Fernanda Fernandes Borges
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
divulgou, no dia 3 de junho deste ano, a Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílio (Pnad) Contínua que mostra 8 milhões de pessoas desempregadas. O
número é o maior, desde quando começar a ser medido, em 2012.
A taxa de desemprego chegou a 8% e se refere ao trimestre
encerrado, em abril de 2015. O estudo abrange os meses de fevereiro, março e
abril. Foram pesquisados 3464 municípios e visitados 210 mil domicílios, para
esse estudo.
Houve uma redução de vagas no mercado de trabalho e uma
maior procura por emprego. O setor privado, em um ano, segundo o IBGE, demitiu
552 mil trabalhadores que tinham carteira assinada.
Foto: Fernanda Fernandes BorgesMuitas pessoas saem de casa todos os dias á procura de trabalho |
Em relação á ocupação das pessoas, detectou-se que 92,2
milhões estavam empregadas. No fechamento do trimestre que se encerrou em
abril, observou-se que 36 milhões de trabalhadores tinham a carteira assinada, o
que mostrou uma queda de 1,5% em relação ao mesmo período, no ano passado.
O setor de Construção demitiu 609 mil trabalhadores,
nesse trimestre analisado, o que representou uma queda de 7,6% em relação a
2014, nos referidos meses. Houve redução de trabalhadores também na
administração pública, defesa e seguridade social.
Os setores de educação, saúde e serviços sociais e de
serviços apresentaram um leve aumento no
número de vagas.
O desemprego leva muitas pessoas a trabalharem por conta -
própria ou na informalidade. Isso provoca a queda na qualidade do trabalho,
porque esse tipo de serviço não protege os direitos do trabalhador.
O número de trabalhadores por conta – própria cresceu em
1,02 milhões de pessoas, segundo a pesquisa, e chegou a 21,9 milhões de pessoas,
representando uma alta de 4,9%, em relação ao mesmo período do ano anterior.
Os empregadores chegaram a 4,03 milhões de pessoas,
mostrando uma alta de 9% em relação ao mesmo trimestre de 2014. Nesse caso, o
emprego ofertado não é necessariamente formal.
Com o custo de vida elevado e a ausência de oportunidades
de trabalho, muitas pessoas decidem trabalhar em negócios próprios ou se
sujeitam à informalidade, em que não há garantia dos direitos trabalhistas,
para sobreviver.
A criatividade do brasileiro para se sustentar é grande,
mas deve ser também cautelosa. É necessário, ter consciência de que a
informalidade deve ser apenas momentânea e não constante, para que seus
direitos como trabalhador sejam resguardados.
Quem está empregado deve valorizar sua função, pois
muitas pessoas têm feito filas em busca de trabalho. E as projeções apontam um
crescimento no desemprego, para os próximos meses.
Procurar crescer na carreira por meio do estudo, pode ser uma boa opção, para que em momentos de
crise o trabalhador saiba utilizar seus aprendizados, mostrando novas habilidades, e dessa forma se
manter no mercado de trabalho.
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