e das
ligações entre eles, conhecidas como sinapses que promovem redução progressiva
do volume cerebral.
No Brasil, estima-se que 1,2 milhões de pessoas têm
Alzheimer. Segundo a Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), 6% dos idosos
desenvolveram a doença que não tem cura. E a tendência mostra um crescimento,
no futuro.
A prática de atividades físicas e a o trabalho
intelectual como a leitura, o exercício com palavras cruzadas e as atividade
sociais podem limitar a doença. As pessoas que estudam mais têm menos propensão
à perda de memória.
Como prevenir o Alzheimer:
-
Dormir bem;
- Comer peixes, preferencialmente de águas
frias como: atum, salmão e cavala;
- Fazer exercícios físicos;
- Controlar o peso e a pressão arterial;
- Ter convívio social;
- Praticar atividades intelectuais;
- Não fumar;
- Controlar o diabetes;
- Cuidar do coração, evitando as doenças
cardiovasculares;
- Ter uma alimentação saudável com grãos
integrais, frutas e verduras preferencialmente de cores escuras como a couve;
Apesar do Alzheimer não ter cura há tratamento com
medicações específicas e controladas que permitem uma progressão mais lenta da
doença. A pessoa acometida com esse mal
deve ser submetida às atividades de estimulação cognitiva, social e
física preservando, assim, suas habilidades funcionais.
A família deve prestar atenção em algum parente que
começa a dar declarações contraditórias, esquece os nomes e se distrai
facilmente, pois esses podem ser alguns sinais do Alzheimer. Os médicos que
tratam dessa enfermidade são os neurologistas, psiquiatras, geriatras e
clínicos gerais.
Com o envelhecimento da população brasileira, é provável
que haja um crescimento do número de pessoas acometidas por essa doença.
Portanto, o respeito a esses cidadãos e um tratamento adequado deve ser
dispensados a quem tanto tempo se dedicou ao trabalho e á família.
As pessoas que convivem com o doente deve entender que os
lapsos da memória e a agitação não são propositais e sim involuntários. Por
isso, buscar ajuda médica, desde o início, é fundamental para retardar a
evolução dos sintomas.
É necessário, incentivar estudos em nosso país, para que
se tente descobrir a cura para uma doença que não atinge apenas uma pessoa, mas
a família inteira. É lamentável, perceber que com o avanço da idade a propensão
ao Alzheimer é maior. Por isso, deve-se cultivar bons hábitos alimentares e
atividades físicas e mentais desde cedo, para tentar evitar esse mal no futuro.