Fernanda Fernandes Borges

Fernanda Fernandes Borges

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Balança comecial apresentou superávit em janeiro


                                                                             Fernanda Fernandes Borges


A balança comercial brasileira obteve um superávit de US$ 923 milhões,  em janeiro de 2016. As exportações superaram as importações e o saldo foi positivo. Em 2015, o mês de janeiro teve um déficit de US$ 3,17 bilhões.



                                                                                                              Foto: Reprodução


As exportações superaram as importações no primeiro mês do ano 



Desde 2011, o primeiro mês do ano não obtinha um resultado positivo. Esse superávit de 2016 é o maior alcançado para o mês de janeiro, desde 2007.

As exportações de janeiro de 2016 contabilizaram US$ 11,246 bilhões, enquanto as importações somaram US$ 10,323 bilhões. Houve uma redução das importações, devido à valorização do dólar.

No que se refere aos produtos exportados pelo Brasil merecem destaque: o milho em grão, os automóveis de passageiro e a soja. Os países que mais compraram do nosso país foram: China, Estados Unidos, Argentina, Países Baixos e Japão.        



                Foto: Fernanda Fernandes Borges

O milho em grão foi um dos produtos mais exportados em janeiro deste ano 


Acredita-se que o superávit foi resultado da queda da atividade econômica brasileira que fez as importações caírem e reduziu a demanda dos brasileiros por produtos importados que estão  bem mais caros, devido à elevação do dólar. Houve também redução na importação de gás e diesel.

O petróleo teve uma queda de preço, o que favoreceu o superávit da balança comercial brasileira em 2015, já que o nosso país importa mais do que vende esse produto. No ano passado, o Brasil apresentou um superávit de US$ 19,69 bilhões.

A média diária das exportações brasileiras, no primeiro mês de 2016,  somaram US$ 562,3 milhões, representando uma queda de 13,8%,   em comparação com o mesmo período do ano passado.

As importações tiveram uma média diária de US$ 516,1  milhões, mostrando uma retração de 35,8%,  em relação a janeiro de 2015.

No entanto, o superávit foi possível, porque a demanda de importados ficou abaixo do nível de exportações.

Os dados foram divulgados no dia 1º de fevereiro deste ano, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

O Brasil deixou de importar principalmente: combustíveis e lubrificantes, bens intermediários (insumos) , bens de consumo e bens de capital ( equipamentos, instalações e serviços necessários para a produção de outros bens ou serviços). O país exportou itens básicos, manufaturados (itens produzidos nas indústrias ) e semimanufaturados (produtos em parte industrializados que precisam passar por outras fases de processamento) .

Os principais fornecedores do nosso país em janeiro de 2016 foram: China (Incluindo Hong Kong e Macau), Estados Unidos, Alemanha, Argentina e Itália.

Com o dólar alto as vendas se tornam mais baratas e as importações mais caras, portanto um maior número de produtos exportados.

É sempre desejável uma balança comercial com superávit, principalmente no início do ano. Isso demonstra uma certa independência financeira de nosso país,  em relação ao capital externo.

Porém, a realidade é mais complexa e mostra que esses resultados só foram possíveis, devido ao baixo aquecimento da atividade econômica brasileira e à   valorização enorme da moeda americana.


                                                                                              Foto: Reprodução

O dólar teve uma grande valorização nos últimos meses 



A falta de perspectiva para muitos empresários brasileiros faz com que os negócios diminuam,  devido à falta de demanda do mercado interno, o que gera mais desemprego.

Para ter um crescimento desejável, é preciso conseguir uma balança com superávit, mas com um grande aquecimento das atividades internas, para que mais brasileiros tenham empregos e possam alavancar a estagnada economia de nossa nação.

O superávit apenas será positivo, se não depender da oscilação do dólar e se houver um crescimento alicerçado em bases concretas e não influenciados por números que pouco serão úteis,  caso o Brasil não encontre o rumo desejado do desenvolvimento.

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