Fernanda Fernandes Borges

Fernanda Fernandes Borges

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

O consumo de ovos é benéfico para a saúde



                                                                 Fernanda Fernandes Borges



O ovo é um alimento completo e rico em vitaminas e minerais,  indispensáveis para o bom funcionamento do organismo. Vários estudos recentes desmistificaram a fama de “vilão” que  esse alimento possuía, há algum tempo, por ser considerado responsável pelo aumento do colesterol. Atualmente, é recomendável que se consuma o ovo com moderação,  devido as suas inúmeras qualidades.

                                                                                                    Foto: Fernanda Fernandes Borges


O ovo é um alimento completo

 

Segundo uma pesquisa feita pela Escola de Saúde Pública de Harvard, nos Estados Unidos, o consumo de até sete ovos durante a semana quase não altera a taxa de colesterol de quem come. Além disso, o estudo mostrou que não há uma relação direta entre o consumo do alimento e da ocorrência de doenças cardíacas.

No entanto, para a pessoa que possui o colesterol elevado, o consumo deve-se limitar a três unidades por semana. Um ovo tem gordura na medida ideal. São cinco gramas de gordura, sendo apenas 1,5 gramas de gordura saturada. Uma unidade,  tem em média, 70 calorias. Além  disso, o alimento é o único que contém de forma natural a vitamina D.

De acordo com um artigo de pesquisadores da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, publicado em janeiro de 2014, o  consumo regular de ovos não aumenta a incidência de doenças cardiovasculares como o infarto e o derrame.


                                                                        Foto: Fernanda Fernandes Borges



O consumo de ovos não eleva a chance de uma pessoa ter infarto ou derrame

 

O estudo analisou 9.734 pessoas de 25 a 74 anos que foram acompanhadas durante décadas, até a divulgação desse resultado.

 

Conheça alguns benefícios do ovo para o organismo:

 

- O consumo diário é recomendável, porque o ovo é indispensável  para a saúde  dos olhos por prevenir a degeneração ocular e reduzir o risco de catarata,  devido ao conteúdo de carotenoides como a luteína a zeaxantina;

 

- Pode auxiliar na perda de peso, por ter uma proteína de alta qualidade (formada por aminoácidos essenciais, produzidos em nosso organismo)  que sacia a fome com mais facilidade e torna a digestão mais lenta, atrasando a sensação de fome;

 

- O ovo tem seis gramas de proteína de alta qualidade e todos os nove aminoácidos  essenciais;

 

- Possui substâncias antioxidantes como as vitaminas A, D, E e K, além de Selênio, Magnésio, Zinco, Ferro, Cálcio e Manganês que combatem o envelhecimento precoce das células, diminuindo o aparecimento de rugas e afastando doenças crônicas como a hipertensão;

 

- A gema do ovo é fonte de um nutriente chamado colina que integra o complexo B e contribui para a formação de novos neurônios. Em um ovo se encontram 126 miligramas de colina. O consumo diário pode afastar o risco de doenças degenerativas como o Parkinson e o Alzheimer;

 

- O ovo pode auxiliar na prevenção do câncer de mama;

 

- Como o alimento tem um alto teor de enxofre e grande variedade de vitaminas e minerais ajuda na beleza dos cabelos e das unhas;

 

- O ovo é indispensável por manter o corpo forte e a saúde  dos músculos;

 

- A presença da leucina, um aminoácido que compõe a proteína  da clara é responsável pelo crescimento e manutenção dos músculos;

 

- A clara do ovo não contém gordura e nem colesterol;

 

- A gema do ovo contém a maior parte de vitaminas e minerais;

 

Um estudo da University of Eastern Finland, publicado no American Journal of Clinic Nutrition, em 2015, mostrou que o consumo de ovo pode reduzir a chance de uma  pessoa ter diabetes do tipo 2. A ingestão  desse alimento pode promover um melhor equilíbrio da glicose e afastar o risco da doença.

A pesquisa foi realizada na Finlândia e analisou os hábitos alimentares de 2.332 homens com idade entre 42 e 60 anos, entre os anos de 1984 e 1989.

 Os homens que comiam quatro ovos por semana tiveram 37% menos chance de desenvolver diabetes, comparados com aqueles que consumiam o alimento,  apenas uma vez por semana.

O estudo também avaliou a prática de atividades físicas, o índice de massa corporal, se a pessoa fumava ou não e o consumo de frutas e verduras.

A melhor forma de consumir o ovo é cozido,  pois é menos calórico e não utiliza gordura. A fritura deve ser evitada, pois eleva o teor de gordura devido ao acréscimo de óleo para o procedimento.

Para conservar,  o ovo,  deve ser guardado na geladeira, em um recipiente fechado, de modo a evitar o contato com outros alimentos. Também não deve ser colocado na porta da geladeira, como muitas pessoas fazem, pois há um maior risco de quebras.

Antes do consumo, a pessoa  deve lavá-lo e verificar se não há rachaduras na casca, pois se houver o alimento pode estar contaminado com microrganismos.

É ótimo saber que um alimento simples, fácil de encontrar e de preparo rápido tem excelentes propriedades para o corpo humano. O consumo moderado deve ser feito e incentivado para que as pessoas tenham uma boa qualidade de vida.

                                                                                Foto: Fernanda Fernandes Borges

 

O ovo pode ser  encontrado em qualquer supermercado

 

Associar o consumo de ovos com a elevação do colesterol é uma tese antiga que já foi derrubada por muitos especialistas. No entanto, nunca se deve ingerir em excesso, não apenas esse alimento como qualquer outro, principalmente se a pessoa já estiver com o colesterol alto.

É preciso saber extrair o melhor dos alimentos sem cometer excessos. Cuidar da saúde e fazer exames periódicos é uma boa forma de ter uma vida tranquila.

 A consulta a um médico é indispensável para sanar as dúvidas e analisar a melhor forma de ingerir o ovo, um alimento completo,   que deve ser bem aproveitado nas refeições, juntamente com um estilo de vida mais ativo e menos sedentário.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Muitos casais brasileiros não querem ter filhos



Fernanda Fernandes Borges



A tendência mundial que aponta uma queda na taxa de fecundidade (número médio de filhos por mulheres, em idade fértil), também reflete no planejamento de muitos casamentos no Brasil. Segundo a Síntese de Indicadores Sociais (SIS) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no dia 4 de dezembro de 2015, os casais sem filhos em nosso país já representam 19,9% .

Foto: Fernanda Fernandes Borges

De acordo com a pesquisa, muitos casais brasileiros não desejam ter filhos

 

Em 2004,  esse tipo de família constituída apenas pelo marido e a esposa era de 14,7%,  a pesquisa atual que se refere ao ano de 2014, mostra que  aproximadamente 14 milhões de casais, não têm herdeiros.

O crescimento desse comportamento é ocasionado por distintos fatores como: maior ingresso da mulher no mercado de trabalho; adiamento da maternidade e do casamento; envelhecimento populacional; valorização da rotina do casal e preocupação com a vida profissional.

 Em relação ás regiões brasileiras o Sul é a que possui o maior número de casais sem filhos representando 23%, enquanto o Nordeste é a região que menos tem casais sem herdeiros com 17, 1%.

 O Norte é a localidade que mais possui famílias compostas por pai, mãe e filhos sendo 48%. Já o Sudeste tem a menor proporção de casais com filhos,  sendo apenas 44%.

A SIS ( Síntese de Indicadores Sociais) é uma publicação anual que reúne pesquisas do IBGE sobre as condições de vida da população brasileira como: renda, trabalho, demografia , família, educação e saúde.  Segundo o estudo a cada cinco casais brasileiros, um vive sem herdeiros.

Na última década a taxa de fecundidade caiu 18,6% no Brasil.  Em 2004, a taxa de fecundidade em nossa nação era de 2,14 filhos por mulher e em 2014 caiu para 1,74 filhos por mulher.

O Acre é o estado que tem a maior taxa com 2,52 filhos por mulher, já Santa Catarina e o Distrito Federal têm o menor índice com apenas 1,57 filhos por mulher.

Essa realidade contemporânea ilustra bem a preocupação de muitas pessoas em gerar um filho em uma sociedade  com a economia, o meio ambiente e a sociedade tão caóticos. Muitos casais tem esse discernimento e ficam receosos com a procriação de sua espécie.

A maternidade e a paternidade exigem uma dedicação ampla e precisam ser bem exercidas para que os filhos possam se tornar pessoas idôneas e capacitadas. Educar um filho é um desafio diário e requer a abdicação de vários desejos pessoais dos pais.

É fundamental que o casal ao decidir pela geração ou não de uma criança saiba o quem será melhor para o futuro do matrimônio e da família. Ter um filho apenas para satisfazer o desejo de outros é a pior escolha, se esse não é o sonho do marido e da mulher.

                                Foto: Fernanda Fernandes Borges

O casal deve pensar muito bem antes de ter um filho

                

Qualquer criança merece ser amada e cuidada por seus pais e por isso deve ser realmente desejada. O ideal da família com os descendentes, agora passa a existir de uma outra forma em que duas pessoas se unem apenas pelo simples desejo de estar juntas, sem a cobrança de herdeiros.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Dívida Pública Federal subiu mais de 20% em 2015


 
Fernanda Fernandes Borges


          No dia 25 de janeiro de 2016, o Tesouro Nacional divulgou  o valor que chegou a dívida pública do Brasil. Em 2015, o Governo Federal encerrou o ano com um endividamento de R$ 2,793 bilhões, um aumento de 21,7% em relação a 2014, o que representou R$ 498 bilhões  a mais.

                                                                           Foto: Reprodução



A dívida pública aumentou  R$ 498 bilhões em relação a 2014

         

         A Dívida Pública Federal (DPF) é a dívida contraída pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do Governo Federal, no qual se encontra o financiamento da própria dívida e serve também para realizar operações com finalidades específicas,  de acordo com a lei.

        Através da dívida pública o governo emite títulos para levantar recursos essenciais para honrar os compromissos. Em troca, o Tesouro compromete-se a devolver o total acrescido de uma correção que pode ser :  prefixada ou de acordo com a inflação;  a taxa Selic (taxa básica de juros da economia brasileira);  ou o câmbio.

       Em 2015, o Tesouro emitiu R$ 856 bilhões em Títulos Públicos e resgatou  apenas R$ 704 bilhões, o que resultou em uma diferença de R$ 152 bilhões.

       Os Títulos Públicos são ativos de renda fixa que têm o objetivo de captar recursos para o financiamento da dívida pública e financiar atividades do Governo Federal  como educação, saúde e infraestrutura.

                                                                                                                      Foto: Reprodução

Os Títulos financiam a dívida pública  e outras atividades

 

      As maiores detentoras de Títulos Públicos são as instituições financeiras que representam 25%. Em segundo lugar,  estão  os Fundos de Pensão (Entidades fechadas de cunho previdenciário)  que cresceram de 17,1% em 2014,  para 21,4% em 2015.

      Segundo o Tesouro, o governo fez emissões superiores á necessidade de financiamento,  para enxugar o excesso de dinheiro em circulação na economia e combater a inflação.

       Houve a ampliação do colchão da dívida para níveis próximos a seis meses de vencimento contra os três meses, registrados até 2014. O colchão da dívida representa o estoque de títulos que o governo reserva para honrar o vencimento dos títulos, caso ocorra alguma turbulência no mercado.

          De acordo com o ministro da Fazenda Nelson Barbosa, a justificativa para o crescimento da dívida no ano passado, é consequência da inflação indesejada e de debates políticos que travaram decisões  importantes .

       Segundo Barbosa, é preciso desvincular receitas da União, compatibilizar os programas e incentivos com a situação fiscal atual, já que a arrecadação tributária caiu em 2015. Ele também citou com urgência a necessidade das reformas da Previdência e a tributária.
                                

                                      
                                                                                              Foto: Reprodução


O ministro da Fazenda Nelson Barbosa citou a polarização política como um entrave ás reformas necessárias

 
 
 
            Outros motivos que levaram á elevação da dívida foram: o aumento da taxa Selic em 2,5 pontos percentuais em 2015 e a grande valorização do dólar. Foram pagos R$ 367,7 bilhões de juros no ano passado, o maior já registrado. O endividamento externo representa apenas 0,5% da Dívida Pública Federal.

               De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF), a dívida de 2016 deve ficar entre R$ 3,1 e R$ 3,3 trilhões.

          O crescimento da dívida pública é ruim para o país e pode afetar seriamente o investimento na educação, na saúde e em outros setores que já se encontram bastante limitados e precários no atendimento ao cidadão.

         É preciso menos discussões políticas inócuas e mais atitude na resolução dos problemas que persistem em atrasar as tão propagadas reformas na Previdência e também a tributária. A impressão que se tem é que sempre o país pagará juros extorsivos para uma dívida que parece ser infindável.

      A população não pode ser penalizada mais uma vez,  pela falta de competência de diversos políticos que ao invés de trabalharem,  ficam preocupados com o auxílio - moradia e suas regalias que apenas retardam o desenvolvimento de nosso país e mostra a falta de preparo de alguns de nossos representantes.

 

 

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Taxistas de São Paulo têm que se vestir de acordo com novas regras


                        

                                              Fernanda Fernandes Borges




Desde o dia 18 de janeiro de 2016,  já vigora,  no município de São Paulo,  uma série de regras definidas pelo Código de Conduta da Categoria dos Taxistas,  estipulado pela prefeitura. Há regulamentação sobre o modo de se vestir, o tipo de conversa com o passageiro e a oferta de carregadores para aparelhos eletrônicos e máquina de cartões.

                                                                                                   Foto: Fernanda Fernandes Borges

Os taxistas da cidade São Paulo têm novas regras a seguir. Será que em outras capitais haverá mudanças?

 

O novo visual do taxista de São Paulo deve ser traje social ou esporte fino. Além disso, a camisa deve estar sempre abotoada, os sapatos limpos e engraxados e o cinto afivelado.

                               Foto: Fernanda Fernandes Borges

O traje do motorista de ser social ou esporte fino


Quem optar pelo traje social deve se apresentar com: camisa, calça, sapato e cinto social, o blazer deve ser utilizado em dias frios. Já no traje esporte fino, o figurino deve ser : camisa social lisa com manga curta ou longa de cor única ou risca de giz; calça jeans com corte social liso de cores escuras; sapato social ou sapatênis.
 
 
                         Foto: Fernanda Fernandes Borges

O blazer é indicado para os dias frios


O motorista que conduz um táxi de luxo deve usar smoking ou terno com: camisa social manga longa,  gravata e sapato social. Para as mulheres, em todas as opções,  é indicado o tailleur.
 
                       Foto: Fernanda Fernandes Borges

O terno é indicado para os táxis de luxo

 

Se o taxista dirigir um veículo especial vermelho e branco deve usar: camisa social branca, gravata, calça social, sapato e cinto social.

                            Foto: Fernanda Fernandes Borges


A camisa branca deve ser usada por quem conduz táxis especiais

 

Em relação aos trajes é proibido vestir: camisa esportiva ou com estampas; bermudas; camiseta regata; shorts; calça esportiva e calça de moletom. Nos pés não podem ser usados: chinelos, tênis, sandálias e outros calçados semelhantes. Na cabeça não devem ser utilizados: gorros, bonés e capuz.
 
                                Foto: Fernanda Fernandes Borges

O uso de bermuda está proibido



                                                                  
                                                                  Foto: Fernanda Fernandes Borges

A camiseta esportiva não pode mais ser usada

 

 A nova conduta também abrange a higiene e o comportamento do motorista. O cabelo e a barba devem estar sempre arrumados e as unhas limpas. É fundamental evitar o uso de perfumes com a essência muito forte, além de outros odores provenientes do cigarro, do suor e de bebidas alcoólicas. É  indispensável ser educado com o passageiro e se mostrar solícito ás suas reivindicações.

O novo Código ainda sugere aos motoristas que evitem conversas sobre religião, política e esportes e outros temas polêmicos que possam suscitar algum tipo de conflito entre o motorista e o passageiro. As piadas ofensivas ou preconceituosas também estão proibidas.

Porém, poucos dias após a proibição das conversas sobre futebol, religião e política , o Departamento de Transportes Públicos (DTP) da Secretaria Municipal de Transportes (SMT) de São Paulo, voltou atrás e  retirou essa proibição.

É obrigatório que o taxista tenha em seu veículo carregadores para aparelhos eletrônicos como celulares, tablets, notebooks, dentre outros.  Além disso, ele tem que disponibilizar a máquina de cartões,  para o pagamento por meio desse dispositivo. Essas duas regras passam a valer a partir do dia 4 de março.

Fica a critério do taxista: oferecer água, papel toalha e suporte para transporte de bicicleta.

O veículo deve estar limpo por dentro e por fora. Deve estar vistoriado pelo Departamento de Transportes Públicos (DTP) e ter freios ABS e Air Bag. O ar condicionado é indispensável e deve ser ligado, sempre que o cliente solicitar.


                                                                                        Foto: Fernanda Fernandes Borges

O veículo deve estar sempre limpo e oferecer segurança aos passageiros

 

Essas novas determinações já foram publicadas no Departamento de Transportes Públicos (DTP),  em dezembro de 2015,  e as regras também já  estão no Diário Oficial do Município, desde o fim do ano passado. Os motoristas tiveram cerca de 30 dias para se adaptar a essa série de novas exigências.

A fiscalização desse novo Código de Conduta será feita pelo DTP e caso alguma exigência não seja cumprida a multa será de R$ 35,52. Os passageiros também podem avaliar o serviço prestado pelos taxistas,  por meio de aplicativos que serão usados para anotações no prontuário do motorista.

 O passageiro também pode reclamar, caso não esteja satisfeito com a conduta do taxista, no Departamento de Transportes Públicos (DTP), por e-mail, por telefone e até pelo whatsApp,  todos esses canais são disponibilizados pelo DTP.

As novas regras exigidas pela prefeitura de São Paulo têm alguns exageros. A principal conduta de um taxista deve ser sempre a gentileza com o passageiro e o bom estado de conservação do veículo. É claro que o traje deve ser discreto, mas exigir até o tipo de calça jeans,  excede um pouco o propósito.

                             Foto: Fernanda Fernandes Borges

O visual do taxista de São Paulo deve ser discreto

 

A exigência de carregadores para aparelhos eletrônicos também é dispensável. É preferível se ocupar com a limpeza do veículo e a forma como o taxista dirige a ofertar itens que nem sempre são essenciais a todos os passageiros.

Qualquer pessoa que utiliza um táxi deve ser tratada com respeito e cortesia. Também deve ser gentil com o motorista. O tipo de conversa nunca deve exceder o bom senso e não provocar discussões tolas e totalmente despropositais.

Atualmente, o que falta na maioria das pessoas é paciência e educação. Portanto, se quem conduz um táxi souber respeitar as personalidades  distintas e não se irritar com o trânsito caótico, ao qual está submetido diariamente,  já é um indício para uma boa relação entre passageiros e taxistas.

 

 

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Pesquisa aponta crescimento da inadimplência decorrente do desemprego


                                                            

                                                                Fernanda Fernandes Borges




Uma pesquisa denominada “Perfil do Inadimplente”,  realizada  presencialmente,  com 1.017 consumidores inadimplentes pela Boa Vista SCPC ( Serviço Central de Proteção ao Crédito) apontou que 41% dos entrevistadores citou a falta de emprego como a causa do não pagamento das dívidas, o maior índice,  desde o primeiro trimestre de 2012. Em 2014, no mesmo período analisado, o percentual era de 35%.



                                                                                                         Foto: Fernanda Fernandes Borges



A inadimplência leva muitas lojas a fecharem as portas ou a reduzirem o número de unidades

 

O estudo é aplicado trimestralmente em pessoas inadimplentes que possuem alguma dívida vencida,  não quitada,  registrada no banco de dados da Boa Vista SCPC. Essa última edição ouviu os consumidores entre os dia 23 de novembro e 2 de dezembro e se refere ao último trimestre do ano de 2015.

Os outros motivos que levaram á inadimplência foram: descontrole financeiro (23%); empréstimo de nome a terceiros (13%) e queda de renda (11%).

De acordo com a pesquisa, no que se refere á faixa etária,  os mais novos lideram no quesito de atraso das contas. O número de inadimplentes entre 26 e 35 anos representa 54%; já entre 36 e 45 anos há 47% com contas em atraso; e na faixa dos 46 aos 55 anos, o número cai para 30%.


                                                                                                  Foto: Fernanda Fernandes Borges


A pesquisa teve a participação de  consumidores de distintas faixas etárias

 

Entre as pessoas de menor renda,  o desemprego é mais citado como causa do atraso no pagamento das dívidas:

 

- Dos que recebem até 3 salários mínimos,  46% citam a falta de emprego;

 

-  Na faixa salarial entre 3 e 10 salários, 47% se justificam pela falta de ocupação;

 

-  Aqueles que recebem  acima de 10 salários, 36% mencionam o desemprego como causa dessa situação;

 

Em relação ao tipo de compra que mais gerou a inadimplência observa-se: carnê ou boleto 34%; cartão de crédito 28%; cheques 14%; empréstimo pessoal 12%; cartão de loja 7% e cheque especial 5%.

No que se refere ao valor da dívida: 31% devem até R$ 500,00; 51% têm uma dívida entre R$ 500,01 e R$ 5.00,00 e 18% têm contas acima de R$ 5.000,00.

 

Tipos de gastos que ocasionaram a inadimplência:

 

- Alimentação para 18%;

- Vestuário e calçados para 18%;

- Pagamento de contas diversas, apontado por 17%;

- Compra de móveis, eletrodomésticos e eletroeletrônicos citada por 16%;

 

Nível de endividamento:

- 32% se consideram muito  endividados;

- 32% estão mais ou menos endividados;

- 36% acha que estão pouco endividados;

 

Sobre as condições de pagamento: 81% dos entrevistados afirmam ter condições de pagar as dívidas, 11% dizem que podem saldar parte das dívidas e 8% declararam não ter condições de quitar as contas.

Apenas 21% dos entrevistados  pretendem fazer novas compras, quando regularizar a situação, ao passo que 78% não desejam fazer novas contas. 

Foto: Fernanda Fernandes Borges


Uma pequena porcentagem dos entrevistados pretendem voltar ás compras, após o pagamento das dívidas

 

A crescente taxa de desemprego no Brasil, nos últimos tempos, reflete no orçamento de muitas famílias, principalmente ente os mais jovens que muitas vezes gastam com as contas do dia a dia  e menos com bens considerados duráveis. Às vezes, pequenas dívidas decorrentes de itens essenciais geram a inadimplência.

A sensatez da maioria dos entrevistados em não querer realizar novas compras, após a regularização das dívidas,  foi um excelente dado e demonstra a maturidade de quem deseja gastar apenas aquilo que  pode e está dentro de sua renda.
                     
                         
                                                                                          Foto: Fernanda Fernandes Borges

As pessoas estão mais cautelosas quantos aos gastos


                          

É lamentável perceber o crescimento de inadimplentes e constatar que muitos estão se esforçando para sobreviver em meio á grande instabilidade política e econômica,   pela qual passa nosso país. Seria ótimo, se houvesse a geração de novos empregos que poderiam fomentar a economia e limpar o nome de muitas pessoas.

A prudência e o planejamento são os melhores aliados para conseguir superar a inadimplência. A criatividade para ganhar dinheiro, por meio de trabalhos informais também é uma das alternativas para sobreviver, diante de um cenário complicado e totalmente imprevisível que assola nossa nação.