Fernanda Fernandes Borges

Fernanda Fernandes Borges

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Muitos casais brasileiros não querem ter filhos



Fernanda Fernandes Borges



A tendência mundial que aponta uma queda na taxa de fecundidade (número médio de filhos por mulheres, em idade fértil), também reflete no planejamento de muitos casamentos no Brasil. Segundo a Síntese de Indicadores Sociais (SIS) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no dia 4 de dezembro de 2015, os casais sem filhos em nosso país já representam 19,9% .

Foto: Fernanda Fernandes Borges

De acordo com a pesquisa, muitos casais brasileiros não desejam ter filhos

 

Em 2004,  esse tipo de família constituída apenas pelo marido e a esposa era de 14,7%,  a pesquisa atual que se refere ao ano de 2014, mostra que  aproximadamente 14 milhões de casais, não têm herdeiros.

O crescimento desse comportamento é ocasionado por distintos fatores como: maior ingresso da mulher no mercado de trabalho; adiamento da maternidade e do casamento; envelhecimento populacional; valorização da rotina do casal e preocupação com a vida profissional.

 Em relação ás regiões brasileiras o Sul é a que possui o maior número de casais sem filhos representando 23%, enquanto o Nordeste é a região que menos tem casais sem herdeiros com 17, 1%.

 O Norte é a localidade que mais possui famílias compostas por pai, mãe e filhos sendo 48%. Já o Sudeste tem a menor proporção de casais com filhos,  sendo apenas 44%.

A SIS ( Síntese de Indicadores Sociais) é uma publicação anual que reúne pesquisas do IBGE sobre as condições de vida da população brasileira como: renda, trabalho, demografia , família, educação e saúde.  Segundo o estudo a cada cinco casais brasileiros, um vive sem herdeiros.

Na última década a taxa de fecundidade caiu 18,6% no Brasil.  Em 2004, a taxa de fecundidade em nossa nação era de 2,14 filhos por mulher e em 2014 caiu para 1,74 filhos por mulher.

O Acre é o estado que tem a maior taxa com 2,52 filhos por mulher, já Santa Catarina e o Distrito Federal têm o menor índice com apenas 1,57 filhos por mulher.

Essa realidade contemporânea ilustra bem a preocupação de muitas pessoas em gerar um filho em uma sociedade  com a economia, o meio ambiente e a sociedade tão caóticos. Muitos casais tem esse discernimento e ficam receosos com a procriação de sua espécie.

A maternidade e a paternidade exigem uma dedicação ampla e precisam ser bem exercidas para que os filhos possam se tornar pessoas idôneas e capacitadas. Educar um filho é um desafio diário e requer a abdicação de vários desejos pessoais dos pais.

É fundamental que o casal ao decidir pela geração ou não de uma criança saiba o quem será melhor para o futuro do matrimônio e da família. Ter um filho apenas para satisfazer o desejo de outros é a pior escolha, se esse não é o sonho do marido e da mulher.

                                Foto: Fernanda Fernandes Borges

O casal deve pensar muito bem antes de ter um filho

                

Qualquer criança merece ser amada e cuidada por seus pais e por isso deve ser realmente desejada. O ideal da família com os descendentes, agora passa a existir de uma outra forma em que duas pessoas se unem apenas pelo simples desejo de estar juntas, sem a cobrança de herdeiros.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Dívida Pública Federal subiu mais de 20% em 2015


 
Fernanda Fernandes Borges


          No dia 25 de janeiro de 2016, o Tesouro Nacional divulgou  o valor que chegou a dívida pública do Brasil. Em 2015, o Governo Federal encerrou o ano com um endividamento de R$ 2,793 bilhões, um aumento de 21,7% em relação a 2014, o que representou R$ 498 bilhões  a mais.

                                                                           Foto: Reprodução



A dívida pública aumentou  R$ 498 bilhões em relação a 2014

         

         A Dívida Pública Federal (DPF) é a dívida contraída pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do Governo Federal, no qual se encontra o financiamento da própria dívida e serve também para realizar operações com finalidades específicas,  de acordo com a lei.

        Através da dívida pública o governo emite títulos para levantar recursos essenciais para honrar os compromissos. Em troca, o Tesouro compromete-se a devolver o total acrescido de uma correção que pode ser :  prefixada ou de acordo com a inflação;  a taxa Selic (taxa básica de juros da economia brasileira);  ou o câmbio.

       Em 2015, o Tesouro emitiu R$ 856 bilhões em Títulos Públicos e resgatou  apenas R$ 704 bilhões, o que resultou em uma diferença de R$ 152 bilhões.

       Os Títulos Públicos são ativos de renda fixa que têm o objetivo de captar recursos para o financiamento da dívida pública e financiar atividades do Governo Federal  como educação, saúde e infraestrutura.

                                                                                                                      Foto: Reprodução

Os Títulos financiam a dívida pública  e outras atividades

 

      As maiores detentoras de Títulos Públicos são as instituições financeiras que representam 25%. Em segundo lugar,  estão  os Fundos de Pensão (Entidades fechadas de cunho previdenciário)  que cresceram de 17,1% em 2014,  para 21,4% em 2015.

      Segundo o Tesouro, o governo fez emissões superiores á necessidade de financiamento,  para enxugar o excesso de dinheiro em circulação na economia e combater a inflação.

       Houve a ampliação do colchão da dívida para níveis próximos a seis meses de vencimento contra os três meses, registrados até 2014. O colchão da dívida representa o estoque de títulos que o governo reserva para honrar o vencimento dos títulos, caso ocorra alguma turbulência no mercado.

          De acordo com o ministro da Fazenda Nelson Barbosa, a justificativa para o crescimento da dívida no ano passado, é consequência da inflação indesejada e de debates políticos que travaram decisões  importantes .

       Segundo Barbosa, é preciso desvincular receitas da União, compatibilizar os programas e incentivos com a situação fiscal atual, já que a arrecadação tributária caiu em 2015. Ele também citou com urgência a necessidade das reformas da Previdência e a tributária.
                                

                                      
                                                                                              Foto: Reprodução


O ministro da Fazenda Nelson Barbosa citou a polarização política como um entrave ás reformas necessárias

 
 
 
            Outros motivos que levaram á elevação da dívida foram: o aumento da taxa Selic em 2,5 pontos percentuais em 2015 e a grande valorização do dólar. Foram pagos R$ 367,7 bilhões de juros no ano passado, o maior já registrado. O endividamento externo representa apenas 0,5% da Dívida Pública Federal.

               De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF), a dívida de 2016 deve ficar entre R$ 3,1 e R$ 3,3 trilhões.

          O crescimento da dívida pública é ruim para o país e pode afetar seriamente o investimento na educação, na saúde e em outros setores que já se encontram bastante limitados e precários no atendimento ao cidadão.

         É preciso menos discussões políticas inócuas e mais atitude na resolução dos problemas que persistem em atrasar as tão propagadas reformas na Previdência e também a tributária. A impressão que se tem é que sempre o país pagará juros extorsivos para uma dívida que parece ser infindável.

      A população não pode ser penalizada mais uma vez,  pela falta de competência de diversos políticos que ao invés de trabalharem,  ficam preocupados com o auxílio - moradia e suas regalias que apenas retardam o desenvolvimento de nosso país e mostra a falta de preparo de alguns de nossos representantes.

 

 

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Taxistas de São Paulo têm que se vestir de acordo com novas regras


                        

                                              Fernanda Fernandes Borges




Desde o dia 18 de janeiro de 2016,  já vigora,  no município de São Paulo,  uma série de regras definidas pelo Código de Conduta da Categoria dos Taxistas,  estipulado pela prefeitura. Há regulamentação sobre o modo de se vestir, o tipo de conversa com o passageiro e a oferta de carregadores para aparelhos eletrônicos e máquina de cartões.

                                                                                                   Foto: Fernanda Fernandes Borges

Os taxistas da cidade São Paulo têm novas regras a seguir. Será que em outras capitais haverá mudanças?

 

O novo visual do taxista de São Paulo deve ser traje social ou esporte fino. Além disso, a camisa deve estar sempre abotoada, os sapatos limpos e engraxados e o cinto afivelado.

                               Foto: Fernanda Fernandes Borges

O traje do motorista de ser social ou esporte fino


Quem optar pelo traje social deve se apresentar com: camisa, calça, sapato e cinto social, o blazer deve ser utilizado em dias frios. Já no traje esporte fino, o figurino deve ser : camisa social lisa com manga curta ou longa de cor única ou risca de giz; calça jeans com corte social liso de cores escuras; sapato social ou sapatênis.
 
 
                         Foto: Fernanda Fernandes Borges

O blazer é indicado para os dias frios


O motorista que conduz um táxi de luxo deve usar smoking ou terno com: camisa social manga longa,  gravata e sapato social. Para as mulheres, em todas as opções,  é indicado o tailleur.
 
                       Foto: Fernanda Fernandes Borges

O terno é indicado para os táxis de luxo

 

Se o taxista dirigir um veículo especial vermelho e branco deve usar: camisa social branca, gravata, calça social, sapato e cinto social.

                            Foto: Fernanda Fernandes Borges


A camisa branca deve ser usada por quem conduz táxis especiais

 

Em relação aos trajes é proibido vestir: camisa esportiva ou com estampas; bermudas; camiseta regata; shorts; calça esportiva e calça de moletom. Nos pés não podem ser usados: chinelos, tênis, sandálias e outros calçados semelhantes. Na cabeça não devem ser utilizados: gorros, bonés e capuz.
 
                                Foto: Fernanda Fernandes Borges

O uso de bermuda está proibido



                                                                  
                                                                  Foto: Fernanda Fernandes Borges

A camiseta esportiva não pode mais ser usada

 

 A nova conduta também abrange a higiene e o comportamento do motorista. O cabelo e a barba devem estar sempre arrumados e as unhas limpas. É fundamental evitar o uso de perfumes com a essência muito forte, além de outros odores provenientes do cigarro, do suor e de bebidas alcoólicas. É  indispensável ser educado com o passageiro e se mostrar solícito ás suas reivindicações.

O novo Código ainda sugere aos motoristas que evitem conversas sobre religião, política e esportes e outros temas polêmicos que possam suscitar algum tipo de conflito entre o motorista e o passageiro. As piadas ofensivas ou preconceituosas também estão proibidas.

Porém, poucos dias após a proibição das conversas sobre futebol, religião e política , o Departamento de Transportes Públicos (DTP) da Secretaria Municipal de Transportes (SMT) de São Paulo, voltou atrás e  retirou essa proibição.

É obrigatório que o taxista tenha em seu veículo carregadores para aparelhos eletrônicos como celulares, tablets, notebooks, dentre outros.  Além disso, ele tem que disponibilizar a máquina de cartões,  para o pagamento por meio desse dispositivo. Essas duas regras passam a valer a partir do dia 4 de março.

Fica a critério do taxista: oferecer água, papel toalha e suporte para transporte de bicicleta.

O veículo deve estar limpo por dentro e por fora. Deve estar vistoriado pelo Departamento de Transportes Públicos (DTP) e ter freios ABS e Air Bag. O ar condicionado é indispensável e deve ser ligado, sempre que o cliente solicitar.


                                                                                        Foto: Fernanda Fernandes Borges

O veículo deve estar sempre limpo e oferecer segurança aos passageiros

 

Essas novas determinações já foram publicadas no Departamento de Transportes Públicos (DTP),  em dezembro de 2015,  e as regras também já  estão no Diário Oficial do Município, desde o fim do ano passado. Os motoristas tiveram cerca de 30 dias para se adaptar a essa série de novas exigências.

A fiscalização desse novo Código de Conduta será feita pelo DTP e caso alguma exigência não seja cumprida a multa será de R$ 35,52. Os passageiros também podem avaliar o serviço prestado pelos taxistas,  por meio de aplicativos que serão usados para anotações no prontuário do motorista.

 O passageiro também pode reclamar, caso não esteja satisfeito com a conduta do taxista, no Departamento de Transportes Públicos (DTP), por e-mail, por telefone e até pelo whatsApp,  todos esses canais são disponibilizados pelo DTP.

As novas regras exigidas pela prefeitura de São Paulo têm alguns exageros. A principal conduta de um taxista deve ser sempre a gentileza com o passageiro e o bom estado de conservação do veículo. É claro que o traje deve ser discreto, mas exigir até o tipo de calça jeans,  excede um pouco o propósito.

                             Foto: Fernanda Fernandes Borges

O visual do taxista de São Paulo deve ser discreto

 

A exigência de carregadores para aparelhos eletrônicos também é dispensável. É preferível se ocupar com a limpeza do veículo e a forma como o taxista dirige a ofertar itens que nem sempre são essenciais a todos os passageiros.

Qualquer pessoa que utiliza um táxi deve ser tratada com respeito e cortesia. Também deve ser gentil com o motorista. O tipo de conversa nunca deve exceder o bom senso e não provocar discussões tolas e totalmente despropositais.

Atualmente, o que falta na maioria das pessoas é paciência e educação. Portanto, se quem conduz um táxi souber respeitar as personalidades  distintas e não se irritar com o trânsito caótico, ao qual está submetido diariamente,  já é um indício para uma boa relação entre passageiros e taxistas.

 

 

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Pesquisa aponta crescimento da inadimplência decorrente do desemprego


                                                            

                                                                Fernanda Fernandes Borges




Uma pesquisa denominada “Perfil do Inadimplente”,  realizada  presencialmente,  com 1.017 consumidores inadimplentes pela Boa Vista SCPC ( Serviço Central de Proteção ao Crédito) apontou que 41% dos entrevistadores citou a falta de emprego como a causa do não pagamento das dívidas, o maior índice,  desde o primeiro trimestre de 2012. Em 2014, no mesmo período analisado, o percentual era de 35%.



                                                                                                         Foto: Fernanda Fernandes Borges



A inadimplência leva muitas lojas a fecharem as portas ou a reduzirem o número de unidades

 

O estudo é aplicado trimestralmente em pessoas inadimplentes que possuem alguma dívida vencida,  não quitada,  registrada no banco de dados da Boa Vista SCPC. Essa última edição ouviu os consumidores entre os dia 23 de novembro e 2 de dezembro e se refere ao último trimestre do ano de 2015.

Os outros motivos que levaram á inadimplência foram: descontrole financeiro (23%); empréstimo de nome a terceiros (13%) e queda de renda (11%).

De acordo com a pesquisa, no que se refere á faixa etária,  os mais novos lideram no quesito de atraso das contas. O número de inadimplentes entre 26 e 35 anos representa 54%; já entre 36 e 45 anos há 47% com contas em atraso; e na faixa dos 46 aos 55 anos, o número cai para 30%.


                                                                                                  Foto: Fernanda Fernandes Borges


A pesquisa teve a participação de  consumidores de distintas faixas etárias

 

Entre as pessoas de menor renda,  o desemprego é mais citado como causa do atraso no pagamento das dívidas:

 

- Dos que recebem até 3 salários mínimos,  46% citam a falta de emprego;

 

-  Na faixa salarial entre 3 e 10 salários, 47% se justificam pela falta de ocupação;

 

-  Aqueles que recebem  acima de 10 salários, 36% mencionam o desemprego como causa dessa situação;

 

Em relação ao tipo de compra que mais gerou a inadimplência observa-se: carnê ou boleto 34%; cartão de crédito 28%; cheques 14%; empréstimo pessoal 12%; cartão de loja 7% e cheque especial 5%.

No que se refere ao valor da dívida: 31% devem até R$ 500,00; 51% têm uma dívida entre R$ 500,01 e R$ 5.00,00 e 18% têm contas acima de R$ 5.000,00.

 

Tipos de gastos que ocasionaram a inadimplência:

 

- Alimentação para 18%;

- Vestuário e calçados para 18%;

- Pagamento de contas diversas, apontado por 17%;

- Compra de móveis, eletrodomésticos e eletroeletrônicos citada por 16%;

 

Nível de endividamento:

- 32% se consideram muito  endividados;

- 32% estão mais ou menos endividados;

- 36% acha que estão pouco endividados;

 

Sobre as condições de pagamento: 81% dos entrevistados afirmam ter condições de pagar as dívidas, 11% dizem que podem saldar parte das dívidas e 8% declararam não ter condições de quitar as contas.

Apenas 21% dos entrevistados  pretendem fazer novas compras, quando regularizar a situação, ao passo que 78% não desejam fazer novas contas. 

Foto: Fernanda Fernandes Borges


Uma pequena porcentagem dos entrevistados pretendem voltar ás compras, após o pagamento das dívidas

 

A crescente taxa de desemprego no Brasil, nos últimos tempos, reflete no orçamento de muitas famílias, principalmente ente os mais jovens que muitas vezes gastam com as contas do dia a dia  e menos com bens considerados duráveis. Às vezes, pequenas dívidas decorrentes de itens essenciais geram a inadimplência.

A sensatez da maioria dos entrevistados em não querer realizar novas compras, após a regularização das dívidas,  foi um excelente dado e demonstra a maturidade de quem deseja gastar apenas aquilo que  pode e está dentro de sua renda.
                     
                         
                                                                                          Foto: Fernanda Fernandes Borges

As pessoas estão mais cautelosas quantos aos gastos


                          

É lamentável perceber o crescimento de inadimplentes e constatar que muitos estão se esforçando para sobreviver em meio á grande instabilidade política e econômica,   pela qual passa nosso país. Seria ótimo, se houvesse a geração de novos empregos que poderiam fomentar a economia e limpar o nome de muitas pessoas.

A prudência e o planejamento são os melhores aliados para conseguir superar a inadimplência. A criatividade para ganhar dinheiro, por meio de trabalhos informais também é uma das alternativas para sobreviver, diante de um cenário complicado e totalmente imprevisível que assola nossa nação.

 

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Cresce a violência contra jornalistas



Fernanda Fernandes Borges



A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) divulgou no dia 21 de janeiro de 2016, no Rio de Janeiro, um relatório denominado “Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil - 2015”, em que mostra o aumento de agressões a jornalistas. Foram 137 ocorrências em 2015, contra 129,  em 2014. Veja aqui o relatório completo.



                                                                                Foto: Fernanda Fernandes Borges



O relatório foi apresentado pela FENAJ no dia 21 de janeiro


O relatório foi feito pela 1ª vice presidente da FENAJ Maria José Braga e  utilizou dados enviados pelos sindicatos dos jornalistas de todo o país.

Em relação a assassinatos de jornalistas, o número caiu, porém aumentou o de comunicadores. Em 2015, dois jornalistas e nove comunicadores foram mortos. Em 2014, foram assassinados três jornalistas e quatro comunicadores.

Os dois jornalistas mortos foram: Evany José Metkzer, sua morte ocorreu na zona rural de Padre Paraíso em Minas Gerais, o jornalista tinha um blog; e o paraguaio Gerardo Ceferino Servian Coronel, assassinado em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, o profissional trabalhava em uma rádio.

                   

                                                                                             Foto: Reprodução



Evany José Metkzer  foi morto, em maio de 2015,  em Minas Gerais



                                    

                                                                                      Foto: Reprodução



O paraguaio Gerardo Ceferino foi assassinado, em março de 2015,   em Ponta Porã
 

Dentre as mortes de jornalistas e de comunicadores que totalizaram 11, apenas a do radialista Gleydson de Carvalho teve os mandantes e os assassinos identificados e denunciados pelo Ministério Público.

 

Veja os tipos de agressões sofridas pelos jornalistas em 2015, de acordo com o relatório da FENAJ:
 
 
                                                                 Foto: Fernanda Fernandes Borges


Os diversos tipos de violência praticados contra os jornalistas

 

 

 


- 16 casos de agressões verbais;

- 28 ameaças ou intimidações;

- Nove atentados;

- 13 ocorrências de impedimento do exercício profissional;

- Nove cerceamentos á liberdade de expressão, através de ações judiciais;

- Oito prisões;

- Dois casos de violência contra organização sindical;

- Um caso de censura;

 

Acompanhe a violência por região do Brasil:


                                                                                         Foto: Fernanda Fernandes Borges


A região Sudeste é a que teve o maior número de casos

 

 

- O Sudeste é a região com o maior número de casos, sendo 57 ocorrências, correspondendo a 41,6% do total. O estado de São Paulo é o que mais apresentou casos, sendo 24;

- No 2° lugar está o Nordeste com 29 casos, o que equivale a 21,16%;

- No Norte houve 22 ocorrências, apresentando o índice de 16,16%;

- Na região Sul foram  registrados 18 casos, o que equivale a 13,14%;

- No Centro – Oeste houve 11 casos, correspondendo a 8,03%;

 

Segundo o relatório da FENAJ, as agressões físicas lideraram o tipo de violência e ocorreram em sua maior parte nas manifestações de rua. Em relação aos agressores, das 137 ocorrências, 28 casos (20,44%) foram realizados por militares; seguidos de 21 registros (13,3%) ocasionados por políticos, assessores e parentes; e no terceiro lugar com 19 casos (13,87%),  por manifestantes.

A FENAJ cita suas principais medidas, adotadas para proteger os jornalistas: a criação do Observatório da Violência contra Comunicadores e a instituição do protocolo de Segurança a ser adotado pelas empresas de comunicação e de outro protocolo direcionado ás forças de segurança do país.

O órgão acredita que a crescente violência constatada nesse estudo é decorrente da impunidade dos agressores.

É um absurdo que a classe jornalística seja vítima de qualquer tipo de violência que impeça o seu trabalho e o  direito de comunicar os fatos, como eles realmente são, aos interessados na transmissão de qualquer tipo de informação.

O aumento de casos de violência, provavelmente é decorrente da ausência de  punição e de investigação adequadas, para quem pensa que tem o direito de calar a voz e o texto de um jornalista. É lamentável ter que conviver com essas cruéis estatísticas.

Coibir um jornalista é a pior maneira de se combater a manipulação de informações e a falta de compromisso com a verdade, características presentes em diversas empresas de comunicação.

Esse profissional tem por obrigação ser imparcial e nunca exceder na divulgação dos fatos,  com exageros ou tendências coercitivas. Portanto, a liberdade de expressão dever ser garantida para que o seu trabalho seja realizado de maneira crítica e  isenta de intenções escusas e prejudiciais ao livre exercício da profissão.

A divulgação desse relatório pela FENAJ é um grande passo rumo ao combate da violência e de sua impunidade. É ótimo que a sociedade tenha conhecimento de como é árduo o trabalho de um jornalista e saiba respeitar esse profissional.


                                                           Foto: Fernanda Fernandes Borges



O jornalista merece o respeito de todos




 

Uma das tarefas de quem trabalha com a comunicação é contribuir para  tirar as pessoas da total alienação, proveniente de alguns trabalhos manipulados e pouco compromissados,  com a veracidade dos fatos.