Fernanda Fernandes Borges

Fernanda Fernandes Borges

terça-feira, 7 de junho de 2016

A Arte Minimalista em que o menos é mais


                                                                           Fernanda Fernandes Borges    

 
O Minimalismo é uma corrente artística que se destacou no início da década de 1960 em que há utilização de elementos mínimos e básicos para a criação das obras. Há uma proposta de descartar tudo que é desnecessário para alcançar a plenitude pessoal.
Esse tema foi abordado na aula do dia 1 de junho do curso de História da Arte Contemporânea da Fundação Clóvis Salgado, em Belo Horizonte.
Na Arte Minimalista existe uma potencialização do vazio e uma crítica à cultura do consumismo que substitui outros valores. “Quem perde tudo em uma guerra, tem que aprender a viver com pouco”, disse a educadora Isa Souza.
O Minimalismo é aquilo que se vê, a arte é feita com muita dedicação, mas com poucas formas e cores. Retira-se a religião, a narrativa, o objeto, o pictórico, as pinceladas, dentre outros temas e elementos.
Nessa corrente artística, a simplicidade é presente nas criações em que o artista é o projetor. Existe um diálogo entre a forma e cor que gera harmonia. A ideia prevalece sobre a pintura. O projeto pode ser reproduzido ou apagado.
O artista Frank Stella (EUA, 1936) prima por um trabalho com linhas e cores, intelectual por excelência. “É uma composição pura da arte pela arte “, afirmou a professora Isa Souza.


                                                                                              Foto: Reprodução


"Firuzabad" obra de Frank Stella de 1970

 
Donald Judd ( EUA 1928-1994) suas obras se  integram com   o espaço da galeria de modo simétrico e em série.

                                                Foto: Reprodução

A arte de Donald Judd apresentada em série

 
Nas obras do artista  norte- americano Dan Flavin ( 1933-1996) observa-se  iluminação com um padrão harmônico e linhas ritmadas. Há uma completude dentro do espaço.

                                                                                  Foto: Reprodução


Obra de 1987 de Dan Flavin

 
A utilização de círculos, recortes simétricos são características das criações de Robert Morris (EUA, 1931). A luz contrapõe os elementos  e perpassa por estruturas de concreto.

                                                                            Foto: Reprodução


"Anel de Luz "  (1965) de Roberto Morris


 
 
Carl Andre  (EUA , 1935) trabalha plasticidade, cor e textura.

                                                                                                                      Foto: Reprodução


"Still  Blue Range" (1989)  de Carl Andre

 
Isa Souza explicou o conceito de instalação que é usado em algumas obras minimalistas. “ É a utilização dos espaços de uma galeria para expor as obras de forma harmônica e com a criação de um novo ambiente. São usadas as paredes, o teto e outros espaços”, ressaltou.
Aprender sobre a Arte Minimalista é grandioso ao se ter a noção de com pouco é possível criar obras primorosas que devem ser contempladas pelo que são e não por conceituações ideológicas.
É óbvio que ao se analisar os produtos culturais do Minimalismo cada pessoa vai ter uma impressão e uma leitura sobre aquela criação. No entanto, é essa possibilidade que engrandece a criação artística e possibilita inúmeras reflexões.
A ideia Minimalista de que “o todo contém a parte e a parte contém o todo” é essencial para incentivar as mentes criativas a desenvolverem trabalhos com menos material, mas com simplicidade e originalidade.
                                             

Nenhum comentário:

Postar um comentário