Fernanda Fernandes Borges

Fernanda Fernandes Borges

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Dívida Pública Federal subiu mais de 20% em 2015


 
Fernanda Fernandes Borges


          No dia 25 de janeiro de 2016, o Tesouro Nacional divulgou  o valor que chegou a dívida pública do Brasil. Em 2015, o Governo Federal encerrou o ano com um endividamento de R$ 2,793 bilhões, um aumento de 21,7% em relação a 2014, o que representou R$ 498 bilhões  a mais.

                                                                           Foto: Reprodução



A dívida pública aumentou  R$ 498 bilhões em relação a 2014

         

         A Dívida Pública Federal (DPF) é a dívida contraída pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do Governo Federal, no qual se encontra o financiamento da própria dívida e serve também para realizar operações com finalidades específicas,  de acordo com a lei.

        Através da dívida pública o governo emite títulos para levantar recursos essenciais para honrar os compromissos. Em troca, o Tesouro compromete-se a devolver o total acrescido de uma correção que pode ser :  prefixada ou de acordo com a inflação;  a taxa Selic (taxa básica de juros da economia brasileira);  ou o câmbio.

       Em 2015, o Tesouro emitiu R$ 856 bilhões em Títulos Públicos e resgatou  apenas R$ 704 bilhões, o que resultou em uma diferença de R$ 152 bilhões.

       Os Títulos Públicos são ativos de renda fixa que têm o objetivo de captar recursos para o financiamento da dívida pública e financiar atividades do Governo Federal  como educação, saúde e infraestrutura.

                                                                                                                      Foto: Reprodução

Os Títulos financiam a dívida pública  e outras atividades

 

      As maiores detentoras de Títulos Públicos são as instituições financeiras que representam 25%. Em segundo lugar,  estão  os Fundos de Pensão (Entidades fechadas de cunho previdenciário)  que cresceram de 17,1% em 2014,  para 21,4% em 2015.

      Segundo o Tesouro, o governo fez emissões superiores á necessidade de financiamento,  para enxugar o excesso de dinheiro em circulação na economia e combater a inflação.

       Houve a ampliação do colchão da dívida para níveis próximos a seis meses de vencimento contra os três meses, registrados até 2014. O colchão da dívida representa o estoque de títulos que o governo reserva para honrar o vencimento dos títulos, caso ocorra alguma turbulência no mercado.

          De acordo com o ministro da Fazenda Nelson Barbosa, a justificativa para o crescimento da dívida no ano passado, é consequência da inflação indesejada e de debates políticos que travaram decisões  importantes .

       Segundo Barbosa, é preciso desvincular receitas da União, compatibilizar os programas e incentivos com a situação fiscal atual, já que a arrecadação tributária caiu em 2015. Ele também citou com urgência a necessidade das reformas da Previdência e a tributária.
                                

                                      
                                                                                              Foto: Reprodução


O ministro da Fazenda Nelson Barbosa citou a polarização política como um entrave ás reformas necessárias

 
 
 
            Outros motivos que levaram á elevação da dívida foram: o aumento da taxa Selic em 2,5 pontos percentuais em 2015 e a grande valorização do dólar. Foram pagos R$ 367,7 bilhões de juros no ano passado, o maior já registrado. O endividamento externo representa apenas 0,5% da Dívida Pública Federal.

               De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF), a dívida de 2016 deve ficar entre R$ 3,1 e R$ 3,3 trilhões.

          O crescimento da dívida pública é ruim para o país e pode afetar seriamente o investimento na educação, na saúde e em outros setores que já se encontram bastante limitados e precários no atendimento ao cidadão.

         É preciso menos discussões políticas inócuas e mais atitude na resolução dos problemas que persistem em atrasar as tão propagadas reformas na Previdência e também a tributária. A impressão que se tem é que sempre o país pagará juros extorsivos para uma dívida que parece ser infindável.

      A população não pode ser penalizada mais uma vez,  pela falta de competência de diversos políticos que ao invés de trabalharem,  ficam preocupados com o auxílio - moradia e suas regalias que apenas retardam o desenvolvimento de nosso país e mostra a falta de preparo de alguns de nossos representantes.

 

 

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