Fernanda Fernandes Borges

Fernanda Fernandes Borges

terça-feira, 5 de junho de 2018

O cão pode ser um ótimo aliado contra os problemas cardiovasculares



                                                                 Fernanda Fernandes Borges




Um  cão sempre traz felicidade para o lar onde habita. É também um incentivo para se realizar atividades físicas como a caminhada, além de ser companhia para quem vive só. Um estudo sueco revelou que quem possui cachorro,  pode ter menores riscos de mortes ocasionadas por doenças cardiovasculares e por outras doenças fatais.



                                                                            Foto: Fernanda Fernandes Borges

Quem tem um cão pode ter menos chances de ter problemas cardiovasculares 




O estudo foi desenvolvido por pesquisadores suecos da Universidade de Uppsala, na Suécia, e foi publicado no dia 17 de novembro pela revista científica Nature.
Quem possui um cachorro pode reduzir o risco de ataques cardíacos e também a morte ocasionada por outras doenças graves. O animal é determinante contra o isolamento social e também um incentivo para atividades físicas de modo regular.

Durante 12 anos foram analisadas mais de 3,4 milhões de suecos na faixa etária de 40 a 80 anos, completados em 2001, sem indício prévio de problemas no coração.

             Os principais resultados foram :

- Quem tem um cachorro pode ter 33% menos risco de morte ocasionada por problemas cardiovasculares  e até 11% menos chance de ter um infarto,  comparado a quem não possui animais;

- A presença de um cão na vida de uma pessoa pode reduzir o risco de morte, por outros fatores,  em até 13,1%;

- Cães das raças pastor alemão, labradores, retrievers, terriers chamadas “cães de caça “ são indicados para quem deseja se manter mais ativo e longe dos problemas cardiovasculares, já que essas raças são mais ativas fisicamente e obrigam os seus donos a se exercitarem com mais freqüência;

- A presença de um cachorro em lar em que vive um idoso ou uma pessoa solteira, ainda é mais benéfica,   pois o animal passa a ser um companhia e também um estímulo para sair e interagir com outras pessoas;

Para chegar a essas conclusões,  foram utilizados 12 anos de histórico hospitalar desses pacientes. Na Suécia, cada pessoa tem um número de identidade exclusivo e toda visita a um hospital é registrada em bases de dados nacionais que foram acessadas pelos pesquisadores.
Os estudiosos ao terem contatos com os dados desses pacientes avaliaram se existia alguma associação entre ter um cão e o diagnóstico posterior de alguma doença cardiovascular ou a morte por qualquer causa.
Desde 2001 na Suécia, há um sistema de identificação de cães, em que cada animal tem um identificador único que pode ser uma tatuagem na orelha ou um chip subcutâneo, registrado no Conselho de Agricultura do país.
Dessa forma,  foi possível cruzar as informações dos cachorros com as dados de seus donos e verificar as causas de morte dos indivíduos.
Ter um cachorro no ambiente doméstico é um privilégio, pois a presença do animal desperta ótimos sentimentos em quem convive com ele, além de representar um estímulo para que as pessoas se cuidem mais e passem a se exercitar, ao levá-lo para passear.



                                                                  Foto: Fernanda Fernandes Borges

O cachorro é um incentivo para o dono sair mais de casa 

                   

Um cão é também uma ótima companhia para quem vive só. As brincadeiras vivenciadas no cotidiano e a procura do lazer com o pet em parques e nas praças,   pode ser uma ótima forma de fazer novas amizades com quem também tem um animalzinho.
A pesquisa serve para alertar as pessoas sobre a importância de se viver bem, através de hábitos saudáveis que podem ser incentivados pela presença dos cães e também pelo bom  sentimento de compartilhar belos  momentos na convivência entre os homens  e os animais.




sexta-feira, 1 de junho de 2018

Dia da Imprensa


                                                                       

                                                                           Fernanda Fernandes Borges




                                             

                                            Assistam :

                                 Vídeo produzido por Célia Fernandes Borges





                                                                                            Foto : Fernanda Fernandes Borges

A Imprensa Brasileira deve produzir conteúdos de interesse da população 








domingo, 27 de maio de 2018

Aumenta a pena para quem dirige embriagado e causa acidentes com vítimas




                                                         Fernanda Fernandes Borges




A Lei 13.546 / 2017 entrou em vigor em 19 de abril e aumentou as penas mínimas e máximas para quem conduzir veículo automotor e provocar acidentes de trânsito,  sob o efeito de álcool ou outras drogas, que resultem em mortes ou lesão corporal grave ou gravíssima.


                                                                                               Foto: Fernanda Fernandes Borges

As penas aumentaram para quem estiver bêbado e  provocar acidentes  com vítimas 


A nova Lei foi sancionada em dezembro pelo presidente Michel Temer e modificou artigos e outros dispositivos do Código Brasileiro de Trânsito (CBT Lei 9.503 / 1997).
Anteriormente, o motorista que cometesse homicídio culposo ( quando não há a intenção de matar),  estando alcoolizado ou sob efeito de alguma droga,  a pena prevista era de 2 a 5 anos.
Agora,  a pena aumentou e varia de 5 a 8 anos de prisão. A Lei também proíbe o motorista de obter permissão ou habilitação para dirigir novamente.
No caso de lesão corporal grave ou gravíssima, a pena de prisão era de seis meses a 2 anos. Agora, foi ampliada para a reclusão de 2 a 5 anos, incluindo a possibilidade da suspensão do direito de dirigir.
A Lei 13.546 / 2017 também qualifica como crime de trânsito as manobras agressivas, a participação em corridas em vias públicas, conhecidas como rachas ou pegas.



                                                                                                   Foto: Fernanda Fernandes Borges

As manobras arriscadas como rachas e pegas agora são consideradas crimes de trânsito 


Quem for pego em uma dessas situações, tem que pagar uma multa de R$ 2.934,70, a habilitação é suspensa e pode pegar de seis meses a 3 anos de prisão.
Se houver pessoas feridas de forma grave,  em decorrência dessas práticas, a pena aumenta e varia de  3 a 6 anos. Se houver vítimas fatais,  a reclusão pode variar de 5 a 10 anos.
Em relação ao bafômetro,  nada muda,  se houve acidentes de trânsito ou não. O motorista que é pego dirigindo embriagado paga uma multa de R$ 2.934,70, além de ter a carteira de habilitação suspensa por 1 ano. A punição é a mesma para quem se recusa a fazer o teste do bafômetro.
Com a nova legislação em vigor, o delegado não pode mais determinar  a fiança nos casos dos motoristas bêbados que provocam acidentes com vítimas, porque a lei permite o pagamento de fiança para crimes com pena máxima de 4 anos.
Apenas um juiz poderá decidir pela liberdade ou não do indivíduo, através de habeas corpus, pedido de liberdade provisória ou relaxamento de prisão.
Há a possibilidade de converter a pena de prisão em pagamento de cestas básicas ou trabalho comunitário, porque o crime continua sendo considerado culposo ( sem a intenção de matar) pelo Código Brasileiro de Trânsito.
A nova Lei precisa de uma fiscalização rígida para que tenha eficácia e possa reduzir os graves acidentes,  provocados por motoristas irresponsáveis,  que insistem em dirigir e conduzir seus veículos pelas ruas sem temer por sua vida e pela dos demais cidadãos.


                                                                                         Foto: Fernanda Fernandes Borges

Quem dirige deve respeitar sempre as leis 


É preciso realizar muitas campanhas educativas, para que a população se conscientize da importância de se respeitar as leis de trânsito, assim como o direito de ir e vir dos pedestres e também dos motoristas,   em seus veículos,  de modo seguro.
Quem dirige deve ter a percepção de que álcool e outras  drogas jamais devem ser consumidos, antes de se  conduzir um veículo, pois as conseqüências podem ser muito drásticas tanto para o motorista, quanto para as vítimas,  devido à imprudência.



domingo, 20 de maio de 2018

A importância do hábito de estudar

                             

                                                                      Fernanda Fernandes Borges




A criança em seus primeiros anos de vida deve ter contato com atividades pedagógicas que incentivem o seu aprendizado e a estimule a gostar de buscar novos conhecimentos sempre. O estudo é um hábito que deve ser incentivado pelos pais, essencial para o crescimento de qualquer ser humano.


                                                                                            Foto: Fernanda Fernandes Borges

As crianças devem ter gosto pelo estudo desde cedo 


Quando o filho é pequeno os pais podem ler livros, comprar materiais de pintura que estimulem a criatividade e incluir na rotina dos filhos atividades que visem estimular o desenvolvimento intelectual.
O aprendizado de um novo idioma também é importante para criar o hábito de estudar. O contato com uma cultura diferente incentiva a descobrir novos conhecimentos e também a criar objetivos ao longo da vida.
O estudante já alfabetizado deve sempre ser acompanhado pelos pais no cumprimento das tarefas de casa. É necessário criar uma rotina de estudos diários,   para que o aluno desenvolva os seus potenciais e possa contar com ajuda em alguma atividade mais complexa.
Quando um aluno vai passar por provas escolares, deve estudar antes o conteúdo a ser abordado nas avaliações, para que não fique ansioso e nem sobrecarregado com muitas matérias.


                                                                                              Foto: Fernanda Fernandes Borges

É necessário estar bem preparado para os exames escolares


O professor deve ser compreensivo com os alunos e sempre mostrá-los por meio de exemplos práticos a importância de se adquirir novos conhecimentos através do estudo.
Deve conhecer bem os seus estudantes e promover debates e trabalhos em sala de aula,  para reconhecer os pontos fracos e fortes de cada aluno, para poder auxiliá-los a desenvolver as suas qualidades intelectuais.
O estudo é imprescindível durante toda a vida,  desde o período escolar, passando pela vida acadêmica e sendo recorrente durante toda a vida produtiva do ser humano, já que estamos aprendendo sempre e necessitamos de novos conhecimentos.
É importante ter metas, organizar o tempo de estudo, não ficar com a TV ligada e nem acessar redes sociais, para se ter um bom desempenho no aprendizado.
A importância de estudar está na necessidade que o ser humano tem de ser valorizado na sociedade em que vive e ter a liberdade de escolher uma profissão na área em que mais lhe agrada, tendo a possibilidade de ser um excelente profissional.
A educação é o setor mais importante para o aprimoramento intelectual e deve ser valorizada, para que as pessoas  tenham o prazer de aprender sempre e repassar os seus conhecimentos de modo eficaz.

Ter o hábito de estudar é valorizar a si próprio e ter a consciência de que qualquer objetivo pode ser atingido, através de persistência e da busca incessante pelo saber que impulsiona qualquer pessoa rumo ao sucesso. 

domingo, 13 de maio de 2018

Dia das Mães 2018


                               

                                                        Fernanda Fernandes Borges




           Felicidades às mães !


                                            Assistam :



Vídeo produzido pela jornalista Fernanda Fernandes Borges




Foto: Fernanda Fernandes Borges


A jornalista Fernanda Fernandes Borges e sua bela mãe Célia Fernandes Borges





sexta-feira, 11 de maio de 2018

Dia Mundial das Comunicações Sociais será comemorado em 13 de maio




                                                      Fernanda Fernandes Borges




O Dia Mundial das Comunicações Sociais é a única data mundial estabelecida pelo Concílio Vaticano II. A data é celebrada em muitos países no domingo que precede a Solenidade de Pentecostes e em 2018 será no dia 13 de maio. O tema do 52º Dia Mundial das Comunicações Sociais escolhido pelo Papa Francisco é “A verdade vos tornará livres” (Jo 8,32). Fake News  e jornalismo de paz”.

                                                                                                  Foto: Célia Fernandes Borges

As Comunicações Sociais devem promover a disseminação de informações reais 


 Ao abordar a temática das Fake News, notícias falsas que se espalham principalmente pelos meios digitais,  a Igreja tem o objetivo de propor reflexões sobre as causas, lógicas e consequências da desinformação nas mídias.
As notícias falsas são informações infundadas que disseminam uma forte polarização de opiniões e geram muitas dúvidas nas pessoas sobre como devem se posicionar diante de um fato.
A Igreja tem o objetivo de auxiliar na promoção de um jornalismo da paz que promova a compreensão entre as pessoas e não seja motivo para discórdias que servem apenas para despertar ódio entre quem pensa de modo divergente.
A temática abordada este ano tem a intenção de alertar os usuários de redes sociais sobre a necessidade de ter o senso crítico apurado e não acreditarem de imediato em tudo que leem e recebem  pela internet.
As Fake News são um problema recorrente na atualidade, em que  muitas pessoas são levadas a acreditar em mentiras que podem ser extremamente prejudiciais,  tanto para o receptor,  quanto para a vítima desses boatos falsos.
A Igreja ao discutir esse tema tem um papel de extrema importância,  ao auxiliar a população a investigar melhor o conteúdo recebido e ter melhor noção da veracidade das informações que circulam na internet e nas redes sociais.
O senso crítico deve ser muito bem trabalhado para que as pessoas não sejam manipuladas pelas informações falsas e nem contribuam para esse processo que é extremamente prejudicial às comunicações sociais.
O Papa Francisco  divulgou uma mensagem no dia 24 de janeiro,  data em que é comemorado o dia de São Francisco de Sales, padroeiro dos jornalistas, sobre o tema do Dia Mundial das Comunicações Sociais.
             
                    Leiam:

MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO
PARA O LII DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS

Tema: «"A verdade vos tornará livres” (Jo 8, 32).
Fake news e jornalismo de paz»
[13 de maio de 2018]

Queridos irmãos e irmãs!
No projeto de Deus, a comunicação humana é uma modalidade essencial para viver a comunhão. Imagem e semelhança do Criador, o ser humano é capaz de expressar e compartilhar o verdadeiro, o bom e o belo. É capaz de narrar a sua própria experiência e o mundo, construindo assim a memória e a compreensão dos acontecimentos. Mas, se orgulhosamente seguir o seu egoísmo, o homem pode usar de modo distorcido a própria faculdade de comunicar, como o atestam, já nos primórdios, os episódios bíblicos dos irmãos Caim e Abel e da Torre de Babel (cf. Gn 4, 1-16; 11, 1-9). Sintoma típico de tal distorção é a alteração da verdade, tanto no plano individual como no coletivo. Se, pelo contrário, se mantiver fiel ao projeto de Deus, a comunicação torna-se lugar para exprimir a própria responsabilidade na busca da verdade e na construção do bem. Hoje, no contexto duma comunicação cada vez mais rápida e dentro dum sistema digital, assistimos ao fenómeno das «notícias falsas», as chamadas fake news: isto convida-nos a refletir, sugerindo-me dedicar esta Mensagem ao tema da verdade, como aliás já mais vezes o fizeram os meus predecessores a começar por Paulo VI (cf. Mensagem de 1972: «Os instrumentos de comunicação social ao serviço da Verdade»). Gostaria, assim, de contribuir para o esforço comum de prevenir a difusão das notícias falsas e para redescobrir o valor da profissão jornalística e a responsabilidade pessoal de cada um na comunicação da verdade.
1. Que há de falso nas «notícias falsas»?
A expressão fake news é objeto de discussão e debate. Geralmente diz respeito à desinformação transmitida on-line ou nos mass-media tradicionais. Assim, a referida expressão alude a informações infundadas, baseadas em dados inexistentes ou distorcidos, tendentes a enganar e até manipular o destinatário. A sua divulgação pode visar objetivos prefixados, influenciar opções políticas e favorecer lucros económicos.
A eficácia das fake news fica-se a dever, em primeiro lugar, à sua natureza mimética, ou seja, à capacidade de se apresentar como plausíveis. Falsas mas verosímeis, tais notícias são capciosas, no sentido que se mostram hábeis a capturar a atenção dos destinatários, apoiando-se sobre estereótipos e preconceitos generalizados no seio dum certo tecido social, explorando emoções imediatas e fáceis de suscitar como a ansiedade, o desprezo, a ira e a frustração. A sua difusão pode contar com um uso manipulador das redes sociais e das lógicas que subjazem ao seu funcionamento: assim os conteúdos, embora desprovidos de fundamento, ganham tal visibilidade que os próprios desmentidos categorizados dificilmente conseguem circunscrever os seus danos.
A dificuldade em desvendar e erradicar as fake news é devida também ao facto de as pessoas interagirem muitas vezes dentro de ambientes digitais homogéneos e impermeáveis a perspetivas e opiniões divergentes. Esta lógica da desinformação tem êxito, porque, em vez de haver um confronto sadio com outras fontes de informação (que poderia colocar positivamente em discussão os preconceitos e abrir para um diálogo construtivo), corre-se o risco de se tornar atores involuntários na difusão de opiniões tendenciosas e infundadas. O drama da desinformação é o descrédito do outro, a sua representação como inimigo, chegando-se a uma demonização que pode fomentar conflitos. Deste modo, as notícias falsas revelam a presença de atitudes simultaneamente intolerantes e hipersensíveis, cujo único resultado é o risco de se dilatar a arrogância e o ódio. É a isto que leva, em última análise, a falsidade.
2. Como podemos reconhecê-las?
Nenhum de nós se pode eximir da responsabilidade de contrastar estas falsidades. Não é tarefa fácil, porque a desinformação se baseia muitas vezes sobre discursos variegados, deliberadamente evasivos e subtilmente enganadores, valendo-se por vezes de mecanismos refinados. Por isso, são louváveis as iniciativas educativas que permitem apreender como ler e avaliar o contexto comunicativo, ensinando a não ser divulgadores inconscientes de desinformação, mas atores do seu desvendamento. Igualmente louváveis são as iniciativas institucionais e jurídicas empenhadas na definição de normativas que visam circunscrever o fenómeno, e ainda iniciativas, como as empreendidas pelas tech e media company, idóneas para definir novos critérios capazes de verificar as identidades pessoais que se escondem por detrás de milhões de perfis digitais.
Mas a prevenção e identificação dos mecanismos da desinformação requerem também um discernimento profundo e cuidadoso. Com efeito, é preciso desmascarar uma lógica, que se poderia definir como a «lógica da serpente», capaz de se camuflar e morder em qualquer lugar. Trata-se da estratégia utilizada pela serpente – «o mais astuto de todos os animais», como diz o livro do Génesis (cf. 3, 1-15) – a qual se tornou, nos primórdios da humanidade, artífice da primeira fake news, que levou às trágicas consequências do pecado, concretizadas depois no primeiro fratricídio (cf. Gn 4) e em inúmeras outras formas de mal contra Deus, o próximo, a sociedade e a criação. A estratégia deste habilidoso «pai da mentira» (Jo 8, 44) é precisamente a mimese, uma rastejante e perigosa sedução que abre caminho no coração do homem com argumentações falsas e aliciantes. De facto, na narração do pecado original, o tentador aproxima-se da mulher, fingindo ser seu amigo e interessar-se pelo seu bem. Começa o diálogo com uma afirmação verdadeira, mas só em parte: «É verdade ter-vos Deus proibido comer o fruto de alguma árvore do jardim?» (Gn 3, 1). Na realidade, o que Deus dissera a Adão não foi que não comesse de nenhuma árvore, mas apenas de uma árvore: «Não comas o [fruto] da árvore do conhecimento do bem e do mal» (Gn 2, 17). Retorquindo, a mulher explica isso mesmo à serpente, mas deixa-se atrair pela sua provocação: «Podemos comer o fruto das árvores do jardim; mas, quanto ao fruto da árvore que está no meio do jardim, Deus disse: “Nunca o deveis comer nem sequer tocar nele, pois, se o fizerdes, morrereis”» (Gn3, 2-3). Esta resposta tem sabor a legalismo e pessimismo: dando crédito ao falsário e deixando-se atrair pela sua apresentação dos factos, a mulher extravia-se. Em primeiro lugar, dá ouvidos à sua réplica tranquilizadora: «Não, não morrereis»(3, 4). Depois a argumentação do tentador assume uma aparência credível: «Deus sabe que, no dia em que comerdes [desse fruto], abrir-se-ão os vossos olhos e sereis como Deus, ficareis a conhecer o bem e o mal»(3, 5). Enfim, ela chega a desconfiar da recomendação paterna de Deus, que tinha em vista o seu bem, para seguir o aliciamento sedutor do inimigo: «Vendo a mulher que o fruto devia ser bom para comer, pois era de atraente aspeto (…) agarrou do fruto, comeu»(3, 6). Este episódio bíblico revela assim um facto essencial para o nosso tema: nenhuma desinformação é inofensiva; antes pelo contrário, fiar-se daquilo que é falso produz consequências nefastas. Mesmo uma distorção da verdade aparentemente leve pode ter efeitos perigosos.
De facto, está em jogo a nossa avidez. As fake news tornam-se frequentemente virais, ou seja, propagam-se com grande rapidez e de forma dificilmente controlável, não tanto pela lógica de partilha que carateriza os meios de comunicação social como sobretudo pelo fascínio que detêm sobre a avidez insaciável que facilmente se acende no ser humano. As próprias motivações económicas e oportunistas da desinformação têm a sua raiz na sede de poder, ter e gozar, que, em última instância, nos torna vítimas de um embuste muito mais trágico do que cada uma das suas manifestações: o embuste do mal, que se move de falsidade em falsidade para nos roubar a liberdade do coração. Por isso mesmo, educar para a verdade significa ensinar a discernir, a avaliar e ponderar os desejos e as inclinações que se movem dentro de nós, para não nos encontrarmos despojados do bem «mordendo a isca» em cada tentação.
3. «A verdade vos tornará livres» (Jo 8, 32)
De facto, a contaminação contínua por uma linguagem enganadora acaba por ofuscar o íntimo da pessoa. Dostoevskij deixou escrito algo de notável neste sentido: «Quem mente a si mesmo e escuta as próprias mentiras, chega a pontos de já não poder distinguir a verdade dentro de si mesmo nem ao seu redor, e assim começa a deixar de ter estima de si mesmo e dos outros. Depois, dado que já não tem estima de ninguém, cessa também de amar, e então na falta de amor, para se sentir ocupado e distrair, abandona-se às paixões e aos prazeres triviais e, por culpa dos seus vícios, torna-se como uma besta; e tudo isso deriva do mentir contínuo aos outros e a si mesmo» (Os irmãos Karamazov, II, 2).
E então como defender-nos? O antídoto mais radical ao vírus da falsidade é deixar-se purificar pela verdade. Na visão cristã, a verdade não é uma realidade apenas conceptual, que diz respeito ao juízo sobre as coisas, definindo-as verdadeiras ou falsas. A verdade não é apenas trazer à luz coisas obscuras, «desvendar a realidade», como faz pensar o termo que a designa em grego:aletheia, de a-lethès, «não escondido». A verdade tem a ver com a vida inteira. Na Bíblia, reúne os significados de apoio, solidez, confiança, como sugere a raiz ‘aman (daqui provém o próprio Amen litúrgico). A verdade é aquilo sobre o qual nos podemos apoiar para não cair. Neste sentido relacional, o único verdadeiramente fiável e digno de confiança sobre o qual se pode contar, ou seja, o único «verdadeiro» é o Deus vivo. Eis a afirmação de Jesus: «Eu sou a verdade» (Jo 14, 6). Sendo assim, o homem descobre sempre mais a verdade, quando a experimenta em si mesmo como fidelidade e fiabilidade de quem o ama. Só isto liberta o homem: «A verdade vos tornará livres»(Jo 8, 32).
Libertação da falsidade e busca do relacionamento: eis aqui os dois ingredientes que não podem faltar, para que as nossas palavras e os nossos gestos sejam verdadeiros, autênticos e fiáveis. Para discernir a verdade, é preciso examinar aquilo que favorece a comunhão e promove o bem e aquilo que, ao invés, tende a isolar, dividir e contrapor. Por isso, a verdade não se alcança autenticamente quando é imposta como algo de extrínseco e impessoal; mas brota de relações livres entre as pessoas, na escuta recíproca. Além disso, não se acaba jamais de procurar a verdade, porque algo de falso sempre se pode insinuar, mesmo ao dizer coisas verdadeiras. De facto, uma argumentação impecável pode basear-se em factos inegáveis, mas, se for usada para ferir o outro e desacreditá-lo à vista alheia, por mais justa que apareça, não é habitada pela verdade. A partir dos frutos, podemos distinguir a verdade dos vários enunciados: se suscitam polémica, fomentam divisões, infundem resignação ou se, em vez disso, levam a uma reflexão consciente e madura, ao diálogo construtivo, a uma profícua atividade.
4. A paz é a verdadeira  notícia
O melhor antídoto contra as falsidades não são as estratégias, mas as pessoas: pessoas que, livres da ambição, estão prontas a ouvir e, através da fadiga dum diálogo sincero, deixam emergir a verdade; pessoas que, atraídas pelo bem, se mostram responsáveis no uso da linguagem. Se a via de saída da difusão da desinformação é a responsabilidade, particularmente envolvido está quem, por profissão, é obrigado a ser responsável ao informar, ou seja, o jornalista, guardião das notícias. No mundo atual, ele não desempenha apenas uma profissão, mas uma verdadeira e própria missão. No meio do frenesim das notícias e na voragem dos scoop, tem o dever de lembrar que, no centro da notícia, não estão a velocidade em comunicá-la nem o impacto sobre a audience, mas as pessoas. Informar é formar, é lidar com a vida das pessoas. Por isso, a precisão das fontes e a custódia da comunicação são verdadeiros e próprios processos de desenvolvimento do bem, que geram confiança e abrem vias de comunhão e de paz.
Por isso desejo convidar a que se promova um jornalismo de paz, sem entender, com esta expressão, um jornalismo «bonzinho», que negue a existência de problemas graves e assuma tons melífluos. Pelo contrário, penso num jornalismo sem fingimentos, hostil às falsidades, a slogans sensacionais e a declarações bombásticas; um jornalismo feito por pessoas para as pessoas e considerado como serviço a todas as pessoas, especialmente àquelas – e no mundo, são a maioria – que não têm voz; um jornalismo que não se limite a queimar notícias, mas se comprometa na busca das causas reais dos conflitos, para favorecer a sua compreensão das raízes e a sua superação através do aviamento de processos virtuosos; um jornalismo empenhado a indicar soluções alternativas às escalation do clamor e da violência verbal.
Por isso, inspirando-nos numa conhecida oração franciscana, poderemos dirigir-nos, à Verdade em pessoa, nestes termos:
Senhor, fazei de nós instrumentos da vossa paz.
Fazei-nos reconhecer o mal que se insinua em uma comunicação que não
cria comunhão.
Tornai-nos capazes de tirar o veneno dos nossos juízos.
Ajudai-nos a falar dos outros como de irmãos e irmãs.
Vós sois fiel e digno de confiança;
fazei que as nossas palavras sejam sementes de bem para o mundo:
onde houver rumor, fazei que pratiquemos a escuta;
onde houver confusão, fazei que inspiremos harmonia;
onde houver ambiguidade, fazei que levemos clareza;
onde houver exclusão, fazei que levemos partilha;
onde houver sensacionalismo, fazei que usemos sobriedade;
onde houver superficialidade, fazei que ponhamos interrogativos
verdadeiros;
onde houver preconceitos, fazei que despertemos confiança;
onde houver agressividade, fazei que levemos respeito;
onde houver falsidade, fazei que levemos verdade.
Amen.
Vaticano, 24 de janeiro – Memória de São Francisco de Sales – do ano de 2018.
Franciscus


quarta-feira, 9 de maio de 2018

Inscrições para o Enem acontecem até o dia 18 de maio


                            

                                          Fernanda Fernandes Borges




O candidato que deseja realizar  o Exame Nacional do Ensino Médio  (Enem )  em 2018 já pode se inscrever na Página do Participante desde o último  dia 7. O prazo termina em 18 de maio e mesmo os candidatos que foram contemplados com a isenção da taxa têm que realizar a inscrição.


                                                                                                 Foto: Fernanda Fernandes Borges

Quem deseja fazer o Enem 2018 já pode se inscrever 


A taxa de inscrição deste ano é de R$ 82,00 e esse valor pode ser pago até o dia 23 de maio em agências bancárias, casas lotéricas e nas agências dos correios.
As provas do Enem 2018 acontecem em dois domingos, sendo nos dias 4 e 11 de novembro. A abertura dos portões ocorre às 12 h e o fechamento às 13 h. As provas têm início às 13h30.
Em 2018, no primeiro dia,  os candidatos realizam provas de Redação, Ciências Humanas e Linguagens  em cinco horas e meia.
No segundo dia,  uma novidade que pode ser bem aproveitada pelos candidatos. Para realizar as provas de Ciências da Natureza e Matemática,  os estudantes ganham mais meia hora e o total de duração desses exames passa a ser de cinco horas, ao invés de quatro horas e meia, como era anteriormente.
Para fazer a inscrição o candidato deve acessar o site do Enem  e apresentar o número do CPF (Cadastro de Pessoa Física )  e do  documento de identidade e criar uma senha.
No momento da inscrição, o candidato deve informar um endereço de e-mail válido e um número de telefone fixo ou celular,  para que possa receber informações sobre o exame.
O estudante também deve indicar o município em quem deseja fazer a prova e escolher a língua estrangeira (inglês ou espanhol) que deseja realizar o exame.
Caso, a pessoa tenha algum tipo de necessidade de atendimento especializado ou específico, deve fazer essa solicitação no momento em que realizar a inscrição.
Outras informações podem ser obtidas, acessando o site:

                     https://enem.inep.gov.br


O Enem é uma prova que exige muito conhecimento e bom preparo físico de seus candidatos. Quem for realizar as provas,  deve manter a tranquilidade no dia e chegar antecipadamente no local do exame.

                                                                                Foto: MEC 

O candidato deve ficar atento às datas 


A oportunidade de ingressar no ensino superior através do Enem deve ser bem aproveitada por pessoas que desejam se formar e ingressar no mercado de trabalho, através de profissões em que as habilidades pessoais podem ser bem aproveitadas.
Ter uma carreira de sucesso depende da capacidade de concentração para os estudos e do engajamento para realizar um trabalho que seja bem avaliado por todos e possa trazer uma  grande realização pessoal.