Fernanda Fernandes Borges
O Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, no dia 11 de janeiro, o Índice
de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), (que mede a inflação oficial do país), que em 2016 foi de 6,29%. O índice ficou dentro da meta estipulada pelo governo, em 2016, que era de 4,5 % , com tolerância de dois pontos
percentuais para baixo (2,5%) ou para cima (6,5%). Em 2015, o IPCA ficou em
10,67%.
Foto: Fernanda Fernandes BorgesA inflação em 2016 ficou em 6,29% |
O aumento dos preços dos alimentos foi um dos fatores que
mais influenciou a inflação em 2016. De acordo com o IBGE, em 2016, a produção
brasileira ficou 12% abaixo da colhida em 2015, e isso refletiu na comercialização dos itens
de alimentação.
Em média, o brasileiro pagou 8,62% a mais pelos alimentos,
comparado ao ano de 2015. Um dos grandes
vilões de 2016 foi o feijão que subiu mais de 50% . Muitas famílias tiveram que reduzir o consumo
desse grão.
Foto: Fernanda Fernandes BorgesO preço do feijão teve uma grande alta no ano passado |
Outros itens merecem
destaque nos números da Inflação 2016.
Veja:
- Os planos de saúde
tiveram um reajuste de 13,55% , o maior
desde o ano de 1997;
- Os medicamentos
subiram 12,5% , maior reajuste desde o ano 2000;
Foto: Fernanda Fernandes BorgesOs remédios tiveram uma alta expressiva em 2016 |
- Os gastos com
empregado doméstico aumentaram 10,27%;
- Os custos com
educação subiram 8,86%;
- O transporte
público subiu em média 7,78%;
Mesmo em meio a tantos reajustes, a inflação de 2016 teve
uma redução, em relação a 2015. Acredita-se que uma das
principais contribuições para essa baixa foi ocasionada pela conta de luz que
ficou 10,66% mais barata.
O IBGE também divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor
(INPC) que é utilizado no reajuste dos salários. Em dezembro ele foi de 0,14% e fechou em 2016 em 6,58%.
Foto: Fernanda Fernandes BorgesO Índice Nacional de Preços ao Consumidor foi de 6,58% em 2016 |
Esse índice é
calculado desde 1980, e se refere às
famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos de dez regiões
metropolitanas, além de Goiânia, Campo Grande e Brasília.
A redução da inflação é uma notícia positiva. Entretanto,
muitos consumidores ainda não sentiram uma grande diferença, quando vão aos supermercados e voltam com as
sacolas menos cheias. Os preços ainda estão elevados e refletem no orçamento
das famílias.
Foto: Fernanda Fernandes BorgesO lazer ainda é excluído de muito orçamentos familiares |
É esperado, que o IPCA
seja ainda menor em 2017, já que o teto estipulado para este ano é de 6%. Assim,
é possível esperar de fato uma diminuição significativa no preço de alimentos e
de serviços essenciais para o consumidor.
Foto: Fernanda Fernandes BorgesViver com saúde custa muito caro |
Se a inflação for controlada, o brasileiro pode voltar a
sonhar com mais consumo e menos dívidas. É preciso também superar os enormes
números do desemprego, para que os cidadãos possam contar com estabilidade e
sobreviver de maneira digna.
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