Fernanda Fernandes Borges

Fernanda Fernandes Borges

domingo, 19 de fevereiro de 2017

Carnaval uma festa popular que remete à Antiguidade

                    

                                                    Fernanda Fernandes Borges



A origem do Carnaval  está na  Antiguidade,  posteriormente os festejos passaram a ser incluídos no calendário da Igreja Católica. No Brasil, a festa teve origem com a chegada dos portugueses e sofreu diversas transformações até ser considerada uma comemoração popular que reúne diversidade, luxo e alegria em milhares de cidades,  todos os anos.


                                Foto: Arquivo pessoal

A jornalista Fernanda Fernandes Borges brincando o caranval quando criança 


Na Era Antiga, há milhares de anos, hebreus, romanos e gregos realizavam festejos repletos de comidas e bebidas para comemorar as colheitas e agradecer as divindades. Geralmente, as festas aconteciam em novembro e dezembro.
Na Idade Média, a Igreja colocou o Carnaval em seu calendário e a comemoração passou a  ocorrer  alguns dias,  antes da Quaresma que significa 40 dias,  destinados às reflexões, aos jejuns e ao modo de viver dos Cristãos.
Os bailes de máscaras são oriundos da nobreza italiana e se destacaram,  a partir do século XIII.
No século XIX, as máscaras e fantasias de tornaram populares em toda a Europa e merecem destaque personagens como Pierrô, Arlequim e Colombina da  Commedia Dell’Arte Italiana.
O Carnaval chegou ao Brasil junto com os portugueses, no período da colonização.  O Entrudo é uma festa de origem portuguesa  e foi  praticada pelos escravos, no século XVII,  nas ruas do Brasil. Eles pintavam os rostos e faziam guerras de água, farinhas e limões de cheiro.
As famílias brancas e ricas festejavam o Carnaval em suas casas, longe das ruas. No século XIX, os carnavais em salões,  com bailes suntuosos,  começaram  a surgir no Brasil, com inspiração nas festas europeias.
Ainda no século XIX, a prática do Entrudo  foi  proibida, pois passou a ser considerada negativa, criminosa e atrasada.
 Na segunda metade do século XIX, surgiram os desfiles de alegorias e os bailes carnavalescos. Também aconteceram as criações de cordões semelhantes a procissões religiosas com capoeira e a figura dos Zé Pereiras que são tocadores de grandes bumbos.
Na passagem do século XIX para o século XX, na Bahia, surgem os afoxés para relembrar as tradições culturais africanas. No mesmo período,  nasce o Frevo , em Recife e o Maracatu,  na cidade de Olinda.
Merecem destaque os ranchos que eram cortejos praticados, principalmente por pessoas de origem rural.
A compositora Chiquinha Gonzaga criou a primeira marchinha  Ó  Abre Alas,  em 1899,  para o bloco carnavalesco Rosa de Ouro. Na década de 1910, surgiu o samba Pelo Telefone dos autores Donga e Mauro de Almeida.
Entre 1910 e 1930,  surgiram os desfiles de corsos, carros conversíveis da elite carioca, na Avenida Central, atual Avenida Rio Branco, no Rio de Janeiro.
Na década de 1920, há a popularização de sambas e marchinhas dos compositores Braguinha, Haroldo e Lamartine Babo. As Escolas de Samba também surgiram nessa década e realizaram a primeira disputa em 1929.
Em 1950, na cidade de Salvador, foi criado o trio elétrico pelos artistas Dodô e Osmar.
Em 1984, o Sambódromo  da Marquês de Sapucaí, também conhecido como Sambódromo do Rio de Janeiro e oficialmente denominado Passarela Professor Darcy Ribeiro foi inaugurado pelo governador  da época Leonel Brizola.
As escolas de samba do Rio de Janeiro passaram a  ter um local próprio,  para exibir um carnaval luxuoso,  que continua sendo  bastante rentável para a economia da cidade .
Conhecer a história do Carnaval no mundo e no Brasil é uma experiência cultural, extremamente relevante, para compreender a dimensão dessa festa na vida das pessoas. O festejo carnavalesco é algo que nunca deixará de existir, pois é a alegria de celebrar a vida.
Geralmente, em nosso país, a festa é oficialmente comemorada entre os meses de fevereiro e março e acontece durante quatro dias. Esse festejo  popular deve sempre ocorrer com responsabilidade e sem excessos, para que todos possam se alegrar de modo harmônico e sem qualquer tipo de violência.
O Carnaval é a festa do povo. Não importa a idade, a classe social ou as ideologias, o que interessa é brincar e tornar a essência humana mais leve e menos formal. A vida tem mais sentido, quando podemos aproveitar esses belos momentos repletos da expressão popular de um povo.


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