Fernanda Fernandes Borges
A tendência mundial que aponta uma queda na taxa de
fecundidade (número médio de filhos por mulheres, em idade fértil), também
reflete no planejamento de muitos casamentos no Brasil. Segundo a Síntese de Indicadores Sociais (SIS)
divulgada pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), no dia 4 de dezembro de 2015, os casais sem
filhos em nosso país já representam 19,9% .
Foto: Fernanda Fernandes BorgesDe acordo com a pesquisa, muitos casais brasileiros não desejam ter filhos |
Em 2004, esse tipo
de família constituída apenas pelo marido e a esposa era de 14,7%, a pesquisa atual que se refere ao ano de
2014, mostra que aproximadamente 14
milhões de casais, não têm herdeiros.
O crescimento desse
comportamento é ocasionado por distintos fatores como: maior ingresso da mulher
no mercado de trabalho; adiamento da maternidade e do casamento; envelhecimento
populacional; valorização da rotina do casal e preocupação com a vida
profissional.
Em relação ás
regiões brasileiras o Sul é a que possui o maior número de casais sem filhos
representando 23%, enquanto o Nordeste é a região que menos tem casais sem
herdeiros com 17, 1%.
O Norte é a
localidade que mais possui famílias compostas por pai, mãe e filhos sendo 48%.
Já o Sudeste tem a menor proporção de casais com filhos, sendo apenas 44%.
A SIS ( Síntese de
Indicadores Sociais) é uma publicação anual que reúne pesquisas do IBGE
sobre as condições de vida da população brasileira como: renda, trabalho,
demografia , família, educação e saúde.
Segundo o estudo a cada cinco casais brasileiros, um vive sem herdeiros.
Na última década a taxa de fecundidade caiu 18,6% no
Brasil. Em 2004, a taxa de fecundidade
em nossa nação era de 2,14 filhos por mulher e em 2014 caiu para 1,74 filhos
por mulher.
O Acre é o estado que tem a maior taxa com 2,52 filhos
por mulher, já Santa Catarina e o Distrito Federal têm o menor índice com
apenas 1,57 filhos por mulher.
Essa realidade contemporânea ilustra bem a preocupação de
muitas pessoas em gerar um filho em uma sociedade com a economia, o meio ambiente e a sociedade
tão caóticos. Muitos casais tem esse discernimento e ficam receosos com a
procriação de sua espécie.
A maternidade e a paternidade exigem uma dedicação ampla
e precisam ser bem exercidas para que os filhos possam se tornar pessoas
idôneas e capacitadas. Educar um filho é um desafio diário e requer a abdicação
de vários desejos pessoais dos pais.
É fundamental que o casal ao decidir pela geração ou não
de uma criança saiba o quem será melhor para o futuro do matrimônio e da
família. Ter um filho apenas para satisfazer o desejo de outros é a pior
escolha, se esse não é o sonho do marido e da mulher.
Foto: Fernanda Fernandes BorgesO casal deve pensar muito bem antes de ter um filho |
Qualquer criança merece ser amada e cuidada por seus pais
e por isso deve ser realmente desejada. O ideal da família com os descendentes,
agora passa a existir de uma outra forma em que duas pessoas se unem apenas
pelo simples desejo de estar juntas, sem a cobrança de herdeiros.