Fernanda Fernandes Borges
A Federação
Nacional dos Jornalistas (FENAJ) divulgou no dia 18 de janeiro, no
Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro,
o “Relatório 2017 Violência
contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil” em que foram registradas 99 casos de
agressões contra jornalistas, 38,51% a menos,
que em 2016, quando houve 161 agressões.
Foto: Divulgação FENAJ |
O relatório foi divulgado no dia 18 de janeiro de 2018
Os números do
relatório foram divididos em seis categorias: tipos de agressão, violência por
região, violência por estado, violência por gênero, violência por tipo de mídia
e autores das agressões.
Apesar de ter ocorrido
uma queda nos registros de violência, os jornalistas ainda são vítimas de
agressões, ameaças, atentados, detenções arbitrárias e ações judiciais. O
objetivo dessas atitudes é coibir a liberdade de imprensa.
Há também casos de censura dentro das redações. Quatro
jornalistas foram demitidos devido a comentários feitos ou por reportagens
produzidas que geraram repercussão negativa.
Em 2017, não houve nenhum assassinato em decorrência do
exercício profissional do Jornalismo e ocorreu uma queda no registro de mortes
de outros profissionais da comunicação e de comunicadores populares.
No entanto, houve uma
elevação proporcional dos casos de cerceamento à liberdade de imprensa por ações judiciais. Foram registrados 12
casos nessa categoria, o que representa um índice de 12,12%. Em 2016, esse
percentual foi de 11,18%.
Foto: Divulgação FENAJMuito ainda preciso ser feito para que o jornalista exerça a sua função com liberdade |
A região Sudeste é a
que mais apresentou casos de violência contra os jornalistas com 34,35% das
ocorrências. O estado de São Paulo
lidera o número de agressões com 16,16%.
Os homens são as
principais vítimas das agressões. Em 2017, 83 profissionais do sexo masculino
sofreram algum tipo de violência.
Os repórteres
cinematográficos e fotográficos foram os mais atingidos, durante o exercício da
profissão. O jornal (impresso e internet) registraram o maior número de casos de violência
sofrida, em relação ao tipo da mídia.
Para ver o
relatório completo clique aqui:
O jornalista é um profissional que deve ter plena
liberdade para trabalhar de modo responsável,
para poder levar ao público informações verdadeiras de modo imparcial.
Por isso, não deve ser censurado para poder exercer a comunicação de modo satisfatório.
Apesar do índice de violência ter diminuído em 2017, é
preciso muitas transformações para que um bom jornalismo possa ser realizado
sem temer represálias e sem ter que favorecer grupos empresariais ou políticos.
A comunicação deve sempre ser exercida sem censuras, para que as pessoas tenham as condições de
criar as suas opiniões e não precisem ser enganadas por informações
manipuladas. O senso crítico é uma das características principais para compreender
a realidade dos fatos.
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