Fernanda Fernandes Borges

Fernanda Fernandes Borges

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Indícios do Alznheimer podem aparecer antes da perda de memória

                                                

                                                                                                 Fernanda Fernandes Borges



Uma pesquisa feita na Universidade de Whashigton, nos Estados Unidos, com mais de 2,5 mil pessoas, mostrou que alterações comportamentais e depressão podem aparecer, antes dos problemas de memória, em futuros pacientes com o Mal de Alzheimer. Cerca de 90% dos doentes manifestam problemas psicológicos, ansiedade e agitação, antes de serem diagnosticados com o Alzheimer.

O estudo foi realizado pela pesquisadora Catherine Roe da Universidade de Whashigton e está publicado no periódico científico Neurology da Academia Americana de Neurologia. As pessoas que apresentaram demência, durante a pesquisa, já sofriam com apatia, alterações no apetite e depressão anteriormente, comparadas àquelas  que não desenvolveram a demência.

 O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa, incurável, que atinge as pessoas, geralmente idosas. O nome se deve ao médico alemão Alois Alzheimer, o primeiro a descrever a enfermidade, em 1906. Os sintomas principais são a demência e a perda gradual das funções cognitivas como a memória, a orientação, a atenção e a linguagem, devido à morte das células cerebrais. Quando o Alzheimer é diagnosticado no início, pode-se impedir o seu progresso e controlar melhor os seus prejuízos para a vida da pessoa.
 
                                                                                                                                           Foto: Reprodução

 

Alois Alzheimer foi o primeiro a detectar  a doença em uma paciente em 1906

 

Não se conhece a causa específica da doença. O que se observa são algumas lesões cerebrais e a redução do número de neurônios e das ligações entre eles, conhecidas como sinapses que promovem redução progressiva do volume cerebral.

No Brasil, estima-se que 1,2 milhões de pessoas têm Alzheimer. Segundo a Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), 6% dos idosos desenvolveram a doença que não tem cura. E a tendência mostra um crescimento, no futuro.

A prática de atividades físicas e a o trabalho intelectual como a leitura, o exercício com palavras cruzadas e as atividade sociais podem limitar a doença. As pessoas que estudam mais têm menos propensão à perda de memória.

 

Como prevenir o Alzheimer:

 

- Dormir bem;

- Comer peixes, preferencialmente de águas frias como: atum, salmão e cavala;

- Fazer exercícios físicos;

- Controlar o peso e a pressão arterial;

- Ter convívio social;

- Praticar atividades intelectuais;

- Não fumar;

- Controlar o diabetes;

- Cuidar do coração, evitando as doenças cardiovasculares;

- Ter uma alimentação saudável com grãos integrais, frutas e verduras preferencialmente de cores escuras como a couve;

 

Apesar do Alzheimer não ter cura há tratamento com medicações específicas e controladas que permitem uma progressão mais lenta da doença. A pessoa acometida com esse mal  deve ser submetida às atividades de estimulação cognitiva, social e física preservando, assim, suas habilidades funcionais.

A família deve prestar atenção em algum parente que começa a dar declarações contraditórias, esquece os nomes e se distrai facilmente, pois esses podem ser alguns sinais do Alzheimer. Os médicos que tratam dessa enfermidade são os neurologistas, psiquiatras, geriatras e clínicos gerais.

Com o envelhecimento da população brasileira, é provável que haja um crescimento do número de pessoas acometidas por essa doença. Portanto, o respeito a esses cidadãos e um tratamento adequado deve ser dispensados a quem tanto tempo se dedicou ao trabalho e á família.

As pessoas que convivem com o doente deve entender que os lapsos da memória e a agitação não são propositais e sim involuntários. Por isso, buscar ajuda médica, desde o início, é fundamental para retardar a evolução dos sintomas.

É necessário, incentivar estudos em nosso país, para que se tente descobrir a cura para uma doença que não atinge apenas uma pessoa, mas a família inteira. É lamentável, perceber que com o avanço da idade a propensão ao Alzheimer é maior. Por isso, deve-se cultivar bons hábitos alimentares e atividades físicas e mentais desde cedo, para tentar evitar esse mal no futuro.

 

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