Fernanda Fernandes Borges
A pressão arterial é a pressão exercida pelo sangue nas
paredes das artérias. Quando ela está elevada, há um estreitamento dos vasos
sanguíneos que inibem a ação do óxido nítrico que é uma substância dilatadora.
A hipertensão, geralmente, não apresenta sintomas.
A pessoa pode
sentir dor de cabeça, tonturas, ter edema nas pernas, palpitações e
sangramentos nasais. Esses podem ser indícios de que a pressão está elevada e
que está atingindo órgãos como o coração, os rins e o cérebro.
Segundo a pesquisa Vigitel 2014 (Vigilância de Fatores de
Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), a pressão alta
atinge 24,8% da população brasileira. Foram coletadas informações nos 26
estados brasileiros e no Distrito Federal.
A capital Palmas possui a menor taxa de hipertensos com
15,2%. Já Porto Alegre apresenta o maior índice com 29,2%. Segundo o estudo,
27% das mulheres afirmaram ter pressão alta, enquanto 23% dos homens declararam
ter hipertensão.
Ainda de acordo com a Vigitel 2014, os brasileiros que
mais sofrem com essa doença têm mais de 65 anos e representam 59,9% dos
entrevistados. Na faixa etária entre 18 e 24 anos, 4,6% declararam ter pressão
alta.
Quem tem pai ou mãe hipertenso tem 30% mais chance de
sofrer com a pressão alta. Caso os dois sofram com a doença, há 50% mais chance
de o filho também ser hipertenso.
A única forma de detectar a doença é medindo a pressão
arterial. Há equipamentos automáticos em que o paciente fica com eles, por 24 horas, para monitorar a pressão e
saber se é hipertenso.
Foto: ReproduçãoÉ essencial saber o valor da pressão arterial para prevenir crises |
A pressão ideal é 120 / 80 mmHg, lê-se 120 por 80
milímetros de mercúrio, conhecida com 12 por 8. Acima desse valor ou inferior a
14 por 9, a pessoa deve ser avaliada por um médico. A hipertensão é detectada,
quando a pressão está acima de 14 por 9. Deve-se procurar, ajuda médica
imediatamente.
A hipertensão pode ocasionar aneurismas, AVC (Acidente
Vascular Cerebral), enfarto do miocárdio e insuficiência renal. Segundo a
Organização Mundial da Saúde (OMS), a pressão alta é responsável por 45% dos
ataques cardíacos e 51% dos acidentes vasculares cerebrais, no mundo.
O excesso de sódio no organismo é uma das principais
causas da hipertensão. O sal em excesso aumenta a retenção de água pelo
organismo e eleva a pressão nas paredes das artérias.
Segundo o Ministério da Saúde, entre 2011 e 2014 com o
Plano Nacional de Redução de Sódio houve uma diminuição de 10% do teor de Sódio
em 839 produtos. Alimentos como pães, bolachas, bolo, macarrão instantâneo,
maionese, salgadinhos de milhos, entre outros, sofreram essa redução. A ideia é
diminuir ainda mais.
O limite máximo de sódio, por dia, recomendado pela OMS é
2 gramas, o que equivale a 5 gramas de sal. No entanto, o brasileiro consome,
diariamente, 12 gramas de sódio, uma quantidade muito elevada e prejudicial à
saúde.
Outros fatores como: beber, fumar, sedentarismo,
alimentação inadequada e estresse contribuem para elevar a pressão arterial.
Geralmente, o tratamento de hipertensos é feito com
medicação contínua, ou seja, pela vida
toda. Porém, é possível controlar a pressão em estágios iniciais, mais
moderados, com mudanças no estilo de vida do paciente.
Não comer alimentos industrializados, praticar atividades
físicas, evitar fumar e beber, além do controle da ansiedade são hábitos que
auxiliam no controle da pressão.
Diante dos números mostrados na pesquisa Vigitel 2014,
observa-se que quase um quarto da população brasileira sofre com a hipertensão.
Isso é grave, porque essa doença silenciosa pode ocasionar outras piores e até
mesmo fatais como enfartos e derrames.
As crianças devem ser orientadas, desde cedo, a praticar
atividades físicas e a cultivar bons hábitos alimentares, para que não venham a
desenvolver a doença. A hipertensão atinge diversas faixas etárias e pode-se
manifestar também na infância.
A vida moderna trouxe a praticidade dos alimentos
industrializados. Isso é extremamente prejudicial á saúde, porque esses
produtos contêm muito sódio e elevam drasticamente a pressão de quem os consome
com frequência.
Uma novidade no Espírito Santo deveria ser seguida pelos
outros estados. Uma lei estadual proibiu de deixar o saleiro e sachês de
sal em mesas de bares, restaurantes e
lanchonetes, com o objetivo de reduzir a ingestão dessa substância pela
população.
A lei já foi sancionada e começa a vigorar em julho.
Tomara que essa iniciativa dê certo e contribua para a conscientização das
pessoas quanto a importância de se ingerir o sal de forma moderada. É um início
de um longo caminho para se mudar os maus hábitos alimentares.
Excelente Blog e matérias postadas!!!
ResponderExcluirObrigada , Cláudio. É ótimo ter leitores que apreciam as questões contemporâneas.
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