Fernanda Fernandes Borges
O Minimalismo é uma corrente artística que
se destacou no início da década de 1960 em que há utilização de elementos
mínimos e básicos para a criação das obras. Há uma proposta de descartar tudo
que é desnecessário para alcançar a plenitude pessoal.
Esse
tema foi abordado na aula do dia 1 de junho do curso de História da Arte
Contemporânea da Fundação Clóvis Salgado, em Belo Horizonte.
Na
Arte Minimalista existe uma potencialização do vazio e uma crítica à cultura do
consumismo que substitui outros valores. “Quem perde tudo em uma guerra, tem
que aprender a viver com pouco”, disse a educadora Isa Souza.
O Minimalismo é aquilo que se vê, a arte é
feita com muita dedicação, mas com poucas formas e cores. Retira-se a religião,
a narrativa, o objeto, o pictórico, as pinceladas, dentre outros temas e
elementos.
Nessa
corrente artística, a simplicidade é presente nas criações em que o artista é o
projetor. Existe um diálogo entre a forma e cor que gera harmonia. A ideia
prevalece sobre a pintura. O projeto pode ser reproduzido ou apagado.
O
artista Frank
Stella (EUA, 1936) prima por um
trabalho com linhas e cores, intelectual por excelência. “É uma composição pura
da arte pela arte “, afirmou a professora Isa Souza.
Foto: Reprodução"Firuzabad" obra de Frank Stella de 1970 |
Donald Judd ( EUA 1928-1994) suas obras se integram com o espaço da galeria de modo simétrico e em
série.
Foto: ReproduçãoA arte de Donald Judd apresentada em série |
Nas
obras do artista norte- americano Dan Flavin ( 1933-1996) observa-se iluminação com um
padrão harmônico e linhas ritmadas. Há uma completude dentro do espaço.
Foto: Reprodução Obra de 1987 de Dan Flavin |
A
utilização de círculos, recortes simétricos são características das criações de
Robert Morris (EUA, 1931). A luz contrapõe
os elementos e perpassa por estruturas
de concreto.
Foto: Reprodução"Anel de Luz " (1965) de Roberto Morris |
Já Carl Andre (EUA , 1935) trabalha plasticidade, cor e
textura.
Foto: Reprodução"Still Blue Range" (1989) de Carl Andre |
Isa
Souza explicou o conceito de instalação que é usado em algumas obras
minimalistas. “ É a utilização dos espaços de uma galeria para expor as obras
de forma harmônica e com a criação de um novo ambiente. São usadas as paredes,
o teto e outros espaços”, ressaltou.
Aprender
sobre a Arte Minimalista é grandioso ao se ter a noção de com pouco é possível
criar obras primorosas que devem ser contempladas pelo que são e não por
conceituações ideológicas.
É
óbvio que ao se analisar os produtos culturais do Minimalismo cada
pessoa vai ter uma impressão e uma leitura sobre aquela criação. No entanto, é
essa possibilidade que engrandece a criação artística e possibilita inúmeras
reflexões.
A
ideia Minimalista de que “o todo contém
a parte e a parte contém o todo”
é essencial para incentivar as mentes criativas a desenvolverem trabalhos com
menos material, mas com simplicidade e originalidade.
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