Fernanda Fernandes Borges
No dia 20 de setembro, o prefeito de Belo Horizonte
Alexandre Kalil anunciou o “Plano
Municipal para Moradores em Situação de Rua”. As ações incluem criações de
vagas em abrigos, ofertas de trabalho e educação com o objetivo de reintegrar
essas pessoas à sociedade de modo digno.
De acordo com o último
levantamento, realizado este ano pela prefeitura, há 4.453 pessoas vivendo nas ruas da capital
mineira.No último censo realizado em 2014, o número era bem menor, sendo 1.827
pessoas nessas condições.
Foto: Fernanda Fernandes BorgesEm vários pontos da cidade, é perceptível roupas e outros objetos dos moradores de rua |
O motivo que leva as pessoas a morarem nas ruas são diversos, sendo os principais: os conflitos
familiares, a falta de recursos financeiros e o vício em álcool e drogas.
Desde março de 2017, uma equipe da prefeitura trabalha
pesquisando informações e mapeando onde
estão essas pessoas e quais são as
características delas.
As propostas
apresentadas nesse pronunciamento envolvem as secretarias de Saúde, Educação e
Serviços Urbanos.
Veja as principais:
- Criação imediata de
120 novas vagas em abrigos em parceria com a Fundação Darcy Ribeiro. Será um
Hotel Social que deve ficar pronto este
ano e deve funcionar na Avenida Paraná,
no centro de Belo Horizonte;
- Inclusão e
capacitação produtiva de moradores de
rua;
- Alfabetização para
moradores que nunca freqüentaram a escola;
- Oferta de empregos
em áreas como jardinagem, capina e varrição;
Foto: Fernanda Fernandes BorgesHá a poposta de criação de vagas de emprego em áreas como a jardinagem e varrição |
-Criação de banheiros
públicos na região central da cidade;
- Abordagem aos
moradores de rua realizada por pessoas que já estiveram nessas condições e hoje
são assistentes sociais e psicólogos;
- Orientação prévia
quanto à retirada de objetos que obstruem a passagem como colchões e sofás;
Várias dessas ações fazem parte de um Projeto de Lei que
aborda a educação, a saúde e o desenvolvimento para a população de rua e deve
ser enviado para a Câmera Municipal para a aprovação e início dos trabalhos.
De acordo com o prefeito Alexandre Kalil, o Plano Municipal para Moradores de Rua, apresentado pela prefeitura de Belo Horizonte,
foi aprovado pelo Ministério Público
Inicialmente as ações têm como área principal o centro da
cidade. De acordo com dados da Secretaria de Regulação Urbana há 350 pessoas
residindo nas ruas em 103 pontos do centro.
A maioria das pessoas que vivem nas ruas desejam uma vida melhor e através das
propostas apresentadas pela prefeitura podem reencontrar a dignidade através de
uma vaga de emprego e de uma acolhida mais humana.
Tentar reintegrar
essas pessoas à família é uma das opções para que a situação de rua não
faça mais parte da vida desses habitantes. A resolução dos conflitos familiares
e o tratamento dos vícios em drogas e álcool são ações benéficas para acabar com
a triste realidade de quem vive sem teto.
Foto: Fernanda Fernandes BorgesAs praças devem ser visitadas para o lazer e não serem local de moradia |
Belo Horizonte merece as ruas sem moradores, porque todo
ser humano tem direito a um teto e todo cidadão tem o direito de ir e vir sem
objetos que possam prejudicar a sua caminhada pelas ruas.
Espera-se que a população de rua seja bem atendida e
possa encontrar meios de se livrar de uma vida à margem da sociedade.
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