Fernanda Fernandes Borges
A Pesquisa Nacional de Saúde, realizada pelo Ministério
da Saúde, em parceria com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística), divulgada no fim do ano passado, mostrou que, na alimentação
diária dos brasileiros, estão presentes 60% de alimentos com maior teor de
gordura.
O estudo foi realizado com 63 mil pessoas, entre agosto
de 2013 e fevereiro de 2014, em todo o país. Dos entrevistados, 37,2% afirmam
ingerir comida muito gordurosa. Os homens são os que preferem os alimentos mais
gordurosos, representam 47,2% das pessoas ouvidas. Já as mulheres correspondem
a 28% dos entrevistados que apreciam comidas com alto teor de gordura.
O Ministério da Saúde lançou o Guia Alimentar para a População Brasileira. Ele traz os cuidados e caminhos para uma alimentação
saudável. Quem quiser pode consultar, aqui o Guia.
A falta de cuidado com o peso aliada ao sedentarismo pode
provocar além da obesidade, doenças cardiovasculares, problemas circulatórios,
ortopédicos, diabetes, pressão alta, enfartes, derrames, insuficiência renal,
dentre outras doenças. A cobrança social por um indivíduo dentro dos padrões,
considerados normais, também é grande e pode levar a pessoa que não se cuida a
sofrer preconceito discriminação, caso esteja acima do peso.
Fotos: Fernanda Fernandes BorgesAs frutas e as verduras são boas opções para uma vida saudável |
Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Cirurgia
Bariátrica e Metabólica, feita em parceria com a Covidien, empresa que desenvolve e fabrica produtos médicos,
revelou que o Brasil em 2014 já tinha 6,8 milhões de obesos mórbidos. Esse tipo
de obesidade apresenta risco de morte para o paciente.
Ainda segundo esse estudo, o Brasil tem quase 25 milhões
de obesos, o que representa 18,5% da população. De acordo com o coordenador da
pesquisa Luiz Vicenti Berti, presidente do conselho fiscal da Sociedade Brasileira
de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, são realizadas cerca de 60 mil cirurgias
bariátricas, no Brasil. Destas, 70% são feitas por convênios. O Sistema Único
de Saúde (SUS) faz 9 mil cirurgias por ano.
Os dados são preocupantes. A maioria da população que sofre
com a obesidade pertence a uma camada social de baixa renda. Caso necessite
passar por um procedimento cirúrgico, provavelmente terá que esperar anos na lista
dos hospitais públicos.
Com o aumento da renda, as pessoas passaram a consumir
alimentos mais industrializados e pouco saudáveis. A falta de exercícios
físicos prejudica o metabolismo do corpo e aumenta o risco do sobrepeso.
É necessário que as pessoas revejam seus hábitos
alimentares e pratiquem atividades físicas. O melhor remédio é prevenção e não
uma cirurgia. As crianças devem ser educadas, desde cedo, a consumirem diversos
alimentos naturais e menos fast-foods.
A rapidez da vida cotidiana é a justificativa de muitos
para o relaxamento com a saúde. É vital que o ser humano tenha consciência de
que quanto mais gordo ele estiver, menos produzirá. A vaidade nesse quesito é
fundamental, para que as pessoas comecem
a se cuidar mais, não apenas pelo objetivo estético, mas pelo bem estar
físico e psicológico.
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