Fernanda Fernandes Borges

Fernanda Fernandes Borges

sábado, 11 de junho de 2016

Confira trechos da Oficina Literária com João Paulo Cuenca


                                                            Fernanda Fernandes Borges


                     
No dia 8 de junho, a jornalista Fernanda Fernandes Borges participou da Oficina Literária com o escritor João Paulo Cuenca no Circuito Cultural do Banco do Brasil. A temática enfocada foi o Romance.



                                      Foto: Fernanda Fernandes Borges

A jornalista Fernanda Fernandes Borges participou da Oficina Literária

  
Para a oficina o escritor usou referências como o escritor argentino Ricardo Piglia e o polonês Witold Gombrowicz.
 

   Confira no vídeo abaixo alguns trechos desse evento:

 
        

          Vídeo produzido por Célia Fernandes Borges e Fernanda Fernandes Borges




    O escritor João Paulo Cuenca é natural do Rio de Janeiro  e é considerado um dos mais influentes  autores da nova geração. "A narração é uma existência social. É uma necessidade contar outra história", disse.
 

                                                                 Foto: Fernanda Fernandes Borges

João Paulo Cuenca é uma referência da nova geração de escritores

 

   "Todos os romances são metalinguísticos. O Romance é uma sala com muitas portas. Os bons romances discutem o limite do Romance", disse para uma plateia composta por pessoas de diversas áreas acadêmicas e faixas etárias.

 

                             Foto: Fernanda Fernandes Borges

Para o autor o Romance é repleto de possibilidades

 
 
 
 
Foto: Fernanda Fernandes Borges

O público gostou bastante da oficina

 
    Para quem deseja iniciar suas atividades no universo literário, João Paulo Cuenca deixou uma dica. "O escritor é aquele que não desiste.  É um depósito de interrogações", ressaltou.
 
                                                                                       Foto: Fernanda Fernandes Borges

O escritor ressaltou a importância da persistência para quem deseja escrever


 
               
                      

quinta-feira, 9 de junho de 2016

O conceito da Arte através da linguagem


                                                     Fernanda Fernandes Borges



A Arte Conceitual pode ser compreendida como a Arte da Linguagem. Esse tipo de arte mostra o real, através dos signos que a representam. Há um emissor (artista), a mensagem (obra) e o receptor (público). A ideia prevalece sobre o produto e os artistas utilizam meios distintos para propagar o seu trabalho.

Esse tipo de arte começa a ter mais ênfase a partir da década de 1970 em que os artistas criam uma abordagem mais comunicacional  atentos às situações que envolvem o público, o espaço e a comunicação.

O espectador passa a ser um leitor ativo das mensagens emitidas ao invés de um mero contemplador passivo da estética ou do espetáculo.


Foto: Fernanda Fernandes Borges

Na Arte Conceitual o espectador já não é tão passivo 



De acordo com a professora de Arte Contemporânea Isa Souza toda arte produzida após Marcel Duchamp ( França 1887-1968) e seus ready –mades ( arte que leva as pessoas a pensarem sobre os objetos) é conceitual.

 “Duchamp lembra que a arte não está relacionada a nenhum aspecto formal, mas vai depender de seu deslocamento para um contexto artístico”, disse.

Alguns artistas merecem destaque: Joseph Kosuth (EUA, 1945), Walter de Maria (EUA, 1935- 2013), Lawrence Weiner ( EUA, 1942).

A obra Uma e Três cadeiras de Joseph Kosuth ilustra bem a Arte Conceitual. São exibidas, a foto de uma cadeira, a cadeira em si e o significado da palavra cadeira.  Apesar,  do público enxergar  apenas duas:  a foto e o objeto, há o conceito dado pelo dicionário a essa palavra e por isso o título.


                                                                                                        Foto: Reprodução

Uma e Três Cadeiras (1965)  obra de Joseph Kosuth 



 Inserida na Arte Conceitual está a Performance. Geralmente, ela pode ser repetida em outros lugares e por outras pessoas, pois segue um roteiro e um ensaio. É realizada para plateias restritas ou até mesmo com a ausência de espectadores.

Os registros dessas atividades são feitos através de fotos e vídeos. A ênfase na arte desloca-se do produto final para o seu processo de leitura. A presença corporal do artista é indispensável na condução desse processo.

O início da Perfomance remete ao Futurismo,  em 1910,  quando Marinetti, autor desse movimento, criava performances que eram manifestos . Havia o Teatro de Variedades em que se misturavam música, acrobacias e atuações.


                                                              Foto: Reprodução

          Marinetti é um dos idealizadores  da Perfomance 



Houve performances nos movimentos Dadaísta e Surrealista. No Surrealismo (1920) merece destaque a leitura simultânea ao som de sinos e matracas.

O artista John Cage ( 1928- 1962) é um dos representantes da Perfomance americana. Segundo ele, tudo o que se ouve é música. Ele criou em 1952,  uma obra silenciosa chamada 4’ 33,  em que  os músicos não executam nada. 

Outra categoria artística que merece destaque na Arte Conceitual é o Happening que é  um espetáculo dramático inusitado, feito através do imprevisto e com muita espontaneidade. Há um envolvimento da plateia na realização das apresentações.

 Em 1959, foi realizado pela primeira vez por Allan Kaprow  ( EUA, 1927-2006).  Geralmente, acontece  em cafés, parques e não em galerias.


                                                                                   Foto: Reprodução


Happening promovido por Allan Kaprow



A Body Art também integra a Arte Conceitual e é um manifesto que os artistas fazem através da dor física. Surgiu como um protesto contra a Guerra do Vietnã ( 1959-1975).

O artista flagela o próprio corpo para causar uma dor moral e chamar a atenção para a realidade que o cerceia. É uma revolta contra a política e a economia.

Uma artista que merece destaque é Marina Abramovic que é conhecida por utilizar o corpo em performances extenuantes para testar a resistência física.


                                                                                                           Foto: Reprodução

Marina Abramovic reecontra Ulay, seu ex-marido, durante perfomance em Nova York (2010) 


A Arte Conceitual é ampla e não se restringe aos espaços delimitados por uma galeria. Muitas vezes, não há o objeto para ser contemplado, mas sim ações que acontecem naquele momento e podem ou não ser registradas em fotos e vídeos.

É extremamente chocante, quando os artistas utilizam os próprios corpos para manifestarem repúdio ao sistema vigente. Ao se machucarem propositalmente, tentam chamar a  atenção do público para o que está acontecendo  a sua volta com outras pessoas, que podem ser as guerras ou a violência do cotidiano.

Quando o artista está engajado em contestar não é necessário ser tão extremista. Através da música,  do teatro e das telas pintadas é possível deixar sua indignação sem ter que flagelar a si próprio e causar horror aos seus espectadores.


terça-feira, 7 de junho de 2016

A Arte Minimalista em que o menos é mais


                                                                           Fernanda Fernandes Borges    

 
O Minimalismo é uma corrente artística que se destacou no início da década de 1960 em que há utilização de elementos mínimos e básicos para a criação das obras. Há uma proposta de descartar tudo que é desnecessário para alcançar a plenitude pessoal.
Esse tema foi abordado na aula do dia 1 de junho do curso de História da Arte Contemporânea da Fundação Clóvis Salgado, em Belo Horizonte.
Na Arte Minimalista existe uma potencialização do vazio e uma crítica à cultura do consumismo que substitui outros valores. “Quem perde tudo em uma guerra, tem que aprender a viver com pouco”, disse a educadora Isa Souza.
O Minimalismo é aquilo que se vê, a arte é feita com muita dedicação, mas com poucas formas e cores. Retira-se a religião, a narrativa, o objeto, o pictórico, as pinceladas, dentre outros temas e elementos.
Nessa corrente artística, a simplicidade é presente nas criações em que o artista é o projetor. Existe um diálogo entre a forma e cor que gera harmonia. A ideia prevalece sobre a pintura. O projeto pode ser reproduzido ou apagado.
O artista Frank Stella (EUA, 1936) prima por um trabalho com linhas e cores, intelectual por excelência. “É uma composição pura da arte pela arte “, afirmou a professora Isa Souza.


                                                                                              Foto: Reprodução


"Firuzabad" obra de Frank Stella de 1970

 
Donald Judd ( EUA 1928-1994) suas obras se  integram com   o espaço da galeria de modo simétrico e em série.

                                                Foto: Reprodução

A arte de Donald Judd apresentada em série

 
Nas obras do artista  norte- americano Dan Flavin ( 1933-1996) observa-se  iluminação com um padrão harmônico e linhas ritmadas. Há uma completude dentro do espaço.

                                                                                  Foto: Reprodução


Obra de 1987 de Dan Flavin

 
A utilização de círculos, recortes simétricos são características das criações de Robert Morris (EUA, 1931). A luz contrapõe os elementos  e perpassa por estruturas de concreto.

                                                                            Foto: Reprodução


"Anel de Luz "  (1965) de Roberto Morris


 
 
Carl Andre  (EUA , 1935) trabalha plasticidade, cor e textura.

                                                                                                                      Foto: Reprodução


"Still  Blue Range" (1989)  de Carl Andre

 
Isa Souza explicou o conceito de instalação que é usado em algumas obras minimalistas. “ É a utilização dos espaços de uma galeria para expor as obras de forma harmônica e com a criação de um novo ambiente. São usadas as paredes, o teto e outros espaços”, ressaltou.
Aprender sobre a Arte Minimalista é grandioso ao se ter a noção de com pouco é possível criar obras primorosas que devem ser contempladas pelo que são e não por conceituações ideológicas.
É óbvio que ao se analisar os produtos culturais do Minimalismo cada pessoa vai ter uma impressão e uma leitura sobre aquela criação. No entanto, é essa possibilidade que engrandece a criação artística e possibilita inúmeras reflexões.
A ideia Minimalista de que “o todo contém a parte e a parte contém o todo” é essencial para incentivar as mentes criativas a desenvolverem trabalhos com menos material, mas com simplicidade e originalidade.
                                             

domingo, 5 de junho de 2016

Hiper - Realismo: a arte em seus mínimos detalhes


                                                                 Fernanda Fernandes Borges

 


O Hiper - Realismo é um gênero de pintura e escultura que se assemelha a uma fotografia de alta resolução. Surgiu nos Estados Unidos e na Europa em torno de 1968 e se expandiu na década de 1970, sendo muito conhecido na Inglaterra e nos Estados Unidos.

Os artistas hiper-realistas, segundo a professora Isa Souza do curso de História da Arte Contemporânea da Fundação Clóvis Salgado,  em Belo Horizonte,  fazem a obra  parte por parte e ela acaba sendo um experimento de abstrações. “É um simulacro da realidade”, disse.
 
                                                                                                                           Foto: Reprodução

Escultura de Ron Mueck  em tamanho exagerado

 

O movimento surge em decorrência das pessoas terem necessidade de ver o real. As pinturas remetem às fotografias, se assemelhando demais com as imagens produzidas pelas máquinas. Há recortes nas obras, assim como na arte fotográfica.

A educadora Isa Souza ressaltou que é possível associar a fotografia como um culto à morte, pelo fato da pessoa estar congelada na imagem e o fato do registro mostrar um momento que já se foi e não voltará. “É a morte do momento, nada se repete”, afirmou.

Algumas características presentes  nos temas das obras hiper-realistas:  retratam a realidade mundana; os cidadãos comuns e não as celebridades;  os reflexos da mídia na sociedade; o exagero; a idolatria à ostentação e ao consumo.

No que se refere à qualidade da criação das pinturas e fotografias, percebe-se a reprodução e simulação da realidade com influências do Realismo do século XIX, exatidão nos detalhes, nuances de luz, cores, sombras e reflexos. Há influências da Pop Art e da arte fotográfica.

 

                                    Alguns artistas hiper-realistas:

 

Chuck  Close ( EUA, 1940) - Utiliza como técnica o foto - realismo em que a pintura é simular à fotografia;
 
          
                                                                                 Foto: Reprodução

"Mark"  ( 1978 -79) de Chuck Close

 

 

Audrey Flack ( EUA, 1931) – Faz recortes de cenários  e critica a cultura vazia, artificial;

Duane Hanson ( EUA 1925- 1996) – Criava esculturas em tamanhos reais. Retrava pessoas comuns que eram confundidas com pessoas reais devido às semelhanças nos mínimos detalhes;
 
                                                                 Foto: Reprodução


Esculturas denominadas "Turistas" ( 1988) de Duane Hanson

 

 

John de Andrea ( EUA , 1941) – Uso das cores preto e branco em suas esculturas;

 

Ron Mueck (Austrália, 1958) – Em suas esculturas, há uma desproporção nos tamanhos que causam estranhamento. Geralmente, há uma referência à solidão do homem contemporâneo e um olhar triste;

 

Maurizio Cattelan ( Itália , 1960) – Em suas criações, observa-se críticas políticas, religiosas e sociais;
 
                                                                                         Foto: Reprodução


Escultura de Maurizio  Cattelan que representa "Picasso"

 
 

Patrícia Piccinini  ( Austrália, 1965) - Elabora criaturas  que se assemelham aos humanos , misturadas ao mundo animal;
 
É fascinante analisar as obras hiper-realistas e sua semelhança com uma fotografia. A exatidão de detalhes é tão precisa que se confunde com um retrato retirado por uma máquina, quando o que se observa é a obra de um artista que exigiu muita técnica e tempo.

Imaginar como aquela escultura ou pintura foi idealizada,  ao visitar uma exposição,  é um processo desafiador que leva o público a se interessar pelo universo da realidade mostrada de forma única,  através das peculiaridades da mente de um artista inovador .
 
                                                                                              Foto: Reprodução
           

A arte produz inquietações no público

 

O Hiper-Realismo ao apresentar obras que retratam a realidade,   produz significados variados no público que passa a comparar a própria existência com as questões retratadas nos produtos culturais. É a arte questionando a contemporaneidade e suas implicações.

 

sexta-feira, 3 de junho de 2016

A trajetória da Arte Contemporânea através de alguns movimentos


         

                                                            Fernanda Fernandes Borges

 
 
O surgimento da Arte Contemporânea é atribuído ao movimento Dadaísta em que os artistas negavam tudo. A Pop Art se inicia após a Segunda Guerra Mundial e faz uma crítica robusta ao sistema capitalista que é considerado vazio e alienante.
 
                                  Foto: Fernanda Fernandes Borges

A Arte Contemporânea também critica a realidade cotidiana

 

 Essa retrospectiva de movimentos que integram a história da Arte Contemporânea foi realizada pela professora Isa Souza do curso de História da Arte Contemporânea  da Fundação Clóvis Salgado,  em Belo Horizonte, no dia 25 de maio.

Para compreender outra escola da Arte Contemporânea,  o Hiper- Realismo ,  que retrata a vida como ela é, é necessário retomar o Realismo do século XIX. “A história da Arte sempre remete ao passado”, disse a educadora.

O Realismo é predominante nas artes europeias entre 1850 e 1900, juntamente com a crescente industrialização das sociedades. As visões subjetivas e emotivas da realidade são abandonadas.

Na pintura,  percebe-se que a beleza está na realidade como ela é em seus aspectos, mais característicos e expressivos da realidade. A “Pintura Social” é dominante nesse período, como uma forma de denunciar a exploração da burguesia através do trabalho dos proletários.

Nas obras, observam-se os camponeses e a classe trabalhadora de forma predominante nas telas. O artista francês Gustave Courbet  ( 1819- 1877) foi  um dos representantes desse movimento.
 
                                                                                             Foto: Reprodução

"The Stone Breakers" ( 1849) de Gustave Courbet




O Novo Realismo ou “Noveau Réalism” é um movimento, surgido em Paris em 1960, contemporânea à Pop Art e tinha como objeto lançar um novo olhar sobre a natureza moderna composta pela cidade; a fábrica; a publicidade; a cultura de massa; a ciência e a técnica.

O “Noveau Réalism” redefine os paradigmas de colagem e do monocromatismo. Há a utilização de materiais do cotidiano urbano, a explicitação da realidade e a criação de novos significados. Merecem destaque artistas como:  o francês César Baldaccini (1921-1998), o americano Arman  ( Armand Pierre Fernandez 1928- 2005), o suíço Jean Tinguely ( 1925-1991) e  o  romeno Daneil Spoerri ( 1930-).
 
                                                 Foto: Reprodução

Obra de César Baldaccini

 

Compreender a história de alguns movimentos artísticos que integram a Arte Contemporânea é essencial para assimilar a expressividade que esses produtos culturais possuem,  repletos de contestação e significados densos.

A exploração do homem pelo homem, a crescente industrialização que perde a noção do bom senso e o retrato da realidade sem filtros são exemplos dessas escolas que buscam por meio de suas criações  retirar o ser humano das inferências simples e levá-lo a profundas reflexões.
 
 
                                                                                                  Foto: Fernanda Fernandes Borges

A arte leva o homem a profundas reflexões

 

Qualquer pessoa que possui contato com a Arte Contemporânea se torna mais perspicaz quanto à realidade que a cerceia. Dessa forma, é mais questionadora e produz transformações em sua vida e na sociedade que integra.

 

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Saiba mais sobre o Dadaísmo e o Surrealismo


                            

                                                       Fernanda Fernandes Borges

 

A compreensão do trabalho de um artista contemporâneo demanda conhecimento de movimentos precursores do modo de criar e dar forma e cor aos seus pensamentos. Os movimentos Dadaísta e Surrealista são indispensáveis na discussão sobre esse tipo de obra de arte atual.

O Dadaísmo foi um movimento artístico que se iniciou em Zurique na Suíça,  em 1916 . Era um manifesto contra a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e defendia o absurdo, a incoerência e o caos na obra do artista. Era uma anarquia contra o capitalismo. Os artistas estavam decepcionados com os valores culturais da época. Era uma negação de tudo.

Um dos grandes artistas que participou do movimento Dadaísta foi Marcel Duchamp ( 1887 – 1968)  que é considerado o “Pai da Arte Contemporânea”. Em sua ideologia a arte questiona e não afirma. A arte é um delírio, uma reflexão e não funcional ou utilitária.
 
 
                                                                                                                                Foto: Reprodução

Marcel Duchamp é considerado o Pai da Arte Contemporânea

 

Segundo Duchamp,  a obra é uma ideia  e ideias podem ser reproduzidas. O artista é um pensante e projetor. Em suas criações, alguns objetos utilitários ganham o status de arte, devido ao processo de seleção e apresentação.
 
 
                                                                                                     Foto: Reprodução

"Roda de Bicicleta" é uma obra de Marcel Duchamp

 

O Surrealismo absorveu o Dadaísmo e sentiu a necessidade de relacionar o delírio verbal ou gráfico  com uma causa mais profunda do que a simples negação de tudo. O líder do movimento  que se iniciou na década de 1920 em Paris, foi André Breton. Para ele, o movimento Surrealista era um automatismo psíquico que se relacionava à doutrina de Freud sobre os sonhos.
 
 
                                                                                                                           Foto: Reprodução

André Breton liderou o movimento Surrealista

 

O automatismo psíquico pode ser entendido como uma expressão verbal através da escrita ou por outro qualquer meio, sem o funcionamento real do pensamento, em que o artista deixa fluir o traço sem as amarras do  inconsciente, retirando bloqueios ou julgamentos.

 

Outros artistas importantes do Surrealismo:

 

Marc Chagall ( 1887 – 1985) – Considerado precursor do movimento.  É perceptível em seu discurso a exaltação do sonho, do inconsciente e do ilógico;

 

Joan Miró ( 1893 -1983) – Suas criações remetem a uma fantasia ingênua, infantil;

 

Salvador Dalí  ( 1904-1989) – Elaborava interpretações críticas sobre os fenômenos delirantes. Em suas criações, obras clássicas são desconstruídas em Surrealistas;

 

Hans Belmer ( 1902- 1975) – Utilizava antíteses da moral e padrões religiosos;

 

Frida Kahlo ( 1907- 1954) – Suas criações se baseavam em seus sentimentos e angústias;

 

O Surrealismo tinha a intenção de produzir uma harmonia entre o sujeito e o objeto.

No Brasil Tarsila do Amaral é representa do movimento Surrealista.
 
                                                                    Foto: Reprodução


A obra "Abaporu" de Tarsila do Amaral

 

Na época atual artistas como Lady Gaga, David Bowie e Tim Burton podem ser considerados representantes do Surrealismo Pop.

Ao se conhecer melhor o Dadaísmo e o Surrealismo é possível desvendar alguns do vários enigmas que cerceiam a Arte Contemporânea. A forma de contestação e a exploração das próprias experiências elucidam a crítica apresentada em algumas exposições.

A necessidade de desconstruir algumas obras clássicas e expor objetos comuns em uma exposição são atitudes ousadas que serviram e ainda servem para encorajar muitos artistas a produzirem obras autorais na ideologia, mas cópias de simples objetos utilitários.

A oportunidade de sair da mesmice e de questionar a realidade vivenciada,   permitiu que os artistas Dadaístas e Surrealistas desenvolvessem criações inovadoras e dignas de várias discussões importantes para que as pessoas aprendam a discutir novos conceitos.