Fernanda Fernandes Borges
O registro de imagens é antigo e passou por diversas
transformações que permitiu a invenção e o aprimoramento da fotografia.
Atualmente, com o advento das redes sociais as imagens fotográficas são formas
de comunicação instantânea.
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Foto: Arquivo Pessoal
A fotografia é essencial para a comunicação atual
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O princípio da fotografia é usar a luz
passando por uma lente que é absorvida por uma superfície (cromos, papéis,
filtros e sensores) para captar o que se observa ao redor.
A câmera escura é conhecida há séculos. Pode ser definida
como uma caixa preta escura com um
pequeno buraco em um dos seus lados. No
lado oposto é formada a imagem invertida da cena à frente da pequena abertura.
Desde o século XVI, artistas como Leonardo Da Vinci
utilizavam a câmera escura para desenhar. No início de 1800, vários inventores
começaram a ter ideias para capturar imagens sem que fosse necessário
pintá-las.
Os irmãos franceses Jean
Niceforo e Claude Niepce foram os primeiros a relacionar a imagem realizada
com luz e câmera escura. Em 1793, Niepce
conseguiu imprimir a luz em uma superfície sem usar qualquer tipo de tinta,
porém as imagens desapareciam depois de um tempo.
Em 1826, foi a registrada a primeira fotografia de
duração indefinida, porém com qualidade baixa. Em 1834, Henry Fox Talbot criou uma versão primitiva do negativo
fotográfico.
Em 1849, o francês Louis
Daguerre estudou os métodos de Niepce com o objetivo de popularizar a
fotografia e com o apoio do governo francês criou o daguerrótipo uma espécie de
máquina fotográfica.
Essa invenção pode ser vista como o
início da fotografia no mundo, já que o método de captura das imagens era
comercializado para quem tinha poder aquisitivo para adquirir essa máquina e
registrar os seus melhores momentos.
O fotógrafo francês Adolphe
Disdéri criou um método de captura e impressão ( Carte – de – visite) que
abaixou os custos de impressão e possibilitou o sucesso mundial da fotografia
de retrato.
Em 1861, James
Cherk-Maxwell criou o primeiro método de fotografia colorida, através do
uso de três negativos. O pesquisador francês Ducos du Hauron é também um dos pioneiros nas técnicas de
fotografia colorida e publicou um dos primeiros livros sobre essa temática.
Os irmãos Lumiére
inventaram os autocromos coloridos que foram patenteados em 1903, sendo o
principal método de captura de imagens
coloridas, até o surgimento dos primeiros filmes a cores para as
câmeras.
Richard
Leach Maddox criou o método de fixação das imagens, usando uma suspensão gelatinosa que substitui
a emulsão de colódio úmida, criando as primeiras chapas secas tornando o
processo de revelação mais simples.
Após a criação de Maddox,
a comercialização de negativos e a revelação de fotografias ficaram mais acessíveis
e permitiu a expansão da fotografia pelo mundo.
O norte-americano George
Eastman fundou a companhia de criação de chapas secas, conhecida como Eastman Kodak Company, a Kodak, em 1880. A criação dessa empresa
permitiu que as câmeras fotográficas, rolos de filme e revelação ficassem mais
baratos e acessíveis.
Em 1935, a Kodak lançou
os Kodachromes um tipo de filme
diapositivo que possibilitava tirar fotos coloridas com as câmeras da Kodak.
No ano seguinte, em 1936, a companhia alemã Agfa lançou o Agfacolor Neu, o primeiro filme colorido que podia ser revelado em
qualquer laboratório do mundo.
Na década de 70, a maior parte das fotografias já eram
coloridas e muitas pessoas já podiam ter
uma câmera fotográfica em casa.
Atualmente, as pessoas convivem com a fotografia
digital que utiliza um sensor eletrônico
ao invés do filme. A maioria dos celulares têm câmera fotográfica,
o que possibilita a produção de milhares de imagens, em distintas situações.
Com o surgimento das redes sociais, a publicação de fotos
a
todo momento prioriza a imagem na
comunicação, muitas vezes em detrimento
ao texto.
Além disso, as selfies fotos de si mesmo, revelam que o homem contemporâneo deseja ser
visto por todos e também se promover através de sua imagem, além de demonstrar
um certo exibicionismo inerente ao ser humano.
O ato de fotografar perpassa conceitos e está relacionado
à identificação do sujeito com algo que lhe agrada e o estimula a registrar
aquele momento que poderá ser contemplado toda a vida, sem o risco de se apagar
com o decorrer dos anos.
Admirar fotografias é um ótimo exercício para planejar
boas imagens, quando se trabalha com essa arte ou apenas se tem o
interesse, nessa forma de
comunicação, que é preponderante no
mundo atual e necessita sempre ser aprimorada.
É óbvio que o texto sempre será importante para a
transmissão de informações, mas com certeza ele sempre se torna mais
interessante com a presença de imagens que além de ilustrá-lo revelam
peculiaridades de cada situação vivenciada.