Fernanda Fernandes Borges

Fernanda Fernandes Borges

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Cresce o número de famílias inadimplentes

                                  

                                                         Fernanda Fernandes Borges 




A  Pesquisa Endividamento e Inadimplência Do Consumidor (Peic) Anual da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgada,  no dia 24 de janeiro,  mostrou que o número de famílias com contas ou dívidas atrasadas aumentou 18,4%. Porém, houve uma redução de 3,9% no número médio de famílias endividadas.
Os dados parecem contraditórios, mas não são. Houve uma queda no nível de endividamento das famílias, elas passaram a fazer menos contas. Entretanto, houve aumento da inadimplência, elas não conseguiram quitar as dívidas já feitas e vencidas.


                                                                            Foto: Fernanda Fernandes Borges

As famílias estão fazendo menos contas 


Em 2016, o percentual de famílias com contas em atraso chegou a 23,6%, resultado 18,4% acima de 2015. A pesquisa identificou 9,2 milhões de famílias endividadas em 2016,  contra 8,9 milhões em 2015.
Apesar de ter ocorrido redução no nível  médio de endividamento das famílias de 61,1% em 2015,  para 58,7% em 2016, os outros indicadores da inadimplência subiram principalmente, a partir do terceiro trimestre do ano.



   Foto: Fernanda Fernandes Borges

Houve uma pequena rdução no nível de endividamento 



O número de famílias endividadas que não conseguiram pagar as contas e permaneceram inadimplentes em 2016 ficou em 8,9%, um aumento de 25,2%,  em comparação ao ano de 2015.

Os tipos de dívidas mais comuns foram  feitas :

- Através do cartão,  por 77,1% das famílias;

- Carnês,  por 15,4% das famílias;

- Crédito pessoal, para 10,3% das famílias;

As famílias tiveram dificuldades de honrar os seus compromissos, devido ao encarecimento do crédito, ao desemprego e à crise econômica.
O comprometimento da renda mensal para saldar as dívidas se manteve em torno de 30%, ficando estável em relação ao ano de 2015.
A Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor) é realizada em todas as capitais federais e no Distrito Federal,  todos os meses,  e entrevista 18 mil consumidores.

                                                                          Foto: Fernanda Fernandes Borges 

A pesquisa ouviu mais de 18 mil pessoas 



Com a instabilidade do mercado de trabalho e o aumento dos juros,  é perceptível o aumento do número de  famílias que não honram os compromissos já firmados, possivelmente em uma outra conjuntura mais favorável e segura.
É necessário renegociar as dívidas e manter o orçamento longe de novas compras. O uso de uma planilha mensal pode ser de grande utilidade,  para se colocar os valores que se ganha com as despesas da casa. Assim, fica mais fácil controlar os gastos e impedir os excessos que o poder aquisitivo não é capaz de pagar.

                                                                                      Foto: Fernanda Fernandes Borges

É necessário planejar bem os gastos mensais 


Livrar-se de contas vencidas e ter um controle do que entra e sai no planejamento doméstico,  é uma das formas de evitar a inadimplência e demonstrar amadurecimento,  para lidar com as finanças em épocas pouco abastadas e com cenário econômico imprevisível.



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