Fernanda Fernandes Borges

Fernanda Fernandes Borges

domingo, 19 de julho de 2015

Valor máximo de desconto em folha do crédito consignado agora é de 35%


                                                             Fernanda Fernandes Borges


No dia 13 de julho deste ano, entrou em vigor a Medida Provisória  nº 681 que aumenta o limite de desconto do crédito consignado, aquele que incide diretamente no contracheque,  de 30% para 35%. A justificativa do governo federal para essa aprovação é a tentativa de amenizar os impactos dos ajustes econômicos, feitos até então,  na vida do trabalhador.

 Essa medida já está publicada no Diário Oficial da União (DOU) e é válida para empregados com carteira assinada, aposentados, pensionistas e servidores públicos.

Ela estabelece que 5% do empréstimo contraído seja destinado, exclusivamente, para as despesas com o cartão de crédito. Esse percentual também pode ser utilizado para quitar verbas rescisórias, dívidas em casos de dispensa sem justa causa,  se estiver no contrato.


                                                                                                 Foto: Reprodução

O aumento do limite do crédito consignado é destinado para pagar dívidas com o cartão

 


Em maio deste não, a presidente Dilma Roussef vetou o aumento do limite de desconto do crédito consignado de 30% para 40%, por entender que isso poderia causar mais endividamento e inadimplência. Porém, com objetivos melhores definidos pela MP 681 o governo entendeu que o aumento para desconto de 35% , no contracheque, pode auxiliar o trabalhador que tem dívidas no cartão.

De acordo com o Ministério da Fazenda, essa resolução ainda visa reduzir os juros cobrados pelo cartão de crédito, diminuindo dívidas feitas, por  meio desse item e aumentar o consumo.

Segundo o Banco Central, a taxa média cobrada no empréstimo consignado em maio foi de 27,2% ao ano, enquanto a do empréstimo pessoal foi de 48,25%. Os juros cobrados no uso do cartão rotativo chegaram a 360,6% ao ano, com inadimplência de 35,4%.

A inadimplência no Brasil tem aumentado mais entre os idosos, porque eles emprestam o nome para suas famílias conseguirem crédito consignado. De acordo com o Serviço de proteção ao Crédito (SPC Brasil) há 56,6 milhões de inadimplentes no país, na faixa etária de 18 aos 95 anos.  Um crescimento de 9,10% foi observado na faixa dos 65 aos 84 anos.

Aposentados e pensionistas do INSS já tinham a opção de usar o limite de 10%  da renda, por meio de um cartão específico, para pagar faturas dos cartões de crédito, por meio do empréstimo consignado. Nesse caso, o valor dos juros do cartão é de 3,06% ao mês e a do empréstimo com desconto em folha é 2,14%.

O limite do cartão a ser consignado para os aposentados poderá ficar mais alto, desde que não ultrapasse os 35%

Os bancos terão que se adequar para que os demais clientes como os empregados com carteira assinada e os servidores públicos, possam consignar  o parcelamento da dívida do cartão ou obter um novo cartão consignável.

Ao se tomar um empréstimo consignado deve se ter a máxima atenção de que sua renda vai diminuir e ficará mais difícil honrar com os compromissos das contas básicas como água, luz, telefone e aluguel. O comprometimento de até 35% do salário é grande e faz uma enorme diferença no decorrer do mês.


                                                                                                  Foto: Reprodução

A renda mensal fica muito comprometida quando se faz um empréstimo consignado


 

Com o objetivo de trocar juros altos do cartão rotativo por juros bem mais favoráveis no parcelamento da dívida, por meio dessa modalidade de empréstimo, pode ser uma boa opção. Assim, os endividados podem quitar suas pendências, sem um grande desprendimento de  dinheiro.

O que o consumidor deve adotar é a tática de não contrair despesas que não pode pagar. O sacrifício imposto, por meio de um empréstimo consignado, que pode durar muitos meses, não é válido para tentar levar um padrão de vida fora do orçamento doméstico.

A melhor tática a ser adotada é viver de acordo com os rendimentos mensais e não se comprometer com nenhum tipo de empréstimo. O consignado deve ser utilizado em um caso extremo e só quando for para trocar juros maiores de uma dívida já existente, por percentuais menores.

 

quarta-feira, 15 de julho de 2015

8ª Conferência Estadual de Saúde é lançada na Casa do Jornalista



                                                             Fernanda Fernandes Borges

 

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais recebeu no último dia 13, o lançamento para a imprensa da 8ª Conferência Estadual de Saúde, com o tema:  "Saúde pública de qualidade pra cuidar das pessoas: direito do povo brasileiro". O evento aconteceu nas dependências da Casa do Jornalista, um dos espaços do sindicato.

 
 
                                                          Foto: Fernanda Fernandes Borges

O evento reuniu profissionais da imprensa na Casa do Jornalista


A assessora da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES –MG) Conceição Rezende reiterou a importância dos jornalistas para a veiculação das boas notícias do Sistema Único de Saúde  (SUS). Ela lembrou que até 1986, o Brasil só possuía o Sistema de Saúde Previdenciária, ou seja, só tinha acesso á saúde quem tinha carteira assinada.

As demais pessoas tinham que contar com hospitais filantrópicos ou com as Santas Casas de Misericórdia. Não tinham cobertura e nem acesso a praticamente nada relacionado á saúde. Havia muitos hospitais colônias para tratar  de doenças como tuberculose, hanseníase e  doenças crônicas.

Conceição ainda lembrou que “todos nós usamos os SUS”. Isso foi elucidado ao exemplificar que a forma de uso pode ocorrer através: da vacinação, serviços de urgência, transplantes, fornecimentos de medicamentos e até mesmo na atuação da Vigilância Sanitária.
 
 
                                                                                Foto: Fernanda Fernandes Borges

O SUS é importante para todos

 

A falta de comunicação dentro do SUS possibilita a ausência das boas notícias que ocorrem, dentro desse sistema de saúde. E o que agrava ainda mais o problema é que a grande imprensa não faz questão de mostrar as enormes realizações da saúde pública, de acordo com Conceição.

“A queda da mortalidade infantil e materna são espetaculares, depois da criação do SUS. A média de vida do brasileiro aumentou. O direito mais universal do mundo é a saúde”, disse a assessora.
 
              
                                                                                   Foto: Fernanda Fernandes Borges

Conceição Rezende destacou melhorias promovidas com a chegada do SUS

 
 
A comunicação, segundo Conceição deve ser ampla, irrestrita e honesta, para que a sociedade entenda que ninguém pode abrir mão desse sistema. “O SUS é de todos nós”, enfatizou.

A secretária de Comunicação e Informação do SUS do Conselho Estadual de Saúde (CES –MG), Lourdes Machado disse que é um direito do povo brasileiro ter uma saúde pública de qualidade. Ela ressaltou a importância da democratização da comunicação e justificou a importância da escolha da Casa do Jornalista,  como local de lançamento da 8ª Conferência.
 
 
                                                                            Foto: Fernanda Fernandes Borges


Lourdes machado destacou a importância de uma comunicação democrática

 

A necessidade de democratizar a comunicação também foi discutida, no lançamento, por Florence Poznaski, representante do Fórum Nacional de Democratização da Comunicação (FNDC). Ela  evidenciou a importância de se ampliar a pauta da saúde pública para diversos setores.

“A mídia tem dono. E o dono não tem classe”, afirmou Florence. Ela ainda trouxe para a discussão a luta empreendida para se criar uma nova lei, que permita distribuir melhor as concessões de rádio e TV e dessa forma promover uma comunicação mais democrática e acessível a todos.
 
 
                                                                                   Foto: Fernanda Fernandes Borges

Uma comunicação que contemple diversos setores de forma abrangente,  foi proposta por Florence

 

O coordenador de Comunicação Wander Veroni reforçou que “o SUS é para todos e todas”. Ele lembrou que a 8ª Conferência, que acontece de 1° a 4 de setembro, no Expominas, vai definir as políticas públicas de saúde para Minas Gerais, nos próximos quatro anos (2016 a 2019). A  15ª Conferência Nacional de Saúde, última etapa, ocorre em Brasília de 1º a 4 de dezembro, deste ano.
 
 
                                                                                              Foto: Fernanda Fernandes Borges
          

"O SUS é para todos e todas", afirmou Wander

 

 “A Conferência Estadual de Saúde é um momento de construção coletiva para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), criado em 1988, pela Constituição Federal Brasileira”, destacou. Ele lembrou que o evento terá uma paridade entre homens e mulheres e há uma exigência de que 50% dos delegados da Conferência sejam mulheres.

Ederson Alves da Silva, vice- presidente do Conselho Estadual de Saúde convidou todos os jornalistas, ali presentes, a divulgarem a Conferência. Ele reafirmou que, geralmente, a mídia só mostra o lado ruim do SUS e não as coisas boas.
 
 
                                                                       Foto: Fernanda Fernandes Borges

Ederson incentivou os jornalistas a cobrirem a Conferência

 

O Conselho Nacional de Saúde foi representado por Renato Almeida de Barros que relacionou o direito de expressão das pessoas á universalização da saúde. “Os trabalhadores da saúde são os cuidadores da vida”, disse.
 
 
                                                                  Foto: Fernanda Fernandes Borges

O Conselho Nacional de Saúde  foi representado por Renato Almeida de Barros

 

O secretário de Estado de Saúde Fausto Pereira dos Santos e presidente do CES – MG,  fez uma referência á ordem conservadora, pela qual tem passado o Congresso brasileiro. A necessidade de debates e buscas de soluções para as questões de saúde são essenciais, segundo o secretário.
 
 
                                                                      Foto: Fernanda Fernandes Borges

O secretário de Estado da Saúde Fausto Pereira dos Santos participou do lançamento da Conferência

 

O lançamento da 8ª Conferência permitiu aos convidados refletirem sobre a urgência de uma comunicação sem vícios, já que a convencional, muitas vezes, deturpa o SUS. É claro que o sistema não é perfeito e tem falhas, mas os meios de comunicação poderiam também destacar os bons atendimentos e os números positivos presentes na saúde.
 
 
                                                                               Foto: Fernanda Fernandes Borges

O público presente teve a oportunidade de conhecer boas realizações do SUS

 

As discussões foram válidas para conscientizar os cidadãos que todos utilizam o SUS direto ou indiretamente, independente da classe social. Esse sistema é uma vitória de todos os brasileiros e por isso merece respeito e dedicação para continuar funcionando e se aperfeiçoando.

Ao invés dos veículos tradicionais de comunicação mostrarem  filas e aborrecimentos nos hospitais públicos, por que não fazem pautas que abordem as vidas salvas por meio de transplantes ou por um atendimento de emergência?

A promoção de eventos que visem debater a saúde pública no Brasil também é uma forma de se buscar soluções para as enormes dificuldades, pelas quais o SUS passa. Por isso, a 8ª Conferência Estadual de Saúde deve ser pautada pelos jornalistas e empresas de comunicação para que haja condições de avaliações e  aprimoramento da saúde pública no Brasil.
 
          
                                                                              Foto: Fernanda Fernandes Borges

As discussões são essenciais para mudanças eficientes na saúde pública do Brasil

 

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Matar policiais agora é crime hediondo



Fernanda Fernandes Borges

 


O dia 7 de julho de 2015 é histórico para os policiais. A presidente Dilma Roussef sancionou, sem vetos, a Lei 13.142 que torna crime hediondo e qualificado o assassinato de policiais na prática de sua função ou em decorrência dela. A nova lei está publicada, no Diário Oficial da União (DOU).
 

A lei abrange:

 
- Policiais Militares;

- Policiais Civis;

- Policiais Rodoviários Federais;

- Bombeiros;

- Integrantes das Forças Armadas;

- Integrantes da Força Nacional;

- Integrantes de Segurança Pública

- Agentes do Sistema Prisional;

 
 
                                                                                    Foto: Reprodução

A partir de agora os policias contam com a recente lei para proteger suas vidas e a de seus familiares


A nova lei se estende aos cônjuges, companheiros e parentes consanguíneos de até terceiro grau, assassinados em decorrência da atividade do policial.

No caso de lesão corporal dolosa gravíssima e lesão corporal seguida de morte, cometidas, contra esses agentes de segurança em serviço e  contra seus parentes, os condenados terão a pena aumentada em um a dois terços.

Anteriormente, o criminoso cumpria a pena por homicídio simples que varia de seis a 20 anos de reclusão. Agora, a punição será mais rigorosa e vai variar de 12 a 30 anos de prisão. A classificação de hediondo tem como consequências: proibição de graça, indulto e anistia. As regras são bem mais rígidas para a progressão do regime.

Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 1770 policiais foram mortos, de forma violenta, no Brasil, nos últimos cinco anos. Os assassinatos, muitas vezes, são ocasionados por facções criminosas,  em alguns estados do Brasil e também por vingança de atos praticados em serviço que desagradam os marginais.

No dia 6 de julho deste ano, o policial militar Alex Amâncio Ferreira, de 34 anos, foi morto na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro do Andaraí, no Rio de Janeiro, quando foi baleado na cabeça. A nova lei vem com a intenção de coibir essa banalização da morte de agentes de segurança.
 
                                                                          Foto: Reprodução de Arquivo Pessoal

O jovem policial foi morto há poucos dias, durante o trabalho

 

Para os policiais, essa é uma grande vitória, no entanto são necessárias ainda muitas mudanças e investimentos financeiros na Segurança Pública para acabar com a violência no Brasil. Um grande passo foi dado.

É preciso combater veementemente a ideia de que matar um policial seja uma vitória e uma elevação de status para o bandido. Proteger a família dos agentes de segurança também foi uma decisão acertada, dessa nova lei aprovada,  no momento oportuno.

As polícias e seus integrantes, assim como seus familiares, merecem respeito e necessitam de um respaldo jurídico que lhes garanta um pouco de tranquilidade. A Segurança Pública é dever do Estado e o Estado por sua vez, deve proteger quem lhe defende e mantém a ordem.


                                        A Lei 13.142 na íntegra:



Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos

 
Altera os arts. 121 e 129 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), e o art. 1º da Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990 (Lei de Crimes Hediondos).

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o  O § 2o do art. 121 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), passa a vigorar acrescido do seguinte inciso VII:
“Art.  121.......................................................................
............................................................................................
§ 2o................................................................................
...........................................................................................
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição:
...............................................................................” ..(NR)
Art.  2o O art. 129 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), passa a vigorar acrescido do seguinte § 12:
“Art.  129.......................................................................
..............................................................................................
§ 12. Se a lesão for praticada contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição, a pena é aumentada de um a dois terços.” (NR)
Art. 3o O art. 1o da Lei no 8.072, de 25 de julho de 1990 (Lei de Crimes Hediondos), passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 1o ..........................................................................
I – homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2o, incisos I, II, III, IV, V, VI e VII);
I-A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2o) e lesão corporal seguida de morte (art. 129, § 3o), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição;
............................................................................” (NR)
Art. 4o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 6 de julho de 2015; 194o da Independência e 127o da República.
DILMA ROUSSEFFMarivaldo de Castro Pereira
Este texto não substitui o publicado no DOU de 7.7.2015
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quinta-feira, 9 de julho de 2015

O "OXI" vence no plebiscito da Grécia



Fernanda Fernandes Borges



Um país de belas paisagens e de grandes filósofos como Platão, Aristóteles e Sócrates. A Grécia, na economia,  enfrenta uma grave crise que não lembra  as riquezas naturais e intelectuais. No último domingo, dia 5 de julho, os gregos foram ás urnas e optaram por “oxi” , palavra grega, que quer dizer não, ás imposições dos credores internacionais, para conceder novos empréstimos para a nação.

O plebiscito foi convocado pelo primeiro – ministro da Grécia, Alexis Tsipras, que decidiu consultar a população se o país deveria ou não aceitar as condições impostas para concessão de novos empréstimos. Dos eleitores que foram ás urnas,  61,31% disseram não.
 
                                                                       Foto: Reuters / Yannis Behrakis

Gregos foram ás ruas comemorar o resultado do plebiscito com a vitória do "oxi"( não)

 

A Grécia não conseguiu pagar 1,5 bilhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI), no dia 30 de junho. Diante desse acontecimento, histórico, já que é essa é a primeira vez que um país desenvolvido não paga o FMI, a situação no país é de incerteza sobre a continuidade na União Europeia e o uso do euro como moeda.

Os empréstimos que a nação europeia conseguiu, anteriormente, foram feitos diante de medidas severas para a população e acabou piorando a situação do país. Hoje, o povo grego enfrenta uma taxa de desemprego de 26% e milhões de pessoas vivem abaixo da linha de pobreza.

Atualmente, a Grécia tem uma dívida de aproximadamente 320 bilhões de euros, o que corresponde a mais de 1 trilhão de reais e não tem como pagar. A situação se agravou, porque o país gastou bem mais do que arrecadou e foi financiando os excessos, por meio dos empréstimos estrangeiros.

As exigências feitas pela Comissão Europeia, pelo Banco Central Europeu e pelo FMI para conceder o dinheiro emprestado para honrar a dívida eram: ampliação do imposto IVA sobre circulação de mercadorias em várias ilhas turísticas; uma grande redução no número de pessoas que podem optar por uma aposentadoria antecipada; ações para reduzir a evasão fiscal e o término da corrupção.

O governo de Alexis Tsipras e grande parte da população acreditam que as medidas austeras utilizadas, até então, foram ineficazes e prejudicaram a economia grega. Acredita-se,  que esse setor tenha encolhido  25%, desde o início dos empréstimos , em 2010.

Com a vitória do não no plebiscito de domingo, a esperança é que a democracia e a justiça social sejam fortalecidas no país e que haja novas oportunidades de renegociação da dívida.

O dinheiro pode acabar nos bancos gregos, se não houver um novo acordo com o Banco Central Europeu. O limite diário para saques tem sido de 60 euros, o que equivale a aproximadamente 210 reais.
 

 Para facilitar as conversas com os credores internacionais, o Ministro das Finanças da Grécia Yanis Varoufakis pediu demissão do cargo,  na segunda-feira, dia 6 de julho, um dia após o plebiscito, a pedido de Alexis Tsipras.

A reposta das urnas com mais de 60% dos eleitores dizendo não,  representa bem o sentimento atual do povo grego que é de uma enorme insatisfação com a tomada de empréstimos para pagar uma dívida que parece impossível de ser quitada.

 O grande índice de desemprego, principalmente entre os jovens,  comprova que medidas rígidas, como as impostas pelos credores, não é o melhor caminho para fazer o país crescer e gerar lucros. Se continuasse assim, provavelmente,  a população sofreria ainda mais com tanta limitação.

O que a maioria dos gregos deseja e deixou evidente nesse plebiscito é a independência de imposições penosas para a sociedade e a urgência do reerguimento da nação ás custas de um grande trabalho que necessita do auxílio de todos.

Essa coragem de dizer não no plebiscito, demostra porque a Grécia é um país iluminado por uma filosofia contemporânea que deseja crescer e se livrar das dívidas, longe do domínio e da exploração de grandes potências.

 

 

 

terça-feira, 7 de julho de 2015

A falta de sono pode prejudicar a saúde

                                                            

                                                                  Fernanda Fernandes Borges



Quando o despertador toca, a vontade de muitos é de permanecer na cama. Esse desejo é maior ainda, se a pessoa demorou horas para pegar no sono ou acordou várias vezes, durante a noite. A insônia provoca cansaço, durante o dia e a longo prazo pode ocasionar hipertensão, doenças cardíacas e diabetes.

A insônia é definida pela falta de sono ou a dificuldade de dormir e conseguir manter o repouso contínuo, sem ser interrompido. De acordo com o Instituto Brasileiro do Sono, de 30% a 50% dos brasileiros têm insônia.
 
 
 
                                                                                      Foto: Fernanda Fernandes Borges

A insônia provoca sonolência durante o dia

 

 

As prováveis causas da insônia são:           

 

- A utilização de remédios para tratar gripes, alergias, dores, hipertensão, inibidores de apetite, ansiedade e esquizofrenia;

- A ausência de horários para dormir, pré-estabelecidos, ou seja, cada dia a pessoa vai dormir em um horário diferente;

- Maus hábitos como: assistir TV ou trabalhar na cama;

- Não praticar atividades físicas;

- Estresse ou depressão;

- A utilização excessiva de celular ou computador, antes de dormir;

-O uso de álcool, cafeína e o hábito de fumar podem ser estimulantes e dessa forma afugentam o sono;

- Trabalhar á noite ou viajar a trabalho:

- Mudança de fuso horário;

- Pessoas com algum tipo de distúrbio mental como bipolaridade, ansiedade ou que sofreu algum trauma podem ter mais dificuldades para dormir;
 

 

As mulheres, geralmente, são as mais atingidas pela insônia devido aos hormônios, durante o ciclo menstrual, na menopausa e na gravidez.
 
                                                                            Foto: Fernanda Fernandes Borges

As mulheres sofrem mais com a falta de sono


 
 

A falta de sono também pode afetar pessoas acima de 60 anos que começam a notar alterações na hora de dormir e isso se agrava ainda mais, se tiver problemas de saúde.
 
                                                                          Foto: Fernanda Fernandes Borges


As pessoas mais maduras podem ser afetadas com a insônia

 

 

O que é necessário para uma boa noite de sono:

 

- Levantar e deitar no mesmo horário, todos os dias;

- Praticar exercícios físicos de 20 a 30 minutos, gastando energia, para que o corpo descanse à noite. As atividades devem ser feitas de cinco a seis horas, antes de ir para a cama;

- Tomar um banho, fazer uma leitura agradável ou tomar um chá quente são formas de relaxar, antes de dormir;

- Ter um ambiente adequado para descansar, levando em conta a temperatura ideal,  a falta de barulho e outros tipos de distrações;

- Não utilizar aparelhos eletrônicos como celulares, tabletes, computadores ou assistir TV, antes de adormecer;
 
 
                                                                                     Foto: Fernanda Fernandes Borges


O uso de celulares pode dispersar o sono

 

- Não comer chocolate;

- Não fumar e evitar ingerir álcool, cafeína, chá preto, refrigerante, entre outros estimulantes;

A insônia pode causar além de doenças: irritabilidade; sonolência diurna; falta de memória; envelhecimento precoce; dificuldade para emagrecer; estresse; depressão; fadiga, dentre outros males.

Para tratar a falta de sono, a pessoa deve procurar mudar seus hábitos diurnos e relaxar antes de adormecer. Caso,  tenha quer procurar ajuda médica, o profissional pode receitar algum medicamento que alivie a tensão,  antes do sono.

Não é de se espantar o alto índice de brasileiros que sofrem com a insônia. Atualmente, a preocupação com as contas, a falta de emprego e o aumento abusivo dos preços têm tirado o sono de muitos cidadãos.

O caos urbano que muitos moradores das grandes cidades enfrentam, diariamente, com o transporte público ineficiente, a falta de segurança e a necessidade de se desdobrar e várias atividades cotidianas agravam ainda mais o estresse, que pode ocasionar a insônia.

É preciso dormir, pelo menos oito horas por noite. Caso, não consiga é necessário adquirir novos hábitos ou procurar ajuda porque a falta de sono é um distúrbio que precisa ser tratado.

Dormir não é um privilégio, mas uma necessidade do corpo. O rendimento de uma pessoa pode ser bem melhor, se ela tiver o hábito de dormir bem. A modificação no estilo de vida é essencial para o processo de indução de uma boa noite de sono.